Acaba de ser divulgada
a PNADc – (Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios Contínua) - do primeiro trimestre de 2020 que mediu a taxa de
desemprego no Brasil. Para efeito de estudo posterior, considera-se que esse
resultado não teve a influência da pandemia
(COVID-19)
O desemprego teve um leve
aumento (1,2%) em relação ao trimestre anterior que estava em 10,9% e passou para 12,2% , o que equivale a 12,9
milhões de desempregados. A pesquisa apontou ainda que a informalidade diminuiu
(1%). Podemos considerar que essa queda no nível de emprego foi normal e
pequena, já que é um período onde há crescimento de demissões em virtude do
maior número de contratações temporárias (ou não) de final de ano. É um período
sazonal onde ocorre um “ajuste” das contratações excedentes de final de ano.
Essa situação só desaparece quando a economia está muito aquecida e o número de
empregos se mantém em alta. No caso do Brasil, a economia vinha sendo retomada
de maneira lenta e estável, mas não aquecida o suficiente para manter as
contratações de final de ano.
Já a comparação do
resultado com o mesmo período do ano anterior, houve uma diminuição do numero
de desempregados em 0,5%. Lembramos que em pesquisas desse tipo deve haver a
comparação com o mesmo período do ano anterior, para que haja os mesmos
parâmetros sazonais.
Essa pesquisa mostrou
que o nível de emprego estava estável e com melhora na economia, mas e agora
com a pandemia? O mundo foi atingido em cheio e está desarticulando a economia
de dezenas de países. Como sabemos a maioria dos empregos é gerada por pequenas
e médias empresas que não possuem “fôlego” para agüentar muito tempo sem
funcionar e faturar. Muitas dessas empresas foram obrigadas a demitir e mesmo
fechar logo nas primeiras semanas. E claro, isso já reflete um aumento
considerável no desemprego e provavelmente a próxima pesquisa mostrará números
assustadores. Mesmo o mercado informal não se mantém. A dificuldade de geração
de renda já é enorme para muitos brasileiros e a ajuda governamental está longe
de amenizar o impacto nas famílias.
Quando tudo isso
passar, ainda teremos um longo e duro caminho a percorrer. Infelizmente.