ANO XVI

ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho

terça-feira, 25 de abril de 2017

O desemprego aumenta em março. O que esperar?

Na última quinta feira foi anunciado o resultado d nível de emprego para o mês de março. Houve perda de quase 64 mil postos de trabalho. Em fevereiro houve saldo positivo pela primeira vez em muito tempo, fato que deu esperanças de estar começando uma tendência de término do ciclo de desemprego, uma retomada da economia. Mas agora, veio o balde de água fria, com um fechamento significativo de vagas.

A situação ainda é de difícil interpretação, pois acompanhando os números do mesmo período do ano passado, percebemos que a situação é melhor, mas ao compararmos o mês-a-mês a coisa se torna mais duvidosa, pois a sazonalidade em fevereiro não explica uma diferença tão grande no número de oportunidades. Veja abaixo:



 O caos político em que o país se encontra, com as reformas previdenciária e trabalhista proposta pelo governo (cheio de pontos obscuros) e prestes a ser aprovada por um parlamento totalmente contaminado pela corrupção, com a maioria de seus membros acusados e investigados por toda a sorte de crimes, não ajuda nem um pouco que a economia se estabilize. A cada vez que a economia parece querer aquecer, os próprios membros dos poderes executivo e legislativo mostram o quão nocivos são para o país. Quem paga a conta por esse caos é a população em geral, trabalhadores e empregadores.

Deste modo, a previsão de retomada da economia fica prejudicada. Os sinais são dúbios assim como os números da economia. Há muito dinheiro represado para ser investido no Brasil e consequentemente gerar muitos empregos, mas qual investidor está disposto a correr o risco com a atual conjuntura política? As reformas são necessárias, mas serão essas as propostas pelo governo as melhores? Ninguém quer perder privilégios. Os sindicatos não estão lutando pelos trabalhadores, mas sim para não perderem a contribuição sindical que todo trabalhador é obrigado a pagar. Maus empresários também só estão interessados no relaxamento de direitos dos trabalhadores e em alternativas muito duvidosas. 

Não espero muito para os próximos meses. Já estive otimista, mas agora confesso que nem tanto.