
Aqui sempre incentivamos o empreendedorismo e realmente acreditamos que uma parcela da população pode se tornar um empresário (seja individual, micro, pequeno ou grande), todavia começamos ouvir que o emprego como conhecemos está em extinção. Ora, isso pode ser verdade para uma parcela da população, como mencionei acima, mas não é regra para toda a população. As políticas públicas voltadas ao emprego tradicional não podem ser abandonadas ou menosprezadas já que em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e a maioria das cidades, milhões de pessoas necessitam do emprego tradicional e não possuem perfil empreendedor. O sistema público de emprego ainda é fundamental para muitos. Não se pode ter o entendimento que todos podem abrir seu próprio negócio e ainda mais obter sucesso. Políticas públicas neste setor devem objetivar o incentivo ao empreendedor, até mesmo como forma de geração de empregos. Milhões e milhões de pessoas no Brasil dependem de políticas públicas voltadas ao emprego formal, à qualificação profissional e mesmo educacional, principalmente ao ensino técnico. Preocupa-me quando ouço coisas como “pleno emprego”, “não existirá mais empregos como conhecemos hoje”, etc. Isso tem sua parte de verdade, mas uma grande parte da população não conhecerá essa situação e é obrigação do poder público proteger essa população, não de forma assistencialista, mas de forma a preservar sua participação no mercado de trabalho.