ANO XVI

ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O FIM DO MINISTÉRIO DO TRABALHO

A equipe do próximo presidente que assume em janeiro de 2019 informou que o Ministério do Trabalho e Emprego será extinto. Isso provocou uma série de manifestações contra e a favor do o fim do MTE.  Todavia, tais manifestações se dão com pouco conhecimento do tema ou mesmo por razões ideológicas partidárias, sem qualquer análise mais técnica ou de necessidade de reorganização da máquina pública.

Nessas manifestações puramente partidárias, argumenta-se que o fim do Ministério do Trabalho, pode atentar contra os trabalhadores, com perda de direitos e diminuição de políticas públicas em benefício dos trabalhadores. Alguns ainda misturam a isso questões relacionadas ao Direito Trabalhista.

Mas vamos ao que interessa: o fim do Ministério do Trabalho não significa o fim de direitos, de políticas públicas e ações de aprimoramento das relações do trabalho, etc. A extinção desse ministério é um ato administrativo e suas atividades deverão ser realocadas em outras partes da administração pública, talvez com maior controle. Como sabemos, há muitos anos o Ministério do Trabalho tornou-se uma torneira aberta de dinheiro público atendendo a interesses nada confessáveis de muita gente. São milhões e milhões de reais desviados de todos os setores desse órgão como, por exemplo, cursos de qualificação para milhões de alunos fantasmas, criação de milhares de sindicatos fajutos sem nenhuma representatividade, dentre outros montes de falcatruas. Podemos citar ainda, que mesmo as áreas que funcionam, são vazias de recursos e acabam por não atingir quem deveria. Um verdadeiro ralo de dinheiro dos pagadores de impostos. Não faltam escândalos de corrupção de toda a ordem nesse ministério e que ocorrem há muitos anos. Uma breve pesquisa na Internet já seria suficiente para encher várias páginas de notícias recentes e antigas sobre corrupção e fraudes dentro do Ministério do Trabalho.


Sim. O Ministério do Trabalho é importante e deveria ser mais ainda do que é, mas como está não pode mais ficar. É um exemplo marcante daquele estereótipo de péssimo serviço público, paquidérmico, não transparente e corrupto e sempre comandado por grupos “trabalhistas” que nunca fizeram nada pelo trabalhador, ao contrário, suga seus recursos para interesses próprios. Vamos torcer para que as atividades ora ligadas a esse ministério sejam tratadas com mais respeito, seriedade e profissionalismo, mesmo que estejam atreladas a outros órgãos da administração pública. 

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

OS RUMOS DO EMPREGO EM 2019

Imagem relacionadaNos últimos anos vivemos uma das piores, se não a pior, crise econômica da história do Brasil e como conseqüência níveis altíssimos de desemprego. Os governos mergulhados em corrupção, incompetência e com viés ideológico, provocaram em total desarranjo econômico e certa insegurança jurídica e com isso a atividade econômica se estagnou, os investimentos cessaram e o desemprego aumentou.

Os efeitos para a sociedade e para o país são devastadores, onde a reconstrução, se tudo correr bem e for feita de modo sustentável, se dará apenas em longo prazo.

As eleições podem começar a pacificar o “mercado” e de alguma forma trazer calma à economia e alguma estabilidade. Porém a situação política é bastante complexa, onde os dois candidatos que disputam a presidência não representam de forma majoritária as aspirações da sociedade brasileira. Um dos candidatos representa uma posição majoritariamente rejeitada pela população, já que está mergulhado nos problemas de corrupção e incompetência. O outro candidato é uma incógnita e representa posições conservadoras e politicamente incorretas. Ao que tudo indica, segundo as pesquisas (estamos há sete dias das eleições) o candidato conservador será o escolhido, nem tanto por suas qualidades mas principalmente pelos defeitos do adversário. A população e o “mercado” parecem que já escolheram e escolheram aquele que, mesmo com seus problemas, supostamente oferecerá as melhores chances de uma estabilidade econômica e a possível retomada dos empregos.

Essa definição que ocorrerá nos próximos dias poderá indicar o início da retomada do crescimento econômico que, como sempre dizemos aqui, é o único caminho para o crescimento do mercado de trabalho. A estabilidade política deverá trazer consigo a estabilidade econômica e os investimentos represados. Mas mesmo assim, esse processo será lento e de acordo com a certeza de que o país está no caminho correto.


Então, o que podemos esperar para o mercado de trabalho em 2019? Acredito que podemos esperar uma retomada lenta e que pode se acelerar com as indicações dos caminhos que o novo governo fará para a economia. Devemos ainda ter muita cautela e alguma esperança.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo é denunciado por apropriar-se de dinheiro de trabalhadores


A informação partiu de um dos próprios vice-presidentes do sindicato, Luiz Antonio de Medeiros, que alertou alguns trabalhadores que fizeram a denúncia ao Ministério Público. O desvio pode ultrapassar 1 milhão de reais e é referente à ações trabalhistas onde as indenizações foram recebidas pelo sindicado e não repassado aos beneficiários (autores) das ações.

Medeiros declarou que procurou o presidente e a diretoria do sindicato: “Eu procurei o presidente do sindicato, procurei a diretoria do sindicato e disse que isso não ia ficar desse jeito que eu não podia compactuar, eu não tenho alternativa, eu disse para eles.”

O promotor Cassio Roberto Conserino, ao ouvir as vítimas, declarou que o Sindicato cometeu crime não repassando o valor ganho pelas vítimas nas ações judiciais, “tanto no tocante à apropriação indébita tendo como vítima os trabalhadores, quanto na apropriação indébita previdenciária”.

O sindicato emitiu nota que não tem conhecimento do caso.

Fonte: G1 e Luiz A. Medeiros

terça-feira, 18 de setembro de 2018

OPERAÇÃO REGISTRO ESPÚRIO DA PF continua contra fraudes no Ministério do Trabalho

Resultado de imagem para fraudes no ministerio do trabalhoNão é de agora que o M.T.E. – Ministério do Trabalho e Emprego é vilipendiado e saqueado por uma quadrilha que tomou conta desse setor. Há muitos anos esse ministério surge no noticiário por denúncias de fraudes de todas as ordens, como desvio de dinheiro destinado aos cursos de qualificação, aprovação de centenas (ou milhares) de sindicatos fantasmas, etc.

A Polícia Federal tem realizado operações sistemáticas a fim de identificar fraudes e prender os bandidos que saqueiam os bolsos dos trabalhadores e pagadores de impostos.

Nesta data, mais uma operação da PF está sendo realizada com prisões e buscas de apreensão em residências e escritórios de suspeitos. É a 18ª fase da Operação Registro Espúrio, que investiga o desvio de aproximadamente 9 milhões de reais por meio de fraude em restituições do governo à sindicatos e centrais sindicais. São 16 mandados de busca e apreensão e 9 de prisão temporária.

Os investigados são acusados de peculato, corrupção ativa e passiva, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro.

Entre os investigados estão advogados, um deles filho de um Ministro do TCU – Tribunal de Contas da União, pessoas ligadas ao partido Solidariedade e outras pessoas. Alguns já foram presos nesta manhã. A Operação Registro Espúrio investiga os deputados Paulinho da Força – SDD/SP, Jovair Arantes – PTB/GO e Wilson Filho – PTB/PB. A Operação começou em março deste ano, autorizada pelo Ministro Edson Fachin do STF. O ex-deputado Roberto Jefferson –PTB/RJ também é investigado e já foi alvo no início da operação.


quarta-feira, 1 de agosto de 2018

DESEMPREGO RECUA (?)

Acaba de ser divulgada pelo IBGE a taxa de desemprego do segundo trimestre de 2018. Embora o desemprego ter desacelerado, a pesquisa mostrou um dado muito preocupante. Houve um aumento significativo de pessoas que pararam de procurar emprego por desalento e do emprego informal. Pessoas que sem a possibilidade de voltar ao mercado formal de trabalho estão transformando o bico em sua atividade principal como geradora de renda. O desemprego por desalento é quando um cidadão desiste de procurar emprego, pois não tem mais expectativa de se recolocar no mercado de trabalho. É o volume mais baixo de pessoas fora do mercado de trabalho desde 2012, quando se começou a fazer essa apuração. No período de 12 meses o país perdeu quase 500 mil vagas formais de trabalho.

A taxa para o período ficou em 12,4% enquanto no primeiro trimestre a taxa foi de 13,1%. Houve, portanto, uma queda no número de desempregados, mas não alivia a situação. São ainda 13 milhões de desempregados. Segundo a pesquisa, embora o trimestre tenha apresentado saldo positivo em relação ao trimestre anterior, tal fato se deu em função do aumento do número de pessoas em vagas informais, ou seja, sem carteira assinada.

Já discutimos várias vezes aqui no blog a situação política do país e principalmente da economia que está diretamente ligada ao caos no mercado de trabalho. Ou melhor, um é o reflexo do outro. Há pelo menos cinco anos o Brasil começou a se esfacelar devido à corrupção desenfreada, políticas públicas equivocadas, condução temerária de governos incompetentes, etc. A bagunça que nos tornamos e num próximo processo eleitoral triste e de poucas expectativas, a chance de melhora em um curto período está bem distante. Nenhum empresário ou investidor de bom senso se sente seguro em aplicar seus recursos no país neste momento e isso trava nossa economia e nosso crescimento. A crise é gravíssima e a situação está nas mãos de pessoas que não se importam. A definição do quadro eleitoral pode (ou não) acalmar a situação, mas ficará ainda longe de uma solução. O futuro governo deverá atuar de forma muito acima das melhores expectativas atuais, todavia isso é improvável. Tomara eu estar errado.


quinta-feira, 7 de junho de 2018

A REFORMA TRABALHISTA BRASILEIRA SOB A LUPA DA OIT


No final do ano passado, a CUT entrou com uma representação junto a OIT – Organização Internacional do Trabalho, contra a reforma trabalhista, afirmando que a reforma desrespeitava os acordos coletivos. Na semana passada a OIT incluiu o Brasil numa relação de países suspeitos de violações de direitos trabalhistas. Essa lista com o nome de 24 países, contempla os casos mais graves de suspeita de violação dos direitos.


Todavia, a OIT concluiu parte de sua análise e afirmou que a reforma está de acordo com a Convenção 98 que dispõe sobre os acordos coletivos e não há nenhuma ofensa à essa Convenção. Ao comunicar sua análise ao governo brasileiro, a OIT também apresentou sugestões e fez questionamentos sobre outros pontos. O governo brasileiro agora deverá elaborar um relatório e enviar à OIT até o mês de novembro.

O governo brasileiro já enviou explicações sobre outros pontos da reforma, mas ainda há outros considerados problemáticos e que estão sob análise dos técnicos e peritos da OIT.

Embora a reforma trabalhista tenha vindo com a égide de modernizar as relações de trabalho, o que considero necessária, foi pouco e mal discutida, deixando muita polêmica e desequilíbrio em vários pontos. 

quinta-feira, 17 de maio de 2018

IBGE DIVULGA RESULTADO DO 1º TRIMESTE – DESOCUPAÇÃO ALCANÇA NÚMEROS ALARMANTES


Resultado de imagem para desocupação por desalento

O desemprego atinge em torno de 13,7 milhões de pessoas. Esse é o número oficial do mercado formal, ou seja, aquele com emprego com carteira assinada. Na metodologia só são computados aqueles que estão buscando trabalho. Se incluir nessa conta aqueles que desistiram de procurar emprego, mão de obra subutilizada, seja por optarem por outra forma de obter renda ou por desalento, esse número é de 27,7 milhões.

Apenas o número de trabalhadores que não estão procurando trabalho por desalento é de 4,6 milhões. (Desemprego por desalento é aquele onde o trabalhador desistiu de procurar emprego e não tem expectativas de conseguir trabalho). 

A taxa de subutilização da força de trabalho compreende os trabalhadores desocupados, subocupados (trabalham número insuficiente de horas, bico) e força de trabalho potencial.


No primeiro trimestre de 2018 aumentou também o número de pessoas sem emprego há mais de dois anos.

O número de pessoas com carteira assinada diminuiu consideravelmente, enquanto aumentou a informalidade. A afirmação de que a reforma trabalhista resgataria um grande número de trabalhadores da informalidade, mostrou-se vazia, não só diante da paralisia da economia como no crescimento da informalidade.


segunda-feira, 30 de abril de 2018

DESEMPREGO AUMENTA - São agora quase 14 milhões de desempregados

Em continuidade ao artigo anterior, onde falamos sobre a taxa de desocupação, iremos aqui falar sobre o aumento do desemprego. Antes de começarmos, vamos lembrar que escrevi outros artigos sobre as tendências do mercado de trabalho, ou melhor, as tendências de mais ou menos empregos. Enquanto o governo e alguns analistas diziam que essa tendência era de aumento do número de vagas, alertávamos que ainda era muito cedo para confirmar essa situação. Essa nossa impressão se baseava em dois principais fatores: 1. A economia, embora demonstrasse algum crescimento, tal crescimento ainda era muito tímido e apenas em alguns setores.  Mesmo com a diminuição da velocidade do aumento do desemprego, afirmar que a economia estava estabilizada era muito otimismo.  2. Mesmo com algum aquecimento da atividade econômica, a situação política do Brasil estava (e está) longe da normalidade, o que leva a uma situação de total descrédito perante os investidores e a população. A bandalheira está mais escancarada do que nunca, mesmo com toda a luta contra a corrupção.

Deste modo, seria muito otimismo, confirmar a tendência de melhora da economia e principalmente da estabilidade. Assim, a atividade econômica diminuiu e o desemprego aumentou.  É o menor número de carteiras assinadas desde o início da série histórica em 2012.  A taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2018 (Jan/fev/mar) ficou em 13,1% e isso significa quase 1,5 milhões de pessoas desempregadas a mais em relação ao trimestre anterior.

Outro ponto a ser considerado é que o aumento de trabalho informal, ou seja, sem carteira assinada, aumentou. Podemos então, deduzir duas coisas aqui: 1. O número elevado de desempregados demonstra que esse desemprego não tem relação com a sazonalidade das demissões de início de ano devido às contratações temporárias do final de 2017.  2. A nova legislação trabalhista, ao contrário de toda a propaganda do governo e de “especialistas” não serviu em nada para facilitar as contratações, já que além de elevado número de demissões há aumento do trabalho informal. (já falamos sobre isso anteriormente – a reforma trabalhista é necessária para modernizar e facilitar as relações do Trabalho, mas não da forma como foi feita, que chega a muitos absurdos em alguns pontos).

Alguns estudos apresentam otimismo quanto à recuperação dos empregos, mas sempre fazem a ressalva que isso só será possível com a recuperação da economia e dos investimentos. Eu também acredito que isso ocorrerá, mas quando? É nesse intervalo de tempo que estão nossas preocupações. E é obvio que o mercado de trabalho só se recuperará após o reaquecimento e estabilidade da economia. Não esqueçam o que sempre falamos aqui no blog sobre isso, com a seguinte lei:

Atividade econômica maior = maior número de empregos
Atividade econômica menor = menor número de empregos

Temos agora, 13,7 milhões de pessoas desempregadas.




sexta-feira, 27 de abril de 2018

IBGE DIVULGA TAXA DE DESOCUPAÇÃO (PNAD Contínua)

A taxa de desocupação divulgada pelo IBGE para o quanto trimestre de 2017 ficou em 12,60. Segundo a série histórica, a taxa de desocupação está aumentando (veja o gráfico). Mesmo com eventuais períodos de desaceleração, a taxa de desocupados está aumentando desde 2013. O primeiro trimestre (jan/fev/mar) de 2017 apresentou a taxa mais alta, 13,7 e depois diminuiu no trimestre (out/nov/dez) para 11,8. A partir de então, a taxa                                            vem subindo e alcançou 12.6 em fevereiro de 2018.



A preocupação que devemos ter é que embora nos últimos meses de 2017 a desocupação tenha desacelerado e voltado aos níveis do mesmo período de 2016, a partir de dezembro de 2017 até o final de fevereiro de 2018 a taxa de desocupação voltou a subir mês a mês, o que pode mostrar a tendência da aceleração do desemprego novamente. Nunca a economia do país esteve tão instável e incerta, o que impede qualquer tipo de avanço dos investidores. Neste caso, não me refiro apenas a investidores de grande porte e sim até mesmo aquele pequeno empreendedor que está pensando se é o momento de aplicar suas reservas em seu negócio.

Outro dado que demonstra essa paralisia e quase estagnação de nossa economia é o aumento brutal da economia informal, ou seja, pessoas que trabalham sem carteira assinada ou que partem para vender "bugigangas" nos cruzamentos das cidades.

Enquanto o Brasil não limpar a sujeira que está em cima e embaixo do tapete, dificilmente poderemos alcançar melhores níveis de investimentos e produtividade, nos oferecendo um mercado de trabalho amplo e digno.

(Imagem: Obra "Desocupados" - Antonio Berni 1934)


terça-feira, 24 de abril de 2018

SEJA CADA VEZ MELHOR E CONQUISTE SEU ESPAÇO NO MERCADO DE TRABALHO

Tempos em que o país atravessa dificuldades econômicas e os empregos são escassos, a competição por postos de trabalho é mais vigorosa, e claro, as oportunidades acontecerão para aqueles que estiverem bem preparados. Quando falamos de estar mais bem preparado, não falamos apenas sobre o conhecimento específico da área que se pretende atuar ou da experiência anterior. Isso envolve, além do conhecimento, o comportamento da pessoa em todo o processo e também de suas atitudes diante da vida pessoal e profissional e muita persistência.

É muito comum ouvirmos questões do tipo “o que minha vida pessoal tem a ver com minha vida profissional?”. Essa atitude demonstra um total descolamento das atitudes positivas e que podem ser fundamentais para ser aprovado em um processo seletivo. As atitudes na vida pessoal demonstram quem é e o tipo de profissional que será.

Precisamos estar sempre aprendendo algo novo e praticando. É importante adquirir mais conhecimentos em todos os níveis, seja quanto à escolaridade, cursos de qualificação e capacitação e também quanto ao desenvolvimento pessoal, aprender com os erros cometidos e ter uma mente aberta para ouvir os ensinamentos que podem surgir em nossa frente sem que percebamos.

Em um processo seletivo, o empregador escolherá aquele que melhor se encaixa naquela vaga, diante de critérios como conhecimento específico, experiência, potencial, capacidade de aprender, comportamento adequado na vida profissional e pessoal, etc. Já publicamos vários artigos aqui no blog falando especificamente sobre cada um desses pontos. (Sugiro que leiam tais artigos... é só ir rolando a página do blog)
Faça um retrospecto de suas experiências, analise a si próprio de forma crítica e veja em pode melhorar. Se sua escolaridade está baixa, tente completar os estudos. É necessário fazer mais cursos profissionalizantes ou técnicos? Precisa melhorar sua escrita? É muito “explosivo”? Veste-se adequadamente no trabalho?

Bem, há muitos pontos a serem analisados quando fazemos uma autocrítica, mas essa experiência pode trazer bons resultados e ajudar e eliminar falhas que podem estar comprometendo seu desempenho nos processos seletivos.


Não tenha medo de fazer isso e o mais importante, mantenha a mente aberta e não tenha conceitos fechados sobre si mesmo. Busque sempre sua evolução, melhore sempre. Não pare no tempo. 

sexta-feira, 30 de março de 2018

MUITAS DÚVIDAS AINDA CERCAM A REFORMA TRABALHISTA

A reforma trabalhista que modificou as regras das relações do trabalho foi editada por Medida Provisória e tem validade de 120 dias. A MP deve ser avaliada e aprovada por comissões do Congresso Nacional até o dia 23 de abril para que se torne lei. Até o momento essas comissões estão sem relatores e presidentes e o prazo está se esgotando.

Há ainda muitas dúvidas sobre muitos pontos na Medida Provisória que modificou as leis trabalhistas e que podem ainda causar mais problemas, principalmente em relação à segurança jurídica. Caso a MP não seja votada e aprovada, as regras trabalhistas ficam sujeitas a ações judiciais por muitos pontos considerados ilegais ou que deixam brechas para contestações. Estaria assim, “decretada” a possibilidade de um verdadeiro caos jurídico em relação a essa lei, pois a interpretação seria exclusiva de cada agente do Judiciário e do Ministério Público.

O Ministério Público, por exemplo, defende que a nova lei só valeria para contratos de trabalho iniciados após a lei entrar em vigor e que necessitaria ainda de uma decisão do Poder Judiciário em relação aos contratos iniciados durante a vigência da Medida Provisória.  Além dessas questões em relação à validade da lei, há diversos pontos que são questionáveis como a jornada intermitente, a jornada por escala ou o trabalho remoto. A questão da jornada intermitente é mais complicada ainda, pois causa dificuldade em relação à situação previdenciária do trabalhador.

A Medida Provisória foi um ato atabalhoado, mal estudado e feito de forma apenas a satisfazer alguns amigos do Planalto em troca de votos no Congresso. Como já mencionei diversas vezes aqui no blog O MUNDO DO TRABALHO, sempre fui favorável a modernização da CLT e das relações do trabalho, mas essa MP não modernizou muita coisa e ainda pode causar uma grande insegurança jurídica.


terça-feira, 20 de março de 2018

ECONOMIA ESFRIA E OS EMPREGOS PODEM ESTAR MAIS DISTANTES

Comentei em algumas publicações aqui no blog O MUNDO DO TRABALHO sobre essa "retomada" da economia assinalada pelo governo e por especialistas no ano passado. Mesmo não sendo economista, mas tendo atenção aos detalhes e no dia a dia das pessoas, "alertei" que aquela melhora não poderia naquele momento ser chamada ainda de tendência, pois além dos números serem pequenos estavam instáveis. Mesmo depois do quarto mês com os números modestamente positivos, minha percepção é de que estávamos longe de uma retomada da economia e dos empregos.

O Banco central acaba de divulgar que os setores da Indústria e Serviços tiverem queda em janeiro e que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) previsto para 3,5%em 2018 corre risco de não acontecer. A economia não consegue se firmar e por conseqüência o número de empregos a ser gerado pode ficar bem distante do desejado. O breve aquecimento da economia nos últimos meses de 2017 não foi suficiente para amenizar o desemprego, nem mesmo com a reforma trabalhista que prometeu que as mudanças na lei já seriam suficientes para gerar empregos. Devemos entender que mesmo que a lei facilite as contratações ela também facilita as demissões e que postos de trabalho só são gerados no crescimento da economia.

Afirmava eu nesses últimos meses que o tímido aquecimento da economia não seria suficiente para a geração de empregos de forma a ser sentida pela população e que na melhor das hipóteses o reflexo positivo nos empregos demoraria a chegar. Não consigo ainda ser otimista. O caos político em que nos encontramos e sem perspectiva de melhora em curto prazo, não nos dá a possibilidade de revertermos esse quadro tão ruim. Grande parte da população está sofrendo vendo suas chances de emprego ficarem mais longe e o nível de políticos que temos não nos dá uma expectativa de dias melhores tão cedo.

sábado, 17 de março de 2018

ECONOMIA MELHORA, MAS SUA RECUPERAÇÃO É MUITO LENTA E CLAUDICANTE

 Normalmente o setor de Serviços é o último a ser atingido pelas crises econômicas e o que tem recuperação mais lenta.  Absorve muita mão de obra em tempos de desemprego, mas não é o que está acontecendo. Vários analistas apontam que a recuperação econômica veio para ficar, mas ainda é muito frágil e ainda penso que vai oscilar.  Isso pode ser demonstrado pelo péssimo desempenho do setor de Serviços, que teve uma queda de 2,8% em 2017 em comparação com o ano de 2016, segundo o IBGE. E 2016 foi um ano muito ruim.

O setor que teve melhor desempenho, mas ainda longe do ideal foi o de Transportes, rebocado pela pequena recuperação do setor da Indústria. Lembramos que outro fator que ajudou no crescimento desse setor foi a grande safra de grãos que demandou mais transporte e armazenamento.

A recuperação ainda é muito lenta e claudicante e vai demorar muito ainda para que os reflexos positivos apareçam como empregos. Alguns setores ainda não vislumbram qualquer melhora que possa representar mais contratações e muitos ainda demitem como reflexo desses tempos de crise. Com o dinheiro curto nos contratantes de serviços, incluindo aqui serviços residenciais, empresariais e mesmo o setor público, os prestadores de serviço encolhem.

Todavia, algumas áreas no setor de Serviços tiveram desempenho positivo, como o setor aéreo, tanto no transporte de passageiros como de carga.

Fica claro que a economia começa a respirar mas as sequelas do caos econômico e político em que nos metemos ainda demorarão para serem superadas e a população desempregada é a que mais está sofrendo e infelizmente assim será por mais algum tempo.


domingo, 4 de fevereiro de 2018

DESEMPREGO DESACELERA MAS AINDA É MUITO GRANDE

Embora haja uma percepção de melhora na economia, os números mostram que a recuperação será muito lenta. O desemprego desacelerou, mas continua em nível muito alto. A desaceleração do desemprego se faz ainda pela criação de vagas informais, ou seja, sem carteira assinada. A informalidade atingiu nos últimos três anos um patamar extremamente elevado e segundo o IBGE, o número de autônomos e trabalhadores informais ultrapassou o número de pessoas com carteira assinada. A melhora no nível de produção industrial é muito pequena ainda para alterar significativamente o nível de emprego.

O ano de 2017 terminou com uma taxa de desemprego beirando os 13%, ou seja, quase 12,5 milhões de pessoas ficaram fora do mercado de trabalho. O ano fechou ainda com um saldo negativo de 28 mil postos de trabalho perdidos. Se avaliarmos por setor da economia, a Indústria perdeu 35 mil postos de trabalho, todavia isso pode indicar uma “melhora” já que a média de postos perdidos no setor nos últimos três anos foi de 173 mil vagas/ano.

A boa notícia é que nos últimos seis meses houve uma desaceleração mensal consecutiva do desemprego, apontando uma tendência de aquecimento da economia e como conseqüência o crescimento do nível de emprego.


O caminho ainda está muito difícil devido a total destruição da economia nos últimos 12 anos que culminou na pior recessão da história brasileira, além do caos político em que o país está mergulhado.  Acredito que a melhora da economia está na mão dos brasileiros, trabalhadores (sejam operários, grandes empresários e pequenos empreendedores) que lutam dia a dia apesar do mar de lama que nos assola.