ANO XVII

ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho

domingo, 23 de novembro de 2014

"Não foi para isso que fui contratado"

Já observei em diversas ocasiões um funcionário fazer queixas do tipo: “não foi para isso que fui contratado”, “essa tarefa não faz parte da minha função” e outras tantas parecidas. Algumas vezes o funcionário pode ter razão, ou seja, a empresa pode estar abusando do funcionário, fazendo-o realizar tarefas que são de outro cargo (geralmente de remuneração maior) a fim de “economizar” uma nova contratação ou mesmo promover. Pode ainda não haver má-fé do empregador, mas apenas uma situação temporária até a contratação para a outra função for realizada dentro de um limite normal.

Todavia, o funcionário deve estar bem atento e se certificar que se trata realmente de abuso antes de reclamar ou mesmo “resmungar” para os colegas. E porque deve estar atento? Simplesmente por que o funcionário pode estar sendo avaliado para assumir alguma função de maior responsabilidade, uma promoção.  As boas chefias sempre estarão atentas às características e talentos das pessoas que compõe suas equipes e certamente valorizará tais talentos.

Uma forma de testar um funcionário em que se acredita ter alguma característica que possa ser valorizada é atribuindo-lhe outras tarefas além daquelas que sua função exige, seja uma tarefa de maior esforço intelectual, de administração de tempo ou de organização de recursos, por exemplo. O desempenho nessas tarefas extraordinárias poderá ser fundamental para uma melhor posição na empresa.

Uma das empresas na qual trabalhei, adotava a política de que a primeira opção para preencher uma vaga aberta seria buscar dentro do próprio quadro de funcionários e assim, as chefias estavam sempre de olho nos potenciais de cada um para uma futura indicação para uma promoção. Assim, se sabia quem poderia ser indicado para um ou outro cargo quando surgisse a oportunidade.

Portanto, se estiver nessa situação, fique atento, pois pode estar numa posição de confiança da chefia e não de abuso.