domingo, 21 de agosto de 2016

DESEMPREGO AINDA EM ALTA. VAI MELHORAR?

Os atuais indicadores econômicos apontam para uma rudimentar melhora na economia. Todavia, essa melhora está relacionada com o fator credibilidade, que mesmo ainda não consolidado, a troca de governo já chamou a atenção de investidores e produtores. O novo governo interino tem demonstrado a intenção de corrigir o rumo da economia, mas há obstáculos como o total descontrole das contas públicas, rombos gigantescos nas finanças, indefinição política, aparelhamento das instituições públicas e corrupção. Bilhões de dólares estão represados para serem investidos no país, mas só serão aplicados quando boa parte desses obstáculos for removida.

A Indústria apresentou uma pequena melhora na produção, mas insuficiente para estancar o aumento no desemprego. Muitas empresas, embora comecem a aumentar sua produção, não têm condições de contratar. Muitas ainda estão demitindo. Podemos dizer que ainda estamos numa curva de aumento do desemprego. Há algum tempo avaliamos que mesmo que a economia voltasse a se desenvolver, o reflexo positivo no mercado de trabalho demoraria a aparecer. Os últimos números apontados pelo IBGE para o mês de julho ainda registarm aumento do desemprego.



 Os próximos dias serão fundamentais para que os investidores possam avaliar a possibilidade de retomarem as atividades no país. Serão dois momentos: o primeiro, com a definição se o governo interino assumirá definitivamente até as próximas eleições em 2018; o segundo, onde o governo mostrará de fato para onde apontará nossa economia, ou seja, se as correções serão feitas no âmbito político e econômico. Somente assim haverá segurança para que o país volte a crescer.

A parte ruim dessa situação a qual nos encontramos é que antes de meados de 2017 não haverá impacto significativo na retomada do emprego. A parte boa é que começaremos a sair do buraco onde nos deixaram.