Estudo realizado pelo
Banco Itau mostra que a reforma trabalhista poderá gerar 1,5 milhão de empregos
em quatro anos, acelerar a economia e aumentar o PIB per capta para 3,2%.
Mesmo que a situação
seja positiva, com a reforma trabalhista descomplicado as relações do Trabalho,
a criação de 1,5 milhão de vagas em quatro anos como aponta o estudo, ainda é
muito pouco para um país com 14 milhões de desempregados. Pensando desta
maneira, a reforma terá um impacto muito pequeno na criação de empregos, pois
ainda deve-se considerar que há a possibilidade de que muitos postos de
trabalho com carteira assinada sejam simplesmente transformados em outro tipo
de relação, como temporário, terceirizado ou mesmo intermitente.
Penso que a reforma
trabalhista que foi aprovada é, em alguns pontos, inconsequente, haja vista que
há muitas questões obscuras e que deixam o trabalhador desprotegido. Deste modo
é questionável o tamanho do impacto positivo no mercado de trabalho e na
economia. É a economia aquecida que gera emprego e não o contrário.
Não estou sendo
pessimista e sim realista. Sempre fui a favor da reforma e da “descomplicação”
de algumas leis, mas sempre tendo em vista a melhora da qualidade do mercado de
trabalho e da relação empregador/empregado. Se a reforma atual não contempla
essa qualidade para ambos os lados, ela não trará benefícios para a questão do
desemprego e muito menos para a economia em termos significativos.