ANO XVI

ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O PAPEL DAS REDES SOCIAIS NA BUSCA POR EMPREGO

Há algum tempo as redes sociais tornaram-se uma ótima ferramenta para buscar oportunidades de trabalho, ou melhor, as pessoas perceberam que as redes sociais podem ajudar muito na busca por uma nova colocação. Os especialistas em Recursos Humanos sempre orientam e estimulam sobre cada um desenvolver uma rede de amigos, o networking no jargão profissional. Quanto maior e mais qualidade tiver seu círculo de amizades e de conhecidos melhor. Várias pesquisas foram realizadas nos últimos anos que comprovaram que de 70% a 90% das vagas de emprego são preenchidas por indicação de um amigo ou conhecido. Assim, as redes sociais acabam facilitando esse processo e a divulgação tanto de oportunidades como das pessoas que buscam emprego.

Hoje a rede social mais conhecida e difundida no Brasil é o Facebook, mas há outras como o LinkedIn, que é voltada para o mercado de trabalho. As pessoas hoje em dia estão mais conscientes que quando estão em situação de desemprego devem “espalhar a notícia” e não ter vergonha de estar desempregado. Muitas pessoas com vergonha de contar para os amigos e conhecidos, perdiam muitas oportunidades, pois se não sabemos que você está desempregado, como ajudá-lo. Mas como disse, isso está mudando e além dos métodos tradicionais de buscar emprego, divulgar isso nas redes sociais aumentam as chances de quem busca uma oportunidade.

Mas isso não deve ser feito de qualquer jeito. É muito importante saber utilizar essa ferramenta para mostrar suas qualidades e não para “aprofundar seus defeitos”. Devemos lembrar ainda, que muitas empresas visitam os perfis dos seus candidatos a fim de buscar informações que não aparecem nos currículos e nas entrevistas. Eu sou moderador de um grupo de oportunidades de emprego onde se divulgam vagas, candidatos, informações sobre mercado de trabalho, etc. e ainda me impressiono com a dificuldade que muitos têm em se expressar, em dizer claramente o que desejam e ainda escrevem em “idioma internetês” ou em um português muito ruim, que já demonstra, no mínimo, a falta de cuidado desses candidatos. Então, já fica aqui a primeira dica: Muito cuidado ao se apresentar em um grupo de busca de oportunidades de trabalho. Faça isso com esmero, mesmo que seja para colocar uma simples frase – “procuro emprego de auxiliar de escritório”!


Outro fato importante que mencionei é a visita das empresas aos perfis dos candidatos, que tem também se tornado uma prática. O seu perfil nas redes sociais como no Facebook, é uma coisa particular, pessoal e que (normalmente) não tem elementos profissionais, por assim dizer! Todavia, mostra um pouco de quem você é de seu comportamento. Normalmente isso não te ajuda a conseguir o emprego, mas há grande chance de reprová-lo se houver alguma coisa que coloque em dúvida coisas como caráter, honestidade, valores, etc. Um bom exemplo são as fotos que publicamos e que dizem muito de nós. Imagine que você publica fotos onde sempre está com um copo na mão, na balada, e com aquele aspecto que bebeu demais; imagine a menina que publica fotos sempre de roupas “ousadas” em poses sensuais. Vejam bem, são apenas exemplos de pequenas coisas que podem comprometer aquela boa impressão que construiu na entrevista, com as informações de seu currículo. Certa vez recebi um currículo onde o email da candidata era betepiriguete@hotmail.com. O que pode pensar um empregador nessa situação? (não escrevam pra ela, pois ela mudou o email). Algumas fotos ou declarações não precisam ser públicas, as redes permitem que se escolham quem pode ou não ver algumas de suas publicações. Em uma de minhas palestras mencionei isso e recebi uma “bronca” de um jovem da plateia dizendo “mas a empresa não tem nada a ver com que eu faço fora do trabalho”... hmmm ...o que pensam disso? Ele está certo em sua reclamação? Deixo essa indagação para sua reflexão, porém reforço o que disse: algumas coisas lá no seu perfil da rede social podem dizer coisas que não foram ditas na entrevista e nem mostradas em seu currículo.