A Revista EXAME publicou hoje uma
matéria sobre a pesquisa da Verisk Maplecroft - uma consultoria britânica especializada
em estratégia e risco corporativo, que apontou que o Brasil está em risco
extremo no tema Trabalho Escravo. A pesquisa apontou que o Brasil é o país das
Américas com maior grau de risco e piorou sua posição na pesquisa anterior.
O objetivo do estudo não é apontar ou
calcular o trabalho escravo e sim o risco de que uma empresa utilize o trabalho
escravo ou análogo à escravidão mesmo involuntariamente, utilizando serviços
terceirizados de fornecedores que por sua vez utilizam tal mão de obra. Isso é muito comum nos
setores de carvão, mineração e têxtil. Embora o Brasil não tenha uma legislação
ruim nessa área, nos outros critérios avaliados, há muita deficiência, como no de
“inspeções e punições” e “nível de escravidão verificado”.
Deste modo, a consultoria mostra aos
investidores e empresas internacionais que desejam se estabelecer nos países
pesquisados, o risco de terem problemas com esse tipo de mão de obra. O Brasil
tem diminuído recursos para a fiscalização e é muito vulnerável à corrupção. A
reportagem aponta que o Brasil ficou três anos sem divulgar a lista de empresas
que haviam cometido tal crime (utilizar mão de obra escrava ou análoga à
escravidão) e somente agora voltou a divulgar depois de uma grande polêmica e acirrada
disputa judicial com o MPT – Ministério Público do Trabalho.
Vou deixar o link da matéria no final deste artigo para a
leitura completa. A reportagem cita ainda algumas das causas da exploração de
mão de obra escrava em vários países
Em 2016 o Ministério do Trabalho realizou 115
operações e resgatou 885 trabalhadores da condição de trabalho análogo à
escravidão. O Estado de Minas Gerais é o campeão em trabalho análogo à escravidão.