ANO XVII

ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

MENOS ESCOLA, PIORES EMPREGOS

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                       Uma frase que utilizo sempre em minhas palestras sobre mercado de trabalho, principalmente para jovens é “nunca deixe de estudar e aprender”. Não falo isso à toa. É óbvio que uma pessoa com maior escolaridade, maior bagagem de conhecimento, conseguirá em sua vida profissional, as melhores posições. Isso vale para aqueles que buscam oportunidades de trabalho como para aqueles que desejam empreender e ter seu próprio negócio.
Todavia, pesquisas recentes apresentam um dado que na minha avaliação é muito preocupante: está aumentando o número de jovens que não estudam e não trabalham. O dado se torna mais grave quando o maior aumento de jovens que abandonam a escola está na fase do ensino fundamental. A educação formal realizada nas escolas de hoje, não consegue estimular as crianças e adolescentes, produzindo apenas analfabetos funcionais. Talvez tenha exagerado nessa última frase, mas estamos chegando a um nível muito ruim de educação, o que já se reflete no mercado de trabalho, com o descompasso entre as ofertas de trabalho e os candidatos às vagas. Muito se fala na falta de qualificação e capacitação profissional, mas eu também sempre menciono a falta de educação básica antes da qualificação profissional. Como capacitar jovens que mal sabem escrever, interpretar um texto ou realizar uma simples “conta de mais”? Participo de um grupo na rede social Facebook onde empregadores divulgam suas vagas e as pessoas se oferecem a essas vagas. Fico impressionado com o nível baixo da escrita. Às vezes fica difícil entender o que estão querendo dizer! Vejo que as pessoas nem ao menos se esforçam para aparecer bem ali no grupo. Sem contar as coisas grotescas que colocam em seus perfis pessoais nas redes sociais! (falaremos disso em outro artigo)
Voltando ao tempo de estudo, que está cada vez mais baixo, a consequência para o país é desastrosa, mas, mais desastrosa ainda é para esse indivíduo, esse cidadão que corre o risco de ficar marginalizado no mercado de trabalho, perdendo as boas oportunidades e ficando com os piores empregos. Serão também os primeiros a perder seus empregos (mesmo ruins) e terão poucas chances de se recolocarem no mercado de trabalho diante de um quadro econômico instável.
Portanto, mesmo que a educação formal não tenha o nível de qualidade desejado, cada um deve buscar seu aprendizado, o conhecimento e zelar por sua evolução como cidadão e como profissional.  

Por Nelson Miguel Junior