Já observei em diversas
ocasiões um funcionário fazer queixas do tipo: “não foi para isso que fui
contratado”, “essa tarefa não faz parte da minha função” e outras tantas
parecidas. Algumas vezes o funcionário pode ter razão, ou seja, a empresa pode
estar abusando do funcionário, fazendo-o realizar tarefas que são de outro
cargo (geralmente de remuneração maior) a fim de “economizar” uma nova
contratação ou mesmo promover. Pode ainda não haver má-fé do empregador, mas
apenas uma situação temporária até a contratação para a outra função for
realizada dentro de um limite normal.
Todavia, o funcionário
deve estar bem atento e se certificar que se trata realmente de abuso antes de
reclamar ou mesmo “resmungar” para os colegas. E porque deve estar atento? Simplesmente
por que o funcionário pode estar sendo avaliado para assumir alguma função de
maior responsabilidade, uma promoção. As
boas chefias sempre estarão atentas às características e talentos das pessoas
que compõe suas equipes e certamente valorizará tais talentos.
Uma forma de testar um
funcionário em que se acredita ter alguma característica que possa ser
valorizada é atribuindo-lhe outras tarefas além daquelas que sua função exige,
seja uma tarefa de maior esforço intelectual, de administração de tempo ou de
organização de recursos, por exemplo. O desempenho nessas tarefas
extraordinárias poderá ser fundamental para uma melhor posição na empresa.
Uma das empresas na
qual trabalhei, adotava a política de que a primeira opção para preencher uma
vaga aberta seria buscar dentro do próprio quadro de funcionários e assim, as
chefias estavam sempre de olho nos potenciais de cada um para uma futura
indicação para uma promoção. Assim, se sabia quem poderia ser indicado para um
ou outro cargo quando surgisse a oportunidade.
Portanto, se estiver
nessa situação, fique atento, pois pode estar numa posição de confiança da
chefia e não de abuso.