ANO XVI

ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Afinal, o emprego no Brasil melhora ou piora em 2017 ?

Enquanto alguns economistas já apontam uma melhora na economia e num futuro próximo, melhora no número de empregos, a OIT – Organização Internacional do Trabalho aponta na direção contrária. A OIT aponta que serão mais de 200 milhões de desempregados em todo o mundo e que a cada três trabalhadores demitidos neste ano, um será brasileiro. O estudo realizado pela entidade prevê ainda que a recessão no Brasil este ano será pior que em 2016. E não para por ai: o desemprego ainda estará aumentando em 2018.

É verdade que a economia ainda está patinando, mas os agentes econômicos trabalham com a hipótese de crescimento neste ano da ordem de 0,5%, contrariando as previsões da OIT.

O desemprego está em 11,8%, ou seja, 12 milhões de desempregados (medido no 3º trimestre de 2016) pela metodologia oficial (PNAD – Contínua). Pelos dados oficiais o desemprego têm se mantido estável mas em função da metodologia que não considera aqueles que não estão procurando emprego. O número de pessoas nessa situação tem aumentado. Assim, o desemprego ampliado, ou seja, aquele que mede também aquelas pessoas que estão no “bico” ou subemprego, a taxa chega a 21%. . Outro dado ruim é que aqueles que ingressam no mercado de trabalho ou conseguem recolocação, estão recebendo 21% a menos e muitas vezes sem carteira assinada. 


O país ainda está em grave turbulência política e isso prejudica sobremaneira a retomada da economia e os investimentos, mas a tendência é de retomada, de crescimento, embora lento. A grande dúvida é quando esse crescimento será refletido nos empregos. Em nossa opinião, tudo dependerá da estabilidade política, que dará a credibilidade necessária ao país para que os investimentos voltem a acontecer e assim, os empregos.