Segundo estudo
publicado esta semana na revista ESTUDOS ECONÔMICOS da USP a terceirização não torna
precários nem o trabalho e nem os salários dos terceirizados.
O estudo de caráter
científico foi realizado a fim de esclarecer a questão sobre a qualidade salarial
e de trabalho, comparando as formas de contratação e acompanhando um grupo de 13,4
milhões de trabalhadores durante os anos de 2007 a 2014 por meio da RAIS,
dentro de seis segmentos profissionais claramente terceirizáveis. O estudo
identificou a analisou que aproximadamente 430 mil profissionais migraram
durante esse período de terceirizado para direto e 310 mil da contratação
direta para a terceirizada.
Dentre essas seis áreas
terceirizáveis, constatou-se que em Telemarketing e Limpeza houve uma ligeira
diminuição de salário quando o trabalhador direto passa para a terceirizada,
mas nas demais áreas como Vigilância e Segurança há um aumento salarial quando
o trabalhador torna-se terceirizado. Em resumo, é um mito que a terceirização
torna o trabalho e o salário precários quando há terceirização.
O mito pode ter nascido
de um estudo feito há algum tempo pela CUT que apontava uma diferença salarial
de quase 25% a menos nos salários de terceirizados, porém tal estudo comparava
o que não era comparável. Comparava salários de áreas diferentes causando
grande distorção no resultado do estudo.
Vou deixar no final deste artigo o link do estudo
(em PDF) e do artigo publicado na revista ESTUDOS ECONÔMICOS da USP para quem
desejar conhecê-lo por completo e entender mais sobre o tema.
Os autores:
Guilherme Stein - Pesquisador de Economia –
Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser
Eduardo Zylberstajn - Professor – Escola de Economia
de São Paulo – Fundação Getúlio Vargas (EESP-FGV)
Hélio Zylberstajn - Professor – Universidade de São
Paulo (USP)
MATERIAL EM PDF: https://www.revistas.usp.br/ee/article/view/102004/133174
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