Comentei em algumas publicações aqui no blog O MUNDO DO TRABALHO sobre essa "retomada" da economia assinalada pelo governo e por especialistas no ano passado. Mesmo não sendo economista, mas tendo atenção aos detalhes e no dia a dia das pessoas, "alertei" que aquela melhora não poderia naquele momento ser chamada ainda de tendência, pois além dos números serem pequenos estavam instáveis. Mesmo depois do quarto mês com os números modestamente positivos, minha percepção é de que estávamos longe de uma retomada da economia e dos empregos.
O Banco central acaba de divulgar que os setores da Indústria e Serviços tiverem queda em janeiro e que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) previsto para 3,5%em 2018 corre risco de não acontecer. A economia não consegue se firmar e por conseqüência o número de empregos a ser gerado pode ficar bem distante do desejado. O breve aquecimento da economia nos últimos meses de 2017 não foi suficiente para amenizar o desemprego, nem mesmo com a reforma trabalhista que prometeu que as mudanças na lei já seriam suficientes para gerar empregos. Devemos entender que mesmo que a lei facilite as contratações ela também facilita as demissões e que postos de trabalho só são gerados no crescimento da economia.
Afirmava eu nesses últimos meses que o tímido aquecimento da economia não seria suficiente para a geração de empregos de forma a ser sentida pela população e que na melhor das hipóteses o reflexo positivo nos empregos demoraria a chegar. Não consigo ainda ser otimista. O caos político em que nos encontramos e sem perspectiva de melhora em curto prazo, não nos dá a possibilidade de revertermos esse quadro tão ruim. Grande parte da população está sofrendo vendo suas chances de emprego ficarem mais longe e o nível de políticos que temos não nos dá uma expectativa de dias melhores tão cedo.