ANO XVII

ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

NOVA METODOLOGIA DO IBGE PARA MEDIR O NÍVEL DE EMPREGO - Resultados mais próximos da real situação?

A partir deste mês, o IBGE modifica a atual metodologia para medir a taxa de emprego no país. Na verdade, a modificação acontece na amostra da pesquisa e não na totalidade do método em si. Todavia, essa alteração vai aproximar um pouco mais as taxas da realidade. Até hoje a pesquisa do IBGE era realizada nas 6 maiores RMs (Regiões Metropolitanas – Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte) e agora passa a incluir outras regiões abrangendo um total de 3500 municípios, porém só será divulgada a cada três meses.

Segundo alguns economistas, a estimativa é que a taxa de desemprego medida pela atual metodologia que é de 5,6% ultrapasse os 8%. (Outras metodologias de outras entidades, já apontam desemprego no patamar de 10% - ver post : http://blogdonelsonsp.blogspot.com.br/2013/06/desemprego-e-as-metodologias-de.html )


A nova metodologia – PNAD Contínua - está sendo implantada para se aproximar dos conceitos da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e também analisará outros indicadores como educação, trabalho infantil e outros. Essa metodologia substituirá completamente em 2015 a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) e a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). A PME continuará a ser divulgada até o final de 2014. Conforme citamos acima, a nova metodologia altera alguns pontos, como a idade considerada na PIA, que antes era de 10 anos e agora passa para 14 anos. Outro ponto relevante foi a mudança no que se considera “inativo”, que antes considerava apenas 30 dias o período para que o trabalhador estivesse desempregado. Algumas atividades antes consideradas como “trabalhador empregado” (subempregados, bicos esporádicos, malabaristas de semáforo, etc.) passam a ser considerados na nova categoria “Subocupação”. Alguns termos também estão sendo modificados: a PEA – População Economicamente Ativa passa a ser FT - Força de Trabalho e a PIA – População em Idade Ativa passa a ser PIT – População em Idade de Trabalhar.

Na primeira divulgação dos resultados que acontece na data de hoje, o índice passa de 5,9 (2º trimestre de 2013) para 7,4% com a nova metodologia.


Outra situação apontada nesta nova metodologia é o verdadeiro mar de gente em idade economicamente ativa que não está procurando trabalho, seja porque recebem benefícios sociais, desistiram de procurar ou mesmo nem tentaram ingressar no mercado de trabalho. Isso corresponde a 61,3 milhões de pessoas que não entram nos índices de desemprego. Isso demonstra a fragilidade do mercado de trabalho brasileiro. As pessoas já começam a sentir o impacto de uma economia que está se desacelerando, produzindo uma inflação alta e desequilíbrio nas contas. Portanto, mesmo com a nova metodologia, o desemprego real no Brasil é muito maior do que os apontados.

Por: Nelson Miguel Junior


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

CRESCIMENTO NA MICRO E PEQUENA EMPRESA

A notícia é boa para as micro e pequenas empresas, mas não para o mercado como todo. O CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados apontou em 2013 um crescimento de 7% nas contratações, em relação ao ano anterior,  para empresas desse tipo. O setor do comércio foi o que mais empregou em 2013, números  reforçados pelas contratações sazonais, principalmente as de final de ano.  Isso provocou um otimismo dos pequenos e micro empresários que passaram a acreditar que 2014 será um ano ainda melhor.  Mesmo assim, esses empresários apontam dificuldades para seus empreendimentos, como a dificuldade de crédito e a concorrência desleal de produtos estrangeiros e “piratas”.
Já para o setor empresarial como um todo, o otimismo não é tão grande. As agências internacionais de análise de risco podem rebaixar o Brasil e os investidores estão prevendo um crescimento máximo de 2,4% na economia em 2014, o que pode acarretar uma diminuição considerável no mercado de trabalho. Os economistas brasileiros também preveem um baixo crescimento econômico, afetando a Indústria principalmente. Analistas mencionam ainda que esse patamar de crescimento é pífio, principalmente em um ano onde acontecerá a Copa do Mundo de Futebol, já que nos países onde o evento aconteceu 1,5% do crescimento deveu-se exclusivamente à Copa.

Vamos aguardar os acontecimentos!

Por: Nelson Miguel Junior