ANO XVII

ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

COMO ESTÁ O MERCADO DE TRABALHO EM 2024

O ano de 2024 começou com forte retirada líquida de valores pelos investimentos estrangeiros. Os investidores estrangeiros retiraram até maio deste ano R$ 1,63 bilhão da bolsa brasileira, tornando-se o quinto mês consecutivo no vermelho. No acumulado de 2024 até maio, as saídas líquidas somam R$ 34,63 bilhões. Isso demonstrava a falta de credibilidade no crescimento da economia brasileira, com o forte desequilíbrio fiscal e instabilidade jurídica. Todavia, no segundo semestre a economia começou a dar ares de retomada, fazendo crescer o nível de emprego. Mas algo preocupante acontece no país que é a falta de mão de obra. As ocupações que mais contratam estão em dificuldade de preencher as vagas. Grande parte desse problema é causado pelo baixo índice educacional de parte da população e quanto mais as atividades se especializam maior é essa dificuldade. Começa a surgir um “buraco” no âmbito da demanda de trabalhadores que necessitam de certas habilidades para profissões antes consideradas de menor qualificação, ou seja, trabalhadores com baixa qualificação ou escolaridade apresentam maior dificuldade para preencheram as vagas disponíveis, pois há uma necessidade de conhecimento de equipamentos digitais que antes um pequeno treinamento local bastava, por exemplo. Uma parte das pessoas que buscam o mercado de trabalho, pessoas mais jovens, já possuem essa habilidade por serem uma geração nascida na era digital, mas mesmo assim uma outra parte desse grupo continua de fora do mercado devido a falta de interesse em estudar e aprender. Por mais que as taxas de desemprego estejam favoráveis nesse momento, jamais se deve negligenciar e acompanhar a situação econômica. A economia é algo dinâmico e as oscilações são comuns, refletindo diretamente no mercado de trabalho. E como podemos observar, o peso da economia no mercado de trabalho é enorme, mas o preparo da mão de obra é fundamental.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

A GERAÇÃO Z E O MERCADO DE TRABALHO

A denominada Geração G é um grupo da população de indivíduos nascidos entre meados dos anos 1990 e 2010. É a geração nascida durante o surgimento da era digital e possuem algumas características desenvolvidas relacionadas a esse ambiente digital. São pessoas relacionadas a ter mais flexibilidade e autonomia em relação ao local e horário de trabalho, tendem a ter propósitos definidos e preocupados com questões sociais, diversidade e valorizam empresas que compartilham essas ideias. Comunicação rápida e ambiente de trabalho colaborativo são aspectos importantes. Embora sejam pessoas bastante integradas à modernidade e antenadas com a tecnologia, enfrentam grandes desafios no mercado de trabalho devido a essas suas características culturais principalmente. Criam altas expectativas que muitas vezes estão descoladas da realidade do mercado de trabalho, já que a ampla maioria das ocupações ainda é no modelo tradicional. São imediatistas já que desejam a gratificação instantânea. São ainda dependentes da tecnologia e isso pode afetar de modo preponderante a comunicação interpessoal, a dificuldade de se expressar verbalmente e pessoalmente, solucionar problemas sem o uso de ferramentas tecnológicas e desenvolver habilidades interpessoais. Outro desafio é vencer a frustração aos se depararem com contratempos e dificuldades do trabalho. Por estarem ainda constantemente expostos aos dispositivos eletrônicos e redes sociais podem sofrer com a falta de foco e terem dificuldade com a produtividade, principalmente se não houver limites claros entre a atividade profissional e vida pessoal. Por outro lado as empresas também tem um grande desafio em lidar com essa geração e principalmente preencher suas vagas de trabalho que muitas vezes, ou até na maioria das vezes, não estão relacionadas a essa cultura tecnológica.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

EMPREGO RECUA 26,3% EM 2023

Os índices econômicos de 2023 foram muito ruins. Foi anunciado um rombo gigantesco nas contas públicas que ultrapassaram os 230 bilhões de reais. Mesmo que esse número seja impactado pela obrigatoriedade do pagamento de precatórios, o resultado foi trágico, não obstante a essa obrigação. Ou seja, o rombo foi de quase 190 bilhões de reais sem o pagamento dos precatórios. O péssimo resultado no mercado de trabalho não foi diferente: um recuo na geração de empregos em 26,3%. É o pior resultado desde a implementação da nova metodologia que mede o desemprego. O Mercado financeiro não esperava esse resultado tão ruim, que ficou abaixo da pior média projetada. A desaceleração da economia tem reflexo direto no saldo de emprego. Os analistas estão prevendo que essa tendência de desaceleração se mantenha em 2024, alguns até apostam numa desaceleração mais lenta, mas que o nível de emprego continuará caindo é unânime.

terça-feira, 17 de outubro de 2023

A EVOLUÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO PÓS PANDEMIA

Entre 2021 e 2023, o mercado de trabalho no Brasil passou por uma série de desafios e transformações significativas. Essa evolução foi influenciada por uma combinação de fatores econômicos, sociais e políticos que moldaram o ambiente de emprego no país. Em 2021, o Brasil enfrentava os desafios impostos pela pandemia da COVID-19, que havia impactado significativamente a economia e o mercado de trabalho. Muitas empresas tiveram que reduzir suas operações ou fechar suas portas temporariamente, levando a um aumento do desemprego. No entanto, com o avanço da vacinação e a melhoria das condições sanitárias, houve uma gradual recuperação econômica. Em 2022, à medida que a economia brasileira começou a se recuperar, o mercado de trabalho também mostrou sinais de melhora. A criação de empregos se intensificou em setores como tecnologia, e-commerce e saúde, refletindo a crescente importância dessas indústrias na economia brasileira. No entanto, a recuperação foi desigual, com alguns setores ainda enfrentando dificuldades. A partir de 2023, a economia brasileira continuou a se recuperar, e a taxa de desemprego começou a diminuir gradualmente. Políticas governamentais de estímulo ao emprego e investimentos em infraestrutura contribuíram para impulsionar a criação de empregos em setores como construção civil e energia renovável. Além disso, a retomada da atividade econômica global beneficiou as exportações brasileiras, o que teve um impacto positivo em alguns setores, como agronegócio e mineração. No entanto, desafios persistentes também afetaram o mercado de trabalho brasileiro durante esse período. A informalidade continuou a ser uma questão importante, com muitos trabalhadores atuando em empregos não regulamentados e precários. A falta de qualificação profissional também foi um desafio, com a necessidade de requalificação para atender às demandas de um mercado de trabalho em constante evolução. A automação e a inteligência artificial desempenharam um papel crescente no mercado de trabalho, tornando necessária uma adaptação constante das habilidades dos trabalhadores. Setores como a indústria 4.0 e a inteligência artificial criaram oportunidades, mas também representaram desafios para os trabalhadores que não estavam preparados para essas mudanças. Outro aspecto importante foi a questão da equidade de gênero e raça no mercado de trabalho. O Brasil continuou a lutar contra a disparidade salarial entre homens e mulheres, bem como o acesso desigual a oportunidades de emprego para diferentes grupos raciais e étnicos. A diversidade e inclusão se tornaram temas críticos nas discussões sobre o mercado de trabalho. Além disso, a reforma da previdência e outras mudanças na legislação trabalhista tiveram um impacto na dinâmica do mercado de trabalho, com ajustes nas regras de aposentadoria e contratação de pessoal.

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

NÍVEL DE EMPREGO É POSITIVO E ESTÁVEL

Algo interessante acontece nesse nosso país. Foram divulgados no início deste mês de agosto os números do CAGED e mostraram que houve aumento no número de vagas de trabalho formais em todos os meses deste primeiro semestre, incluindo ainda um pequeno aumento na renda, não obstante à crise econômica que enfrentamos pós pandemia. Todavia, junto que essa boa notícia, o Brasil tem batido recordes de inflação dos últimos anos, principalmente nos combustíveis e alimentos. Assim, o pequeno aumento do salário médio está sendo corroído fortemente pela inflação. Já o mês de agosto apresenta uma deflação devido ao fato da queda dos preços da gasolina e álcool que pesam bastante no índice de inflação, mas ao contrário da gasolina, os alimentos continuam em alta. Enquanto o preço desses combustíveis alivia as finanças da classe média que consomem muito esse produto, as camadas mais pobres da população continuam a ter sua renda fortemente comprometida pelo preço dos alimentos. Do ponto de vista do mercado de trabalho, não se sabe ainda se essa tendência de postos de trabalho formais irá continuar nos próximos meses ou mesmo no próximo ano. Muitos economistas afirmam que o país pode enfrentar uma grande crise econômica no próximo ano, tanto pelo desaquecimento da economia global como pelas finanças internas que poderão se deteriorar em função do descontrole dos gastos públicos e pelo “pacote de bondades” feito recentemente e que terá a conta cobrada em 2023. Há ainda uma expectativa de que embora a crise venha forte no próximo ano, o Brasil enfrentará menos problemas que o “resto do mundo”, seja lá o que isso signifique em relação ao mercado de trabalho.

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

TRABALHO E POLÍTICA SOCIAL

Vivemos em um país de muitas contradições. Somos um país rico, mas onde a pobreza não consegue ser abrandada ou mesmo levada a níveis “toleráveis”. A Economia é oscilante e sujeita às influências internas e externas, algumas controláveis e outras não e é o volume da Economia que afeta diretamente as condições de vida de muitos brasileiros, é a atividade econômica mais ou menos aquecida que determina em grande parte o nível de emprego e renda das famílias. Claro que estou falando aqui em termos pouco aprofundados, de forma que todos possam entender. Num momento positivo onde a economia está aquecida, boa parte dos problemas sociais, os provocados pela falta de oportunidades, estão equacionados por si só, ou seja, o momento permite que as famílias tenham renda, consigam sobreviver e progredir. Mesmo assim, uma camada da população estará desprotegida por uma série de motivos, pois está tão vulnerável que nem mesmo com a atividade econômica aquecida e a pleno vapor, conseguirá aproveitar essa oportunidade, esse momento. O trabalho e emprego é para a maioria da população a melhor política social que se possa oferecer. E políticas públicas de trabalho devem ser implantadas e executadas constantemente, seja provocando o encontro do trabalhador com seu empregador, capacitando, promovendo o auto-emprego (empreendedorismo), etc. Mas a grande dificuldade e o maior desafio é proporcionar a aqueles que estão em vulnerabilidade social chances de uma vida digna. Parte dessas pessoas poderão se recuperar com menos dificuldades, oferecendo apoio específico para que consiga sair da situação de vulnerabilidade. Outros estão em situação tão complexa que estão totalmente à margem da sociedade e não há solução simplista. Já adianto aqui que soluções milagrosas propostas por movimentos ideológicos não funcionam, ou não haveria miséria no mundo. Portanto, não queremos aqui entrar nessa seara. Toda solução para o problema, para o combate permanente à vulnerabilidade social, passa por situação econômica (onde o poder público pode ou não aumentar sua capacidade de investir em políticas sociais), políticas púbicas bem elaboradas e aplicadas, boas parcerias, entendimento da complexidade do problema e seu tamanho, debates multidisciplinares para busca de melhores caminhos, etc. O trabalho como política pública é um grande “amortecedor” para os problemas de vulnerabilidade social e pode diminuir o impacto dos problemas na sociedade, mas isso é apenas parte da solução.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

O FUTURO DO MERCADO DE TRABALHO – profissões morrem e outras nascem

Um tema bastante sensível e que deve ser debatido é o futuro do Mercado de Trabalho, seja pelas mudanças originadas em função da tecnologia e do mundo digital, seja pela mudança das relações de Trabalho. Ao mesmo tempo em que o avanço tecnológico ceifa postos de trabalho, esse mesmo movimento cria outros postos. Essa transição causa impactos imediatos a uma parte das pessoas, para o bem e para o mal. Aqueles profissionais que atuam em profissões “condenadas” poderão sofrer com a perda de seus postos de trabalho, e só uma atualização radical em suas habilidades dará a chance de se salvarem, se conseguirem mudar de profissão. Uma dessas mudanças já aconteceu anteriormente, quanto a automação começou a dominar a indústria. As fábricas evoluíram e aumentaram sua capacidade de produzir com máquinas e equipamentos modernos e computadorizados. Os operadores que não aprenderam a utilizar essas novas máquinas “computadorizadas” se tornaram tão obsoletos quanto às máquinas antigas que operavam. Noutra fase que também já começou há algum tempo, algumas profissões desapareceram ou desaparecerão em breve. Um pouco mais atrás, profissões como datilógrafo, telefonista, linotipista... algumas que você nem conheceu. Muitas outras estão acabando e num futuro breve não existirão mais. Muitas profissões que possam ser substituídas por “robôs” irão desaparecer. Por outro lado, já surgiram e ainda surgirão novas profissões e em um mercado ascendente. O mundo digital ainda é um bebê. Segundo o Relatório da Comissão Global do Futuro de Trabalho, publicado em 2017, estima que 65% das crianças de hoje irão trabalhar em profissões que sequer ainda existem. Uma outra categoria de profissão onde se corre risco de não conseguir manter a carreira, não propriamente pelo avanço tecnológico mas por outro motivo, são aquelas “profissões da moda”. Muita gente acaba escolhendo uma profissão e vai fazer aquela faculdade, pois acredita que aquela é a profissão do futuro. Essa gente pode ter razão, mas esquece de ponderar o tamanho do mercado. Vou dar um exemplo. A questão do meio ambiente hoje está em alta e é realmente relevante. E também é uma área bacana para se trabalhar. Embora seja uma área em crescimento, onde cada vez mais as empresas se preocupam com essa questão, formam-se a cada ano milhares de profissionais, muito mais gente do que o mercado pode absorver e um exércitos de profissionais ambientais não terão onde trabalhar. Outra situação que veremos num futuro é uma mudança radical nas relações do trabalho. A forma como nos relacionamos com nossos empregadores (e vice-versa) será totalmente diferente, contratos de trabalho se tornarão “on demand”, ou seja, por projeto. Alguns futuristas afirmam que muitas outras atividades também morrerão em breve, como cirurgião, piloto de avião, motorista, etc. Todavia, acredito que mesmo que a Inteligência Artificial invada essas áreas, que os algoritmos e softwares sejam ultra sofisticados, ainda teremos a presença do profissional humano por muito tempo. Mas nem tudo é desilusão. Novas profissões surgem a cada dia, seja diretamente com o desenvolvimento das tecnologias ou com as áreas surgidas em função dessa nova cultura tecnológica. Isso merece uma publicação a parte, só falando disso.

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

A SOLICITAÇÃO DE FOTOS NO CURRICULO

Existe uma situação polêmica na questão de exigências no currículo. Uma delas é a exigência de foto em currículo.

Muitas empresas fazem essa solicitação sem que haja necessidade para aquela determinada função e isso leva a uma questão: qual a motivação do empregador fazer essa exigência? Sabemos que para algumas funções a solicitação de fotos é natural, como na área de moda, eventos, publicidade, etc. Mas é natural solicitar foto para uma função de administrador de empresas, por exemplo?

A lei, embora não especifique literalmente a exigência de foto no currículo, ela proíbe qualquer solicitação discriminatória e podemos interpretar que a exigência de fotografia para funções diversas, pode ser uma exigência discriminatória, portanto, ilegal. Alguns profissionais do Direito entendem que a prática é ilegal mesmo que não esteja literalmente especificada na lei.

Hoje em dia, ampla maioria das empresas não utiliza dessa prática e entendem como item discriminatório, mas algumas poucas ainda solicitam foto. Alguns selecionadores justificam que a foto no currículo ajuda a memorizar o candidato durante o processo seletivo.

Há um PL na Câmara dos Deputados que inclui essa exigência como discriminatória, assim como idade, sexo e tempo de experiência, já em vigor.

Portanto, os selecionadores e empregadores devem evitar a exigência de foto no currículo, salvo em atividades específicas já exemplificadas acima.

 

domingo, 30 de maio de 2021

RESPONDENDO PERGUNTAS (do canal O Mundo do Trabalho Blog desde 2007)


 

AS PERSPECTIVAS DO MERCADO “HOME OFFICE”


Como já sabemos, o Home Office (trabalho em casa), tomou um novo rumo devido à pandemia. Muitas empresas, para não parar a atividade, proporcionou que seus funcionários trabalhassem de casa, inclusive preparando suas estações de trabalho, como empresas de telemarketing, help desk, etc. Muitos outros profissionais também passaram ao trabalho remoto, tanto os que trabalham como empregados como profissionais liberais.

Comentei anteriormente que isso é uma tendência e que veio pra ficar, mas comentei também que isso não aconteceria em curto prazo, após a pandemia. Já que muitas empresas, apesar de “descobrirem” que essa atividade elimina muitos custos, o trabalho presencial ainda terá seu lugar nas atividades que podem ser transformadas em trabalho remoto.

Por outro lado, surge um importante movimento entre profissionais que estão num estágio profissional e financeiro mais elevados. Em busca de refúgio dos problemas da pandemia e qualidade de vida, muitos profissionais estão se mudando para cidades turísticas, já que muitos se mudaram para suas casas de veraneio, seja praia, montanha ou área rural. O que era temporário começa a se tornar definitivo.

A grande preocupação dessas pessoas que buscavam refúgio era a qualidade dos meios de comunicação e Internet, já que isso é fundamental para que possam realizar seu trabalho remotamente.

Isso foi percebido por algumas cidades e também por algumas operadoras de telecomunicação. A Cidade de Ilhabela/SP entendeu bem esse movimento e faz campanha aberta para que os profissionais e empresas que podem fazer trabalho remoto se instalem na cidade. A VIVO também atenta a esse movimento já instalou um cabo submarino que possibilitará a Internet em alto desempenho. O Mercado imobiliário se aqueceu sobremaneira em Campos do Jordão, com a vinda dessas pessoas. Inicialmente aqueles que possuíam casas de veraneio passaram a viver na cidade e outros se instalaram em pousadas. Porém esse movimento já proporcionou um aumento nas vendas de imóveis na cidade, principalmente apartamentos, elevando de maneira substancial o valor dos imóveis.

Outras cidades do interior também abraçam esses profissionais. Para os municípios que atraem essas pessoas, os ganhos serão consideráveis, pois além da economia em movimento pelo turismo, mesmo que em patamares menores que antes da pandemia, haverá aquecimento para o mercado “local” não turístico, e consequentemente mais empregos.

Atenção nisso, senhores prefeitos

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Muita gente pergunta com certa indignação, o por que mesmo entregando dezenas de currículos, nunca é chamado para uma entrevista. Há duas razões principais para isso e ambas tem relação com o currículo da pessoa. Uma pode ser a qualidade do currículo, como ele está "montado" ou "direcionado" e a outra é a distribuição ineficaz. Veja o nosso video abaixo com as dicas para como diminuir esses problemas. 

Se preferir veja o link do episódio 11 diretamente no YouTube.

Deixe seu like e inscreva-se no canal. 



domingo, 27 de setembro de 2020

EP 09 - MOTIVAÇÃO: Vem de dentro ou de fora de nós?

             Qual a necessidade de estar sempre auto motivado e como se manter assim mesmo com os desafios do dia a dia. Estabelecer objetivos de vida e o real desejo de realizá-los é o que nos motiva para dar cada passo necessário. Serve para a vida pessoal e é de grande importância para a vida profissional.

 

sábado, 5 de setembro de 2020

As habilidades sociais no ambiente de trabalho ( Soft Skills e H...



Saiu o novo video do canal O MUNDO DO TRABALHO.
Nesse video falamos da importância das habilidades sociais e inteligência emocional nas relações no ambiente de trabalho.
Muitas empresas, tanto na contratação como nas avaliações após contratação, valorizam muito as habilidades sociais e isso pode ser fator decisivo desde o processo seletivo e na e permanência do profissional.

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

SER COMPETITIVO NA BUSCA POR EMPREGO (video do canal o Mundo do Trabalho)

Caros leitores,

Vejam o video sobre Ser Competitivo na busca pelo emprego e aumente as chances de sucesso nos processos seletivos.

Inscreva-se em nosso canal no YouTube e divulgue para seus amigos, principalmente aos que estão em busca de oportunidades de 
trabalho.

 clique aqui: SER COMPETITIVO NA BUSCA POR EMPREGO

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Canal O MUNDO DO TRABALHO no YouTube

O blog O Mundo do Trabalho agora está no YouTube. Visite o canal e INSCREVA-se Compartilhe e indique o blog e o canal para seus amigos que estão em busca de emprego e desejam saber sobre o mercado de trabalho e os temas relacionados. O MUNDO DO TRABALHO no YouTube (clique aqui)

sábado, 22 de agosto de 2020

CAGED aponta aumento de 131 mil novas vagas em julho

O CAGED – Cadastro Geral de Empregados e desempregados, do IBGE, divulgado ontem (21/08/2020) mostrou um aumento de 131 mil novas vagas de trabalho em julho. Esse número mostra que o desastre gerado no mercado de trabalho pela Covid-19 não foi tão grande quanto esperado. O número de desempregados ainda é muito grande e mesmo o mercado informal foi duramente afetado. Não só milhares de trabalhadores formais perderam seus empregos como também os trabalhadores informais e autônomos perderam sua renda. Durante esse período de pandemia foi de aproximadamente 1,5 milhão o número de postos de trabalho perdidos. Todavia, nos últimos meses já foram recuperados quase 500 mil vagas, mas ainda temos 1 milhão de postos de trabalho perdidos desde março a recuperar para chegarmos ao mesmo nível de antes de março, quando os empregos começaram a ser afetados pela pandemia. Esse número foi o melhor para o mês de julho desde 2012. No ano passado, ou seja, em 2019, no mês de julho foram criadas apenas 44 mil novas vagas, quando a economia começava a esboçar alguma reação positiva. Houve aumento no número de vagas em praticamente todos os setores da economia, menos no de Serviços (-15948). Os setores que mais empregaram foram a Indústria (53.590), Construção (41.986), Comércio (28.383) e Agropecuária (23.027). O bom resultado aconteceu em quase todo o país. Foram 25 estados com resultado positivo, sendo São Paulo com a maior abertura de vagas (22.967) e Sergipe com o pior resultado (-804). Houve ainda um pequeno aumento na renda do trabalhador em relação a junho. Os números da Economia em geral, apontam agora para um resultado não tão ruim como era esperado. Os economistas previam uma queda do PIB – Produto Interno Bruto de até 8% em 2020, porém agora a previsão é mais otimista, com uma queda de “apenas” 4% para este ano. AGORA VOCÊ TAMBÉM PODE ACOMPANHAR OS TEMAS DO BLOG O MUNDO DO TRABALHO NO YOUTUBE. ENTRE NO LINK ABAIXO, INSCREVA-SE NO CANAL E DÊ UM "JOINHA" NO VIDEO. O MUNDO DO TRABALHO

terça-feira, 28 de julho de 2020

CAGED - Os números do emprego formal no primeiro semestre de 2020


CAGED - MTE 2019 | Cadastro de Empregados e Desempregados

O Brasil criou 6.718.276 vagas de emprego no primeiro semestre de 2020, mas perdeu 7.916.639 postos de trabalho. Ou seja, o mercado de trabalho formal perdeu 1.196.363 vagas de emprego de janeiro a junho. Exatamente quando o país começava a retomada da economia a pandemia chegou ao país ceifando vidas e empregos. Estamos falando dos empregos formais, aqueles com carteira assinada, mas a situação é também muito grave no setor informal, onde não há carteira assinada, onde muitos fazem sua renda com bicos, algum tipo de venda de produtos ou prestação de serviços autônomos. Grande parte do mercado informal era ocupado por pessoas desempregadas que desempenhavam alguma atividade informal temporária durante o período de desemprego como forma de obter renda e o sustento de suas famílias. Mas a situação atingiu em cheio essa parcela do mercado de trabalho.

Um alento é que no mês de junho o desemprego desacelerou sensivelmente.  Enquanto nos meses anteriores o desaparecimento de vagas foi gritante (março= -259.217; abril= -918.286 e maio= -350.303), em junho foi de “apenas” -10.984.

Os setores de Construção e Agronegócio foram os que apresentaram saldo positivo no número de empregos. Foram mais de 17 mil vagas na Construção e quase 37 mil no Agronegócio.  


Vamos aguardar o resultado da PNAD-C do IBGE que mostra um espectro mais amplo do mercado de trabalho, incluindo também o trabalho informal, para termos uma idéia se a desaceleração do desemprego em junho é ou não uma tendência positiva para a economia e o mercado de trabalho.   

quinta-feira, 23 de julho de 2020

TRABALHO E EMPREGO NESSES TEMPOS DE PANDEMIA

É muito difícil falar qualquer coisa concreta sobre trabalho e emprego nesses tempos de pandemia. Se na área da saúde está difícil planejar não podemos esperar algo diferente na Economia e conseqüentemente no mundo do trabalho e nos empregos. É difícil ainda decidir se preservamos as vidas, a saúde ou a Economia, pois para parte da população a doença é fatal e mesmo que estatisticamente as mortes possam ser “absorvidas” como dano colateral numa eventual busca pela normalidade econômica, não sabemos quais vidas serão ceifadas. Não há solução fácil. Não há panacéia que salve uma vida.

Com a paralisação da economia no mundo, que não é culpa de nenhum governo e sim de um vírus potencialmente letal, grande parte dos empregos se foi. Nem mesmo os empregos informais e as atividades informais escaparam. Aliás, os empregos informais foram muito mais afetados do que os formais com o fechamento ou suspensão das atividades de muitas empresas.

Tenho visto muitos profissionais de RH, por exemplo, debaterem sobre o mercado de trabalho, como fazer nesses novos tempos e as formas de trabalho como o aumento de atividades em “home Office”. Todavia, quem pode realizar seu trabalho remotamente, fazem parte de uma pequena parcela de trabalhadores. A maioria não pode.

Tudo que está se fazendo no mercado de trabalho é tentar equacionar a situação para amenizar um grande dano. Mas como sabemos, economia paralisada é igual a baixo nível de emprego e não sabemos quando isso irá terminar. Só a vacina pode modificar a atual situação. Não adianta brigar para que voltemos a uma vida normal, que todos os setores da economia voltem ao normal, pois isso não resolverá o problema. Não vou aqui tomar qualquer posição sobre reabrir ou não as empresas, etc., pois como disse, não há solução fácil. As pessoas estão entre pagar as contas e mesmo matar a fome ou arriscar a vida e de sua família, desafiando a doença.


De todo modo, a luta não pode parar e as pessoas têm de sobreviver. Cada um sabe “onde seu calo dói”. Que se tomem todas as medidas de segurança para suas vidas. Aproveitem parte de seu tempo para aprender mais, para entender mais e com sorte teremos em breve uma vacina que possa por fim a essa situação. 

domingo, 7 de junho de 2020

EUA SURPREENDEM E DESEMPREGO CAI

Em virtude da pandemia, o desemprego em todo o mundo é uma realidade e um fantasma assustador. O desemprego nos EUA estava alto, com índices próximos aos do Brasil, mas surpreendentemente o desemprego recuou em maio e criou 2,5 milhões de novos postos de trabalho, quando a previsão das agências econômicas era de que o desemprego chegasse próximo a 21%.  A taxa era de 14,7% em abril e recuou para 13,3%.

A pergunta que você deve estar se fazendo é “o que o desemprego brasileiro tem a ver com o desemprego nos EUA?”. Também fiz essa pergunta antes de escrever aqui.

O grande dilema de todos é como entender essa situação e agir. Isolamento, lockdown, flexibilização, “libera geral”? Em primeiro lugar devemos ter em mente que os dois problemas caminham juntos (saúde e economia) e que ninguém tem a resposta para tal dilema. Portanto, nosso caminho para a questão é impírica, tentativa e erro.

Lá, os setores responsáveis pelo crescimento dos empregos, foram os de Lazer & Hospitalidade, Alimentação & Bebidas, Comércio Varejista, Indústria, Serviços Profissionais, etc. Outros setores criaram vagas ou pararam de demitir.


A relação com o Brasil é que esse acontecimento no mercado de trabalho nos EUA pode trazer esperança ao nosso mercado de trabalho. Sabemos, por exemplo, que o setor supermercadista contratou muita gente, na contramão de outros setores. Muitos negócios estão se reinventando e que podemos ter outra realidade no mercado de trabalho pós pandemia. Infelizmente, tudo ainda é uma incógnita por aqui. Não temos uma diretriz clara, não caminhamos com o olhar na frente e sim apenas reagindo aos fatos, sempre na rabeira. 

quinta-feira, 30 de abril de 2020

DESEMPREGO PRÉ- PANDEMIA


Acaba de ser divulgada a PNADc – (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) - do primeiro trimestre de 2020 que mediu a taxa de desemprego no Brasil. Para efeito de estudo posterior, considera-se que esse resultado não teve a influência da pandemia  (COVID-19)

O desemprego teve um leve aumento (1,2%) em relação ao trimestre anterior que estava em 10,9%  e passou para 12,2% , o que equivale a 12,9 milhões de desempregados. A pesquisa apontou ainda que a informalidade diminuiu (1%). Podemos considerar que essa queda no nível de emprego foi normal e pequena, já que é um período onde há crescimento de demissões em virtude do maior número de contratações temporárias (ou não) de final de ano. É um período sazonal onde ocorre um “ajuste” das contratações excedentes de final de ano. Essa situação só desaparece quando a economia está muito aquecida e o número de empregos se mantém em alta. No caso do Brasil, a economia vinha sendo retomada de maneira lenta e estável, mas não aquecida o suficiente para manter as contratações de final de ano.

Já a comparação do resultado com o mesmo período do ano anterior, houve uma diminuição do numero de desempregados em 0,5%. Lembramos que em pesquisas desse tipo deve haver a comparação com o mesmo período do ano anterior, para que haja os mesmos parâmetros sazonais.

Essa pesquisa mostrou que o nível de emprego estava estável e com melhora na economia, mas e agora com a pandemia? O mundo foi atingido em cheio e está desarticulando a economia de dezenas de países. Como sabemos a maioria dos empregos é gerada por pequenas e médias empresas que não possuem “fôlego” para agüentar muito tempo sem funcionar e faturar. Muitas dessas empresas foram obrigadas a demitir e mesmo fechar logo nas primeiras semanas. E claro, isso já reflete um aumento considerável no desemprego e provavelmente a próxima pesquisa mostrará números assustadores. Mesmo o mercado informal não se mantém. A dificuldade de geração de renda já é enorme para muitos brasileiros e a ajuda governamental está longe de amenizar o impacto nas famílias.


Quando tudo isso passar, ainda teremos um longo e duro caminho a percorrer. Infelizmente.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Nota do autor do blog:

Nota: Por motivos pessoais, de força maior, o blog O MUNDO DO TRABALHO não publicou nenhum novo artigo até esta data, neste ano de 2020. O blog está ativo e publicando initerruptamente desde 2007, portanto há 13 anos no ar. A partir de agora, o blog retomará normalmente a atividade, abordando temas do mundo do Trabalho. E teremos muito trabalho, pois a atual situação com a pandemia, alterou todos os paradigmas, seja da Saúde, das relações humanas, da Economia e por consequência, dos empregos, dos empregadores, etc.
Um grande abraço a todos os amigos e leitores que nos acompanham.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

EMPREGO FORMAL CRESCE EM NOVEMBRO


O CAGED divulgou os números do Emprego em novembro. Foram criados 99.232 novos postos de trabalho. Em 2019 já são quase um milhão de novos postos de trabalho criados.

O CAGED considera apenas os empregos formais, ou seja, com carteira assinada.

É o oitavo mês consecutivo de crescimento do número de vagas no mercado de trabalho formal.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

O NOVO PARADIGMA DOS APLICATIVOS NO MUNDO DO TRABALHO

Vamos reproduzir aqui uma matéria publicada no jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, de PEDRO FERNANDO NERY. A matéria e a opinião do articulista nos parecem importante para uma reflexão dos rumos e mudanças de paradigmas no mundo do trabalho com as novas tecnologias. Devemos ficar presos aos velhos costumes, aos antigos conceitos ou pagar o preço pela liberdade?  Leiam, reflitam e opinem. Esse novo paradigma  parece permitir que muitos continuem no mercado de trabalho e gerem renda para suas famílias em tempos de crise como o que vivemos. Pelos dados oferecidos no artigo, algumas categorias estão ganhando mais como empreendedores do que como empregados. Então segue a matéria.

Pedro Fernando Nery*, O Estado de S.Paulo
10 de dezembro de 2019
DOUTOR EM ECONOMIA

Eram os 39 do segundo tempo, o Corinthians perdia de 1 a 0 para o Palmeiras. Ataque corintiano, a bola sobrou para Bruno Octávio. De muito longe da área, o jogador do Corinthians tentou resolver sozinho, chutando dali mesmo e isolando a bola. O narrador Milton Leite não se conteve, chamou o momento de patético e lançou um bordão popular nos anos seguintes: agora eu “se” consagro! A expressão ironizava o jogador fominha que, empolgado e imaginando um momento de glória, acabava fazendo uma tolice.

A decisão sobre a Loggi na sexta é um desses momentos de nossos operadores do Direito que lembram o “agora eu se consagro”. A startup brasileira é espécie de Uber de entregas, com plataforma que conecta milhares de motoboys (cadastrados como microempreendedores individuais) a clientes. A Justiça do Trabalho determinou que todos sejam contratados, mandando ainda a empresa disponibilizar estacionamento e pagar R$ 30 milhões de multa. A razão seria “dumping social”: o valor estipulado equivale a todo o faturamento de 2018 (menos que os R$ 200 milhões pedidos pelo Ministério Público do Trabalho), autor da ação. Pode ainda ter de pagar R$ 10 mil por motoqueiro que não for contratado via CLT.

O ramo trabalhista é talvez o com mais adeptos do movimento “agora eu se consagro”, com juízes e procuradores voluntaristas produzindo decisões deletérias. A turma do agora eu se consagro adora chavões como “o trabalho não é mercadoria” (em negrito na decisão do caso da Loggi) e “cada vida não tem preço” (presente).

Focaremos nas possíveis consequências econômicas da decisão, antecipadas pela própria juíza, quando lembra que o cadastro na Loggi pode ser “um patamar melhor do que eventual desemprego ou miséria”. Quanto à presença ou não de vínculo empregatício, registra-se que a decisão peita o entendimento do STJ, que em setembro decidiu em caso semelhante que a situação é de autônomo, não de empregado. A juíza do Loggi justifica a decisão com base na reforma trabalhista, que passou a permitir o contrato por hora (intermitente): mas vale registrar que o intermitente é convocado pelo empregador, enquanto os usuários de aplicativos escolhem quando logar nas plataformas, e por quanto tempo ficar.

A contratação pela CLT implica custo muito maior do que o contrato do MEI. O valor pode ser mais que o dobro, considerando encargos previdenciárias e trabalhistas. É ingênuo supor que o lucro dos investidores arcará com a mudança. A empresa tentará repassar o custo para os consumidores e, o que não conseguir, para os motoboys (e é fácil para os clientes substituir serviços como delivery de sanduíches).

Supondo que a regra valesse para as demais plataformas, é intuitivo que os motoqueiros – muitos que hoje ganham mais do que a renda média nacional – passariam a ter rendimentos líquidos menores. Haveria restrições a novas vagas e muitos seriam desligados, voltando ao desemprego de que tantos só conseguiram sair pelo colchão dos aplicativos. A comparação com a jurisprudência da Califórnia reconhecendo vínculo é inoportuna: a região tem desemprego 3 vezes menor, renda 5 vezes maior e o vínculo empregatício é em uma legislação trabalhista das mais flexíveis do mundo. As consequências aqui serão piores. (Em tempo: estudo de big data de outubro no Journal of Political Economy identificou que a flexibilidade da plataforma traz ganho equivalente a 40% da renda para motoristas da Uber, em relação às alternativas).

A ironia do “trabalho não é mercadoria” que é exatamente como produtos guardados num armazém que ficam a multidão de desempregados vítimas dos juízes do agora eu se consagro. Mês passado um ex-presidente da associação de juízes declarou inconstitucional a MP do Verde Amarelo, que nem estava em vigor. Mais cedo, o TRT-MG reconheceu vínculo entre motoristas e Uber, e a decisão (“histórica”) foi rapidamente traduzida para inglês e espanhol.

No sábado, o MEI foi visto como fonte de direitos para a turma que malhou a reforma trabalhista, quando artistas foram excluídos do alcance do microempreendedor individual. Atrizes globais que posaram com carteiras de trabalho em protesto à flexibilização de 2017 foram rápidas em criticar o fim do MEI para a classe. Deputadas da esquerda também apontaram o risco de desemprego para artistas, já que as alternativas são o contrato via CLT ou autônomo tradicional, mais caro. O MEI garante direitos previdenciários a um custo menor para contratantes com menos tributos ao contratado. A decisão acabou revogada: o lacre ficou.



quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

ECONOMIA MELHORA E DESEMPREGO DIMINUI

Com o aquecimento da economia os empregos começam a aparecer. Apesar de ainda termos de percorrer um longo caminho, a economia se estabiliza e o desemprego começa a recuar.  O desemprego ainda atinge 12 milhões de pessoas, mas os indicadores são favoráveis. O número de empregos criados este ano dobrou em relação ao ano passado.  O que vemos é que essa retomada é constante e sustentável e isso indica uma luz no fim do túnel. Setores como o da Construção e Embalagens estão apresentando crescimento considerável e esses são setores sensíveis que sempre nos indicam se a economia está crescendo ou decrescendo.

O Brasil começa a melhorar também sua imagem do ponto de vista econômico, o que trás a possibilidade de maior investimento estrangeiro no setor produtivo.

A taxa de desemprego para o último trimestre foi de 11,6% segundo o IBGE, um pouco menor do que no período anterior, o que representou a criação de aproximadamente 470 mil novos postos de trabalho. Se compararmos com o mesmo período do ano anterior, o aumento do número de vagas foi de 1,4 milhão.  Neste ano, de janeiro a outubro foram criados 841.589 postos de trabalho.

Todavia, há muitos fatores que influenciam o caminho para o aquecimento da economia e conseqüentemente a criação de novas vagas de trabalho. Ainda sofremos com o grave desequilíbrio fiscal deixado por governos anteriores e a insegurança jurídica provocada por interpretações casuais das leis pelo STF, promovendo a impunidade e abalando a luta contra a corrupção. Esses pontos são fundamentais para a economia e principalmente na entrada de novos investimentos sejam nacionais ou estrangeiros. Muitos não se dão conta de quanto isso interfere diretamente em suas vidas.

Devemos lembrar também que o emprego informal aumentou. Embora isso possa parecer um ponto pouco positivo, podemos ver de outra maneira se compararmos com os últimos anos em recessão, onde o desemprego só aumentava e mesmo as oportunidades informais estavam sumidas. O trabalho por conta própria também aumentou. Muitas pessoas forçadas pela falta de emprego formal ou por perceber novas oportunidades e mudanças de paradigmas, optaram pelo negócio próprio. Já são mais de 24 milhões de pessoas que atuam dessa forma.

Outro ponto a se destacar é que o Desalento (pessoas que desistiram de procurar trabalho) e o Subemprego diminuíram.
Penso que podemos ter esperanças.


quarta-feira, 13 de novembro de 2019

O CONTRATO DE TRABALHO VERDE E AMARELO MP 905/2019

O governo acaba de editar uma MP – Medida Provisória que cria o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo que tem como objetivo criar empregos para jovens de 18 até 29 anos.  Grosso modo, o governo desonera os encargos trabalhistas para as empresas que adotarem essa modalidade. 

Essas contratações não podem substituir funcionários e vale por tempo determinado, até dezembro de 2022. A Medida Provisória 905/2019 também aborda vários outros pontos, mas o mais importante é a criação de empregos nessa faixa etária que é bastante vulnerável no mercado de trabalho.

Para os empregadores que aderirem ao Contrato Verde e Amarelo para novas contratações, estarão isentos da contribuição previdenciária de 20% sobre o salário e a alíquota de contribuição do FGTS passa de 8% para 2%. O contrato tem validade máxima de 24 meses. Caso o empregador mantenha o trabalhador após esse período, o contrato de trabalho passa a ser o convencional. A empresa só pode realizar a contratação de até 20% de seu quadro de funcionários nessa modalidade.

Acreditamos que a MP venha a facilitar as contratações e combater o desemprego na faixa etária de 18 a 29 anos, mas devemos concordar que há alguns pontos polêmicos a serem esclarecidos, como o desconto do INSS para quem recebe Seguro Desemprego. Falaremos sobre isso e outros pontos da MP em breve.

Texto da Medida Provisória 905/2019 na íntegra

Logo estaremos publicando aqui algumas explicações e análises sobre a MP 905/2019

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

CONVITE DE LANÇAMENTO DO LIVRO: CONSELHOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Acontecerá no próximo dia 24 de outubro, quinta-feira, o lançamento do livro Conselhos de Políticas Públicas, na Casa dos Conselhos em Campos do Jordão, Rua Brigadeiro Jordão 360, Abernéssia.

Sobre o autor: Nuno Roberto Coelho Pio é mestre em Direito Administrativo, professor universitário em cursos de graduação e pós graduação e Procurador do Estado de São Paulo.


Esta obra é uma das principais contribuições doutrinárias no Direito Administrativo Brasileiro sobre o tema da participação da sociedade na administração pública, destacando o regime jurídico dos conselhos de políticas públicas. Prefácio de José Roberto Pimenta Oliveira,  Procurador da República, Mestre e Doutor em Direito do Estado pela PUC/SP, professor em cursos de graduação e pós graduação na PUC/SP.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

SALDO POSITIVO DE EMPREGOS PELO 4º MÊS CONSECUTIVO


Resultado de imagem para maior numero de empregos no brasilO CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontou saldo positivo de empregos em julho, É o quarto mês seguido com saldo positivo entre demissões e admissões. Já são quase 500 mil empregos formais (carteira assinada) a mais neste ano de 2019. Se considerarmos os últimos 12 meses, o saldo ultrapassa 521 mil vagas a mais. Isso pode demonstrar que já há uma estabilidade da economia, bem tímida, é verdade, mas podemos considerar uma tendência estabelecida de alta no número de empregos.

O setor que mais cresceu foi o de Construção, que normalmente aponta maior credibilidade no crescimento econômico. Dos oito setores econômicos considerados, apenas um apresentou saldo negativo, o de Administração Pública. A região Sudeste foi a que apresentou maior número de contratações formais enquanto a região Sul apresentou menor número. Considerando por Estados, São Paulo apresentou o melhor desempenho, enquanto Espírito Santo e Rio Grande do Sul tiveram menor crescimento. Destaque negativo para o Rio de Janeiro que apresentou saldo negativo, ou seja, demitiu mais do que contratou.


quinta-feira, 15 de agosto de 2019

PNAD Contínua mostra aquecimento no mercado de trabalho em 10 Estados e no DF


 A Taxa de Ocupação melhorou no segundo trimestre de 2019 em comparação aos dois últimos trimestres, em 10 Estados da Federação mais o Distrito Federal, ficando em 12% (de desocupados) contra 12,7 do ultimo trimestre de 2018 e 12,4 do primeiro trimestre de 2019.

As piores Taxas de Ocupação aconteceram nos Estados da Bahia, Amapá e Pernambuco. As melhores foram em Santa Catarina, Rondônia e Rio Grande do Sul. As demais regiões ficaram estáveis.

A pesquisa mostrou ainda que pouco mais de um quarto da população desempregada está em busca de trabalho há pelo menos dois anos. Anteriormente, as pessoas ficavam menos tempo na busca por oportunidade de trabalho.

Fonte;  IBGE

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Melhor marca no nível de emprego dos últimos 6 anos

Mesmo com a economia estagnada, houve a criação de mais de 48 mil empregos em junho, segundo o CAGED. Melhror marca dos últimos 6 anos

sábado, 27 de abril de 2019

CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO, segundo a nova lei trabalhista


Com a nova lei trabalhista aprovada no governo anterior, aconteceram muitas alterações na antiga CLT. Em alguns casos, a convenção e acordos coletivos podem ficar acima da lei. Um dos pontos que a nova lei alterou é o controle da jornada de trabalho. Na CLT o empregador era obrigado a controlar a jornada de trabalho, o registro do ponto, e agora isso pode mudar definitivamente.

O TST. Tribunal Superior do Trabalho decidiu que os empregados não precisam mais registrar o ponto diariamente, apenas registrar as ocorrências, como atrasos, saídas antecipadas, horas extras, faltas... Ou seja, a situação foi invertida em relação à jurisprudência anterior do TST.

Tal decisão ocorreu em uma ação que o Ministério Público do Trabalho moveu contra um acordo coletivo entre um sindicato e uma empresa no Espírito Santo. Essa decisão serve como referência para a primeira e segunda instâncias. Os ministros do TST decidiram que é possível utilizar o sistema chamado de “ponto por exceção”, onde o funcionário anota no ponto apenas as ocorrências como mencionamos no parágrafo anterior.

Ainda cabe recurso a essa decisão do TST, mas serve por hora de referência para a decisão em outros julgamentos.


sábado, 6 de abril de 2019

AFINAL, AS METODOLOGIAS DO IBGE PRA MEDIR O DESEMPREGO SÃO CONFIÁVEIS?

Recentemente o Presidente da República citou em uma entrevista que a metodologia do IBGE não mede o desemprego de forma correta. Não sei exatamente a que se referiu Bolsonaro e aviso desde agora que aqui não vai nenhuma análise com viés político.

Desde há muito tempo faço uma afirmação parecida aqui no blog e concordo que as metodologias utilizadas para medir o desemprego não tem o alcance necessário, ou seja, não conseguem medir a quantidade exata do desemprego no Brasil. Quando foi instituída a PNAD Contínua, o IBGE conseguiu  se aproximar um pouco mais da realidade, mas ainda, afirmo, não consegue medir o desemprego real. Embora utilize critérios internacionalmente aceitos, recomendados pela OIT, etc. ainda não dá a medida exata.

Quando se diz, por exemplo, que o desemprego é de 13%, deixa-se de considerar nessa margem muitos desempregados. A metodologia inclui como "empregado" a pessoa que trabalhou na semana anterior da pesquisa (formalmente ou não, em trabalho precário ou não) apenas UM dia. Ou seja, se a pessoa está desempregada há um ano, conseguiu um bico para tirar lixo de um terreno por um dia na semana anterior a realização da pesquisa, ela não entra na relação de desempregados.

Portanto, em minha opinião, as metodologias não medem o REAL número de desempregados.

Se a polêmica declaração de Bolsonaro tem esse sentido, sou obrigado a concordar com ele, pois faço a mesma afirmação há bastante tempo. Vou deixar os links de artigos que escrevi sobre isso e os diferentes resultados obtidos pelas metodologias utilizadas pelo IBGE, MTE, DIEESE e SEADE. Recomendo a leitura

O CASO DAS METODOLOGIAS PARA MEDIR O DESEMPREGO

NOVA METODOLOGIA DO IBGE PARA MEDIR O DESEMPREGO

DESEMPREGO E AS METODOLOGIAS (IBGE, DIEESE, SEADE)






terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O FIM DO MINISTÉRIO DO TRABALHO

A equipe do próximo presidente que assume em janeiro de 2019 informou que o Ministério do Trabalho e Emprego será extinto. Isso provocou uma série de manifestações contra e a favor do o fim do MTE.  Todavia, tais manifestações se dão com pouco conhecimento do tema ou mesmo por razões ideológicas partidárias, sem qualquer análise mais técnica ou de necessidade de reorganização da máquina pública.

Nessas manifestações puramente partidárias, argumenta-se que o fim do Ministério do Trabalho, pode atentar contra os trabalhadores, com perda de direitos e diminuição de políticas públicas em benefício dos trabalhadores. Alguns ainda misturam a isso questões relacionadas ao Direito Trabalhista.

Mas vamos ao que interessa: o fim do Ministério do Trabalho não significa o fim de direitos, de políticas públicas e ações de aprimoramento das relações do trabalho, etc. A extinção desse ministério é um ato administrativo e suas atividades deverão ser realocadas em outras partes da administração pública, talvez com maior controle. Como sabemos, há muitos anos o Ministério do Trabalho tornou-se uma torneira aberta de dinheiro público atendendo a interesses nada confessáveis de muita gente. São milhões e milhões de reais desviados de todos os setores desse órgão como, por exemplo, cursos de qualificação para milhões de alunos fantasmas, criação de milhares de sindicatos fajutos sem nenhuma representatividade, dentre outros montes de falcatruas. Podemos citar ainda, que mesmo as áreas que funcionam, são vazias de recursos e acabam por não atingir quem deveria. Um verdadeiro ralo de dinheiro dos pagadores de impostos. Não faltam escândalos de corrupção de toda a ordem nesse ministério e que ocorrem há muitos anos. Uma breve pesquisa na Internet já seria suficiente para encher várias páginas de notícias recentes e antigas sobre corrupção e fraudes dentro do Ministério do Trabalho.


Sim. O Ministério do Trabalho é importante e deveria ser mais ainda do que é, mas como está não pode mais ficar. É um exemplo marcante daquele estereótipo de péssimo serviço público, paquidérmico, não transparente e corrupto e sempre comandado por grupos “trabalhistas” que nunca fizeram nada pelo trabalhador, ao contrário, suga seus recursos para interesses próprios. Vamos torcer para que as atividades ora ligadas a esse ministério sejam tratadas com mais respeito, seriedade e profissionalismo, mesmo que estejam atreladas a outros órgãos da administração pública.