ANO XVI

ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

O PROCESSO SELETIVO - por Silmar Strubbe

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O Blog O MUNDO DO TRABALHO, convidou Silmar Strubbe, consultor de RH e coach para falar um pouco sobre processo seletivo e dar algumas dicas que podem facilitar o ingresso no mercado de trabalho. Vamos lembrar que numa época como a que vivemos de economia desacelerada e falta de empregos, a competitividade é maior e aqueles que estiverem melhor preparados tem suas chances aumentadas. Então vamos ao artigo do professor Silmar.


Processo Seletivo
É do conhecimento de todos que o mercado de trabalho está cada vez mais seletivo e dinâmico, por isso o currículo deve “vender” o profissional de forma objetiva e atraente, mencionando informações mais Importantes sobre a atuação profissional.
Sabendo disto, após enviarmos o currículo e formos convidados para um bate papo presencial, ou seja, a tão sonhada entrevista de emprego, alguns cuidados, dicas são fundamentais para o sucesso nesta etapa.

 Ficha de Emprego
Em muitas empresas, organizações, ainda temos a prática do preenchimento de Ficha de Emprego/ou Ficha cadastral, apesar de termos enviado o currículo. Esta prática se justifica para a coleta de mais dados, informações específicas do futuro contratante. Para tanto, atente-se para:
ü Sempre leve com você sua caneta e alguma agenda para anotação. Não espere que o Selecionador te empreste uma;
ü Importante estar atento as informações antes do preenchimento da ficha;
ü Procure evitar erros ou rasuras na ficha de emprego. Caso erre, usar um asterisco e escreva na lateral ou inferior da ficha a informação correta;
ü Esteja com seus números anotados num papel. Número dos documentos (RG, CPF, Título Eleitor, etc), nome completo de pai e mãe, CEP, zona, bairro, UF, etc.
ü Em caso de dúvida pergunte antes de preencher.
Dica extra: Leve consigo água, barra de cereal ou fruta de sua preferência, dependendo da empresa o processo seletivo pode se estender por um dia todo.

Ø Entrevista

“ Não existem respostas certas ou erradas, sim respostas adequadas, ou seja, aquelas que o selecionar quer ouvir”.

Considero esta, a fase mais importante e temida pelos candidatos no processo seletivo. E um momento único de poder falar sobre suas qualificações e experiências, mostrar quem é você e para tanto segue algumas dicas:    
ü Seja pontual não chegue atrasado, se possível compareça com 15 minutos de antecedência para conhecer o ambiente e se sentir mais seguro;
ü A educação deve prevalecer sempre, cumprimente moderadamente o selecionador com um aperto de mão;
ü Seja sincero, objetivo, procure olhar nos olhos do selecionador jamais fique de cabeça baixa, use um tom de voz agradável;
ü Procure destacar seus pontos fortes e cuidado com “mentiras” só para agradar o entrevistador;
ü Faça uma busca sobre a empresa, qual o seu negócio, missão, público alvo etc;
ü Se não puder comparecer, avise com o máximo de antecedência possível;
ü Procure mostrar-se disponível para entrevistas, negociar o horário somente por motivos nobres;
ü Quando o entrevistador perguntar o motivo da sua saída da última empresa responda com sinceridade, nunca fale mal do chefe ou dos colegas com quem trabalhou;
ü Apenas diga que as opiniões eram divergentes ou que você busca outros projetos para sua carreira.
ü Seja Você, Seja Autêntico!

Ø Dinâmicas de Grupo
As dinâmicas de grupo servem para que o selecionador possa observar o comportamento, a atitude e as iniciativas do candidato, ou seja, como será a interação do mesmo com as demais pessoas.
ü Assim preste muita atenção nas orientações do selecionador e se tiver dúvidas pergunte antes do início da dinâmica, não fique com receio. A falta de esclarecimento poderá prejudicá-lo durante o processo.
ü Não questione o motivo de uma solicitação por mais estranha que lhe pareça. Possivelmente será esclarecido posteriormente pelo avaliador.
ü Participe da dinâmica. Sua recusa poderá ser motivo de desclassificação.
ü Não interrompa a pessoa que estiver se apresentando, você terá o seu momento para falar, ou peça a palavra com gentileza, sem “atropelar” quem está falando.

Ø Apresentação Pessoal
Eis a grande dúvida, “O que vestir em uma entrevista de emprego?”
Primeiramente pesquise se a empresa tem um estilo mais formal ou informal. Estas informações são facilmente conseguidas através das redes sociais, nas páginas de profissionais que trabalham nele ou na própria página da organização.
Apesar de tudo sempre vale reforçar:
Dicas essenciais para os Homens são:
ü Roupa bem passada;
ü Barba bem-feita;
ü Cabelos alinhados;
ü As unhas sempre limpas;
ü Perfume suave.
O que não usar em uma entrevista de emprego para os homens:
ü Bermuda;
ü Camiseta, regata e camiseta de time de futebol;
ü Cabelo bagunçado ou arrepiado demais;
ü Tênis colorido e tênis esportivo;
ü Sapato aberto.
Dicas essenciais para as Mulheres:
ü Maquiagem sempre clean, usando cores neutras;
ü Acessórios discretos;
ü Perfume suave;
ü Unhas limpas e feitas.
O que não usar em uma entrevista de emprego para as mulheres:
ü Saia pode até ser usada em ambiente de trabalho, mas em uma entrevista não é indicado, porque você não sabe o que te espera, imagina você fazendo uma dinâmica em grupo, com certeza ficará desconfortável não é mesmo? Portanto evite usar saias.
ü Roupas decotadas, barriga aparecendo e/ou roupas justas/curtas não são aceitáveis para o ambiente de trabalho, muito menos para uma entrevista, então se atente a isso!
ü Salto agulha, esse tipo de salto serve somente para ir à balada;
ü Sapato muito aberto;
ü Acessórios extravagantes.

Ø Para finalizar segue a Dica de Ouro – cuidado com sua REDE SOCIAL
Qualquer um poderá maquiar informações no currículo ou se preparar super bem para uma determinada entrevista, mas é nas redes sociais que as pessoas se mostram na sua essência. As empresas sabem muito bem disso e cada vez mais estão muito atentas ao comportamento dos seus candidatos e funcionários no mundo online, não tenha dúvida.
Ou seja, é melhor ter algum cuidado e não se expor demais. A primeira regra básica é: se você não diria aquilo em público, não publique. Simples! Ter educação é essencial. E uma boa dose de bom senso e responsabilidade não faz mal a ninguém. Cuidado com os grupos de WhatsApp – dependendo do teor da mensagem, você pode, sim, “queimando seu filme”, pois seu futuro contratante por estar no grupo. No Facebook, Twitter ou Instagram, pense um pouquinho a mais antes de postar. Não custa nada e, pelo contrário, pode lhe render bons frutos – ou um novo emprego.

Silmar Strübbe
Professor, Consultor, Coach
Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas e Negócios
Diretor Fundador da Silmar E Strübbe Consultoria

contato@silmarstrubbe.com.br 

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

MAIS UMA GRIFE DE ROUPAS FLAGRADA COM TRABALHO ANÁLOGO À ESCRAVIDÃO EM SUA CADEIA PRODUTIVA

Uma fiscalização do Ministério do Trabalho em conjunto com a Receita Federal realizada no mês de setembro, flagrou oficinas de costura ligada à sofisticada marca Animale, com lojas nos principais shoppings centers do país, utilizando mão de obra em condições análogas à escravidão. Era um local fechado, sem ventilação, sem água potável, infestado de baratas, onde os trabalhadores viviam entre suas camas, máquinas e as roupas a serem costuradas. Eram submetidos ainda a jornadas exaustivas de mais de doze horas. O local apresentava ainda instalações elétricas precárias e butijões de gás, criando um componente de alto risco de incêndio e explosão.

Os trabalhadores eram todos bolivianos, homens e mulheres, que viviam no mesmo local de trabalho, além de cinco crianças. A fiscalização identificou ainda o crime de tráfico de pessoas.


A empresa dona da marca alega desconhecer a situação e que a responsabilidade era da empresa terceirizada que por sua vez repassou a produção para outra empresa. A empresa, apesar de não aceitar a responsabilização pelo fato, decidiu em caráter de ajuda humanitária, pagar aos trabalhadores um valor como se empregados fossem. O M.T.E. aceitou a proposta e o valor foi pago. Com o relatório final da fiscalização apresentado nesta semana, a empresa tomará as providências legais para sua defesa.

Fonte: Matéria publicada na Folha de São Paulo

OUTROS CASOS:
Há ainda no Brasil muitos casos de trabalho em condições análogas a escravidão em outros setores, como no agropecuário e extrativista, incluindo a mineração.

De janeiro de 2016 até 13 de março de 2017 foram realizadas 115 operações de fiscalização em 191 estabelecimentos, onde foram resgatados da condição de trabalho análogo a escravidão 885 trabalhadores e 2366 atos lavrados. Veja no quadro abaixo os números por estado da federação

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

IBGE DIVULGA PESQUISA SOBRE O TRABALHO INFANTIL NO BRASIL

 A notícia não é alentadora. A PNAD-Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra pro Domicílio – Contínua) apontou que em 2016 quase 1 milhão de crianças trabalham de forma ilegal ou irregular, entre 1,8 milhões de jovens (menores de idade) que trabalham.

A pesquisa mostrou que há 190 mil crianças trabalhando de forma ilegal, que estão na faixa entre 5 e 13 anos, ou seja, são consideradas realizando trabalho infantil. Dessas crianças, apenas 26% eram remuneradas. A ocupação exercida por elas engloba o trabalho para o próprio sustento, afazeres domésticos ou ambos. O maior número de crianças em trabalho infantil ocorre nas regiões Norte e Nordeste.

A PNAD não consegue demonstrar outras situações do trabalho infantil como a questão da periculosidade e insalubridade a que essas crianças podem estar sendo submetidas, já que a pesquisa não tem essa finalidade nem meios para apurar essas situações.

Link para o IBGE/ PNAD-C :
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/18383-pnad-continua-2016-brasil-tem-pelo-menos-998-mil-criancas-trabalhando-em-desacordo-com-a-legislacao.html

terça-feira, 7 de novembro de 2017

REFORMA TRABALHISTA PASSA A VALER NO PRÓXIMO SÁBADO DIA 11/11/2017 E COM POLÊMICA

A reforma trabalhista aprovada no pelo Congresso passa a valer a partir do próximo dia 11 de novembro,  cercada de muitas polêmicas e criando um embate entre a necessária modernização das leis trabalhistas versus a eventual perda de direitos dos trabalhadores.

A polêmica mais recente e que pode ter graves repercussões é o manifesto de juízes trabalhistas da ANAMATRA (Associação Nacional de Magistrados da Justiça do Trabalho) que divulgou um documento questionando vários pontos da nova legislação, como a inconstitucionalidade de alguns artigos, violação de convenções internacionais em que o Brasil é signatário e ainda erros técnicos onde a lei se contrapõe a outras leis.

O que se pretendia em dar maior segurança jurídica às questões trabalhistas pode ter efeito totalmente contrário, pois grande parte dos juízes pode interpretar a lei de forma a julgar de acordo com sua convicção de que pontos da nova lei ferem a Constituição e normas internacionais.

Acredito que, embora a lei trabalhista devesse ser modernizada, o debate e as análises técnicas foram realizados de forma desleixada por parte dos parlamentares, que mais se curvaram aos “lobbyes” de entidades patronais e de trabalhadores, que mais estavam preocupadas com seus interesses do que desenvolver uma norma que favorecesse o mercado de trabalho e a economia do país.

Alguns juristas, incluindo o presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho) concordam que os juízes deverão julgar de acordo com as novas normas, todavia grande parte dos juízes pode atuar de acordo com as recomendações de interpretação da ANAMATRA ou com total independência de interpretação sobre tais pontos (foram 125 recomendações de interpretação).

Advogados manifestam suas preocupações em relação a essas polêmicas e que a ANAMATRA exagerou em relação aos 125 pontos com falhas técnicas. O grande problema a meu ver, que não entendo de processo jurídico, não é exatamente que a entidade não recomenda cumprir a nova lei e sim que a nova lei fere outros princípios, o que dificulta ou inviabiliza a aplicação da nova lei, permitindo ao magistrado interpretar levando-se em conta as falhas contidas na norma, como a inconstitucionalidade e quebra de convenções internacionais.

Esperamos que tais polêmicas sejam resolvidas no menor tempo possível, seja com os devidos ajustes na lei, nas súmulas vinculantes dos tribunais superiores ou ainda a formação de uma jurisprudência.



segunda-feira, 6 de novembro de 2017

10 ANOS DO BLOG "O MUNDO DO TRABALHO"

 Nesse mês de outubro de 2017 o nosso blog O MUNDO DO TRABALHO completou 10 anos de existência e sem interrupções. São 10 anos publicando artigos sobre mercado de trabalho, orientando os leitores com informações e dicas tanto para aqueles que buscam oportunidades quanto aos que contratam. Os artigos também comentam e analisam aspectos da conjuntura do mercado e da economia que interferem direta ou indiretamente no mercado de trabalho. O blog não esqueceu de assuntos ligados ao autoemprego, o empreendedorismo e aspectos da legislação trabalhista.

O MUNDO DO TRABALHO participou de algumas edições do Prêmio Top Blog tento obtido sucesso, ficando sempre entre os melhores. Na primeira vez que participamos ficamos entre os 30 melhores entre milhares de concorrentes. Nas edições seguintes ficamos entre os 10 melhores e na última edição que participamos (2013/2014) fomos eleitos o TOP 2, ou seja o segundo melhor, mesmo sem termos recursos sofisticados e divulgação paga, como outros concorrentes que enfrentamos. 

Pretendemos continuar a informar nossos leitores e amigos que acompanham o blog, ajudando as pessoas interessadas no tema, sejam trabalhadores, empregadores e empreendedores individuais ou não.

OBRIGADO A TODOS.



segunda-feira, 16 de outubro de 2017

PORTARIA PUBLICADA HOJE DIFICULTA A FISCALIZAÇÃO DA CONDIÇÃO DE TRABALHO ANÁLOGA À ESCRAVIDÃO

O Governo Federal, por meio do Ministro do Trabalho publicou hoje uma portaria que regulamenta o Seguro desemprego para o trabalhador resgatado (da condição de escravo) e altera a caracterização do trabalho escravo ou análogo à escravidão dificultando a fiscalização e as punições administrativas e criminais.

A nova norma exige da fiscalização que se estabeleça todo tipo de prova, como por exemplo, que caso haja seguranças armados no local fica obrigatório vincular essa segurança aos trabalhadores “escravizados”, ou seja, provar que a segurança estava ali para vigiar os trabalhadores e não o patrimônio. Esse exemplo mostra claramente que a intenção da portaria é dificultar sobremaneira a fiscalização e a punição de estabelecimentos que têm como mão de obra o trabalho análogo à escravidão. Outro ponto que parece ser desmoralizador para a fiscalização é que a empresa flagrada, mesmo depois de confirmado o delito, só poderá ser incluída na “lista suja do trabalho escravo” do Ministério do Trabalho com a devida determinação do ministro.

A fiscalização deverá obrigatoriamente anexar ao auto de infração documentos e fotos que provem que tal empregador está cometendo o crime. Tais documentos devem provar que no local está havendo Trabalho Forçado, Jornada Exaustiva, Trabalho Degradante e Condição Análoga a Escravidão, além da comprovação de seguranças armados que impedem o direito de ir e vir dos trabalhadores.

Segundo o Ministério Público do Trabalho, a nova portaria despreza os critérios jurídicos e estabelece critérios políticos para incluir o empregador delituoso na “lista suja”. Os critérios utilizados pela fiscalização até então eram aqueles definidos pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) e pelo Código Penal. O CP já estabelece os critérios do que é trabalho escravo e a nova portaria, além de estabelecer novos conceitos, obriga os critérios ao cerceamento da liberdade.

Ao que nos parece, essa portaria é um equívoco no que diz respeito ao combate ao trabalho escravo e é um retrocesso nas políticas de modernização das leis trabalhistas. O ministro argumenta que a portaria dará maior segurança jurídica ao processo, mas na verdade é mais um monumento à impunidade. O Ministério Público do Trabalho manifestou-se de forma bastante crítica à portaria e que tomará medidas judiciais contra a portaria.

Conheça a portaria1129/2017

terça-feira, 12 de setembro de 2017

MERITOCRACIA (video do Prof. Rogério Castilho)

O Professor Rogério Castilho acaba de publicar esse video sobre "meritocracia". É um video curto mas que diz bastante. Convido nossos amigos e leitores a assistirem.



Para conhecer mais sobre o autor do video:
https://www.facebook.com/profrogeriocastilho
http://www.rogeriocastilho.com.br/

domingo, 3 de setembro de 2017

A TERCEIRIZAÇÃO TORNA PRECÁRIO O TRABALHO? VERDADE OU MITO?

Segundo estudo publicado esta semana na revista ESTUDOS ECONÔMICOS da USP a terceirização não torna precários nem o trabalho e nem os salários dos terceirizados.
O estudo de caráter científico foi realizado a fim de esclarecer a questão sobre a qualidade salarial e de trabalho, comparando as formas de contratação e acompanhando um grupo de 13,4 milhões de trabalhadores durante os anos de 2007 a 2014 por meio da RAIS, dentro de seis segmentos profissionais claramente terceirizáveis. O estudo identificou a analisou que aproximadamente 430 mil profissionais migraram durante esse período de terceirizado para direto e 310 mil da contratação direta para a terceirizada.

Dentre essas seis áreas terceirizáveis, constatou-se que em Telemarketing e Limpeza houve uma ligeira diminuição de salário quando o trabalhador direto passa para a terceirizada, mas nas demais áreas como Vigilância e Segurança há um aumento salarial quando o trabalhador torna-se terceirizado. Em resumo, é um mito que a terceirização torna o trabalho e o salário precários quando há terceirização.

O mito pode ter nascido de um estudo feito há algum tempo pela CUT que apontava uma diferença salarial de quase 25% a menos nos salários de terceirizados, porém tal estudo comparava o que não era comparável. Comparava salários de áreas diferentes causando grande distorção no resultado do estudo.

Vou deixar no final deste artigo o link do estudo (em PDF) e do artigo publicado na revista ESTUDOS ECONÔMICOS da USP para quem desejar conhecê-lo por completo e entender mais sobre o tema.

Os autores:
Guilherme Stein - Pesquisador de Economia – Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser  
Eduardo Zylberstajn - Professor – Escola de Economia de São Paulo – Fundação Getúlio Vargas (EESP-FGV)
Hélio Zylberstajn - Professor – Universidade de São Paulo (USP)


quinta-feira, 31 de agosto de 2017

DESEMPREGO NO TRIMESTRE FICA EM 12,8% , APONTA IBGE

O IBGE acaba de divulgar os números do desemprego no Brasil. Os dados são da PNAD-Contínua (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio – Contínua). A pesquisa aponta uma pequena melhora em relação ao trimestre anterior, mas uma piora em relação ao mesmo período de 2016.

São 13,3 milhões de pessoas desempregadas segundo essa metodologia do IBGE. Esses números escondem ainda um grande número de pessoas desempregadas ou em empregos precários. Sugiro a leitura dos artigos aqui publicados anteriormente (  artigo1 , artigo2 , artigo3 )  sobre as metodologias de pesquisa de desemprego.

Embora a economia esboce alguma melhora, a situação do país é muito difícil, principalmente em relação aos empregos. Por mais que a economia melhore e tenhamos um crescimento sustentável o reflexo sobre os empregos ainda vai demorar muito para ser significativo. Há muitas indefinições no cenário econômico e caos no cenário político, que implodiram a credibilidade do país e escancararam a baderna em que estamos. São poucos os investidores que se arriscam a caminhar nesse terreno.

Sempre lembramos aos nossos leitores que não poderá haver melhora nos níveis de emprego se não houver crescimento econômico, não por meios artificiais, mas sim de forma sustentável.


Só nos resta torcer por dias melhores.

terça-feira, 22 de agosto de 2017

BRASIL PIORA NA AVALIAÇÃO DE RISCO DO TRABALHO ESCRAVO

A Revista EXAME publicou hoje uma matéria sobre a pesquisa da Verisk Maplecroft - uma consultoria britânica especializada em estratégia e risco corporativo, que apontou que o Brasil está em risco extremo no tema Trabalho Escravo. A pesquisa apontou que o Brasil é o país das Américas com maior grau de risco e piorou sua posição na pesquisa anterior.

O objetivo do estudo não é apontar ou calcular o trabalho escravo e sim o risco de que uma empresa utilize o trabalho escravo ou análogo à escravidão mesmo involuntariamente, utilizando serviços terceirizados de fornecedores que por sua vez utilizam tal mão de obra. Isso é muito comum nos setores de carvão, mineração e têxtil. Embora o Brasil não tenha uma legislação ruim nessa área, nos outros critérios avaliados, há muita deficiência, como no de “inspeções e punições” e “nível de escravidão verificado”.

Deste modo, a consultoria mostra aos investidores e empresas internacionais que desejam se estabelecer nos países pesquisados, o risco de terem problemas com esse tipo de mão de obra. O Brasil tem diminuído recursos para a fiscalização e é muito vulnerável à corrupção. A reportagem aponta que o Brasil ficou três anos sem divulgar a lista de empresas que haviam cometido tal crime (utilizar mão de obra escrava ou análoga à escravidão) e somente agora voltou a divulgar depois de uma grande polêmica e acirrada disputa judicial com o MPT – Ministério Público do Trabalho.

Vou deixar o link da matéria no final deste artigo para a leitura completa. A reportagem cita ainda algumas das causas da exploração de mão de obra escrava em vários países

Em 2016 o Ministério do Trabalho realizou 115 operações e resgatou 885 trabalhadores da condição de trabalho análogo à escravidão. O Estado de Minas Gerais é o campeão em trabalho análogo à escravidão.

http://exame.abril.com.br/economia/brasil-esta-proximo-de-ter-risco-extremo-de-trabalho-escravo/

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Estudo aponta que a reforma trabalhista vai gerar 1,5 milhão de postos de trabalho em 4 anos


Estudo realizado pelo Banco Itau mostra que a reforma trabalhista poderá gerar 1,5 milhão de empregos em quatro anos, acelerar a economia e aumentar o PIB per capta para 3,2%.

Mesmo que a situação seja positiva, com a reforma trabalhista descomplicado as relações do Trabalho, a criação de 1,5 milhão de vagas em quatro anos como aponta o estudo, ainda é muito pouco para um país com 14 milhões de desempregados. Pensando desta maneira, a reforma terá um impacto muito pequeno na criação de empregos, pois ainda deve-se considerar que há a possibilidade de que muitos postos de trabalho com carteira assinada sejam simplesmente transformados em outro tipo de relação, como temporário, terceirizado ou mesmo intermitente.

Penso que a reforma trabalhista que foi aprovada é, em alguns pontos, inconsequente, haja vista que há muitas questões obscuras e que deixam o trabalhador desprotegido. Deste modo é questionável o tamanho do impacto positivo no mercado de trabalho e na economia. É a economia aquecida que gera emprego e não o contrário.

Não estou sendo pessimista e sim realista. Sempre fui a favor da reforma e da “descomplicação” de algumas leis, mas sempre tendo em vista a melhora da qualidade do mercado de trabalho e da relação empregador/empregado. Se a reforma atual não contempla essa qualidade para ambos os lados, ela não trará benefícios para a questão do desemprego e muito menos para a economia em termos significativos.


1,5 milhão de empregos com a reforma trabalhista.

Estudo apresentado nesta semana diz que haverá a criação de 1,5 milhão de postos de trabalho nos próximos 4 anos com a reforma trabalhista. Não é muito pouco para um país com 14 milhões de desempregados?

Falaremos sobre isto em breve. Aguarde aqui no blog

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

CAGED aponta crescimento no número de empregos em junho

O CAGED acaba de divulgar o nivel de emprego do mês de julho: foram criados 35,9 mil postos de trabalho (carteira assinada). O saldo se manteve positivo nos últimos 4 meses. De oito setores pesquisados, a Indústria de Transformação foi a que mais gerou empregos, seguido pelo Comércio e Serviços. Já os setores de Administração Pública e Extrativa Mineral perderam postos de trabalho.

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

O BLOG ESTAVA DE FÉRIAS

Amigos e leitores,
O Blog O MUNDO DO TRABALHO  está de volta. Tirei uns dias de férias mas já estamos na ativa novamente para conversarmos sobre Trabalho e a conjuntura atual do mercado.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

WEBNÁRIO HOJE

É HOJE às 20:00 horas o webinário especial, com duas horas de duração, e com as presenças do Alexandre Silva e Fabiano Caxito.

Nós te ensinaremos a como fazer um currículo matador, aquele que vai emocionar o entrevistador e aumentar as suas chances de sucesso! 

E, ao final, contaremos uma grande surpresa que poderá te fazer ganhar um Kindle da Amazon novinho em folha. E com uma assinatura de 1 ano do serviço Unlimited!!!

Registre-se agora no link abaixo. 
https://app.webinarjam.net/register/41979/3fa0af5c3e


É totalmente de graça!

Verdades Sobre Desemprego

Épocas como a que agora vivemos, com alto desemprego, são frutos de algumas situações provocadas pela paralisação ou estagnação econômica de um país, seja por políticas econômicas equivocadas, catástrofes naturais ou não, etc. Todavia, poucos compreendem de fato o quanto isso afeta os empregos e nossas vidas pessoais. O resumo é simples: economia fraca é igual a menos postos de trabalho.

Quando a crise é realmente conjuntural a solução depende de medidas que defendam a sustentação econômica e políticas públicas emergenciais que protejam a população mais vulnerável. Mas o pior dos casos é quando a economia é devastada por políticas econômicas ruins e populistas, ou seja, políticas que parecem ser muito boas, mas que na verdade estão cavando um túmulo para a população. É como se em sua casa você começasse a ter um padrão de consumo muito maior do que sua renda proporciona e isso só é possível se estiver roubando ou se endividando muito acima de sua capacidade de pagar. Assim aconteceu no “milagre econômico” dos anos 1970 e aconteceu agora durante os últimos 10 anos. Ou seja, aparentemente o país cresce, a economia cresce e os empregos crescem, mas como tudo isso foi feito de forma não sustentável por meio de um endividamento brutal, chega o momento que tal castelo vem abaixo e surgem 14 milhões de desempregados.

Portanto, não se iludam. Não aceitem o caminho mais fácil, pois a conta é alta.

O enfrentamento de uma crise assim, com desemprego em níveis muito alto se faz com alternativas criativas, mudanças de paradigmas pessoais e muito empenho para adaptar-se e desenvolver-se pessoal e profissionalmente. Em tempos assim, devo lembrar-lhes, que não há emprego para todos e assim a sobrevivência dependerá da sua capacidade e esforço e que certamente será recompensado seja com um tempo menor de desemprego ou a descoberta de um novo caminho profissional.


terça-feira, 11 de julho de 2017

IBGE aponta crescimento da produção industrial

O IBGE acaba de divulgar a Pesquisa de Produção Industrial, que mostrou uma retomada da produção industrial em 10 das 15 regiões pesquisadas, apresentando em média um aumento de 4% em relação a maio do ano anterior.

Embora esses números não afetem ainda de forma significativa a retomada do crescimento dos empregos já podemos dizer que há uma luz no final do túnel. Mantenho ainda minha posição de que o desemprego ainda demorará em atingir níveis aceitáveis, mas devemos também acreditar na retomada do crescimento, pois independente desse caos político e ético em que o país está mergulhado, os investidores começam a apostar na expectativa de melhora na economia.

Segundo o IBGE, os estados que apontaram os melhores resultados são Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará, São Paulo, Pará, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, respectivamente. Já os estados de Mato Grosso, Pernambuco, Bahia, Goiás e Amazonas apresentaram queda na produção.


Já na comparação de maio com o mês anterior, o crescimento médio foi de 0,8%. Os estados com maior crescimento foram Ceará, Bahia, Pará, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e Pernambuco. Os estados de Amazonas, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentaram resultados negativos em maio em relação a abril.

Obs: A pesquisa inclui a região nordeste como região pesquisada, separadamente dos seus estados