O IBGE acaba de divulgar a taxa de desemprego de abril (e do primeiro trimestre). Foram fechados quase 100 mil postos de trabalho, o pior índice desde 1992. A Indústria encolheu mais de 5% em março e a crise na Indústria começa a refletir nos setores do Comercio e Serviços. Segundo a metodologia utilizada o desemprego atingiu os 8%, mesmo não considerando como desempregados as pessoas que desistiram de procurar emprego formal ou não procuraram emprego nos últimos 30 dias. ( Entenda melhor as metodologias ).
Alguns setores do comércio varejista já registram queda de 30% no faturamento. A Indústria já está dando férias coletivas aos trabalhadores ou mesmo realizando demissões em massa. Além do aumento de desemprego, a inflação em alta, que já estourou a meta do governo em quase 100% está corroendo o rendimento do trabalhador.
Estejam preparados para um ano muito difícil!
ANO XVII
ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho
quarta-feira, 3 de junho de 2015
domingo, 31 de maio de 2015
A BAIXA PRODUTIVIDADE BRASILEIRA – 2
Há
algum tempo publicamos um artigo sobre a baixa produtividade brasileira e como
isso afeta a economia e o mercado de trabalho. Naquele artigo mostramos que o
Brasil é o penúltimo colocado da América Latina, somente a frente da Bolívia.
Se levarmos em conta que o Brasil tem uma das maiores economias do mundo, esse
dado mostra como somos um país atrasado e de futuro incerto.
Recentemente,
um estudo da Conference Board, uma entidade americana formada por mais de 1200
empresas de 60 países, além de estudiosos e pesquisadores, mostra que o Brasil,
comparado aos Estados Unidos, está ainda na década de 1950 e que são
necessários 4 trabalhadores brasileiros para realizar uma tarefa que um
trabalhador americano realiza.
Mencionamos
no artigo anterior que isso não é decorrência da “preguiça” do
trabalhador brasileiro, mas fruto de vários fatores negligenciados pelo Brasil
e pela falta de prioridades do governo.
A
baixa produtividade brasileira, segundo especialistas, é resultado de
escolaridade baixa e de má qualidade, falta de capacitação e qualificação,
infra-estrutura precária em todas as áreas, falta de investimento em tecnologia
e inovação, planejamento e visão de longo prazo. A burocracia exagerada e alta
carga tributária sem contrapartidas para a sociedade brasileira também são
fatores importantes que acentuam a distância do Brasil dos outros países. Deste
modo, não é sem razão, que o Brasil tem apresentado queda acentuada no PIB, com
índice de crescimento negativo, enquanto outros países têm crescido.
O
Brasil está cada vez pior em relação aos demais países emergentes e as
distâncias no tema produtividade são
cada vez maiores. O estudo aponta que na década de 80 um trabalhador brasileiro
produzia quase metade do que um trabalhador americano. Hoje é de menos de ¼.
Com
isso o Brasil vem perdendo acentuadamente a competitividade no mercado
internacional e está tendo sua indústria corroída, transformando o mercado de
trabalho em um mercado do setor de serviços que produz empregos de baixa
qualidade e assim, uma sociedade de baixa qualidade.
Devemos
lembrar, que é principalmente no setor industrial que são gerados os empregos
de melhor qualidade, com trabalhadores mais preparados e qualificados. Quanto
maior o desenvolvimento e crescimento da Indústria, melhor para o mercado de
trabalho e para os trabalhadores.
Como
aponta o estudo, o Brasil ainda está na metade do século passado e andando para
trás. O Brasil, outrora país do futuro, anda a passos largos para o passado.
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