ANO XVI

ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho

terça-feira, 6 de agosto de 2013

I SEMINÁRIO DE COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO NO ESTADO DE SÃO PAULO.

Acontece no próximo dia 21 de agosto de 2013, um importante evento promovido pela Superintendência Regional do Trabalho no Estado de São Paulo (SRTE/SP), o I SEMINÁRIO DE COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO NO ESTADO DE SÃO PAULO.


Este é um importante tema que já vem sendo debatido e combatido no Estado de São Paulo pelos entes públicos, inclusive com a promulgação de leis mais rigorosas contra maus empresários, que se utilizam deste meio cruel contra trabalhadores. A SRTE/SP promove esse seminário em um importante momento que buscamos erradicar essa prática.

Faça sua inscrição pelo telefone 11 3150-8120. Vagas limitadas!
Local: SENAC – Consolação – Rua Dr. Vila Nova 228
Horário: das 8h30 às 14h30 – (credenciamento a partir das 8h)

O Superintendente do Trabalho no Estado de São Paulo, Sr. Luiz Antonio de Medeiros, convida também para a participação em uma ação social, com a doação de 1kg de alimento não perecível, válido como ingresso no I SEMINÁRIO DE COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO NO ESTADO DE SÃO PAULO, que será recolhido na recepção do evento e revertido para entidade de apoio aos idosos.




O Seminário é uma realização da SRTE/SP e apoio do SENAC

domingo, 4 de agosto de 2013

PROPOSTA DE MUDANÇAS NO SEGURO DESEMPREGO

Ao ler os jornais de hoje, vejo as manchetes em letras garrafais: “Fazenda defende regra mais dura no Seguro-desemprego” e “Fazenda propõe limitar concessão de Seguro-desemprego e cortar parcelas”. Fiquei muito curioso sobre tal proposta. Nas últimas semanas, o governo federal, assustado com as manifestações de rua e possibilidade de perda de seu cacife eleitoral, vem anunciando medidas e propostas para a população, mas de forma atabalhoada e sem realizar análise mais profunda sobre cada uma delas. Neste caso específico sobre o Seguro-desemprego, mostra também a falta de unidade e comando, já que o Ministério do Trabalho e Emprego manifestou-se contrário a essa proposta do Ministério da Fazenda.
Dentre outras alterações, a proposta lançada agora pretende aumentar o tempo mínimo de emprego para a requisição deste direito, passando de 6 meses para um período entre 8 e 18 meses (na primeira vez que há o requerimento do Seguro-desemprego o tempo mínimo passa a 8 meses e 18 meses até a terceira solicitação).
O Ministério da fazenda alega que tal proposta de alteração no SD e no Abono Salarial, resultaria numa economia de R$ 5,8 bilhões ao ano.
Em outros artigos que escrevi e mesmo durante minhas atividades no sistema público de emprego, sempre orientávamos os trabalhadores requerentes do Seguro, que esse benefício é apenas um apoio temporário para que se busque uma nova oportunidade no período de desemprego e que quanto mais tempo demorar em buscar uma nova oportunidade, mais difícil se torna encontrá-la. Ou seja, o ideal é não receber o seguro e sim conseguir um novo emprego o mais rápido possível!
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, as principais causas do aumento de gastos com esses benefícios, são o aumento da formalidade, a grande rotatividade (turn-over) e o reajuste do valor do benefício.
Penso que tal proposta visa apenas economizar sem levar em conta o direito do trabalhador. Outras maneiras podem ser implementadas para se evitar fraudes (que ocorrem em profusão) e outras medidas a evitar que o trabalhador fique muito tempo fora do mercado de trabalho, inclusive uma campanha de educação e orientação.
Em 2011 um novo sistema informatizado começou a ser implantado nas unidades do sistema público de emprego em todo o Brasil, que permite agora colocar em prática uma ação que era prevista em lei, mas impossível de realizar por questões técnicas, que era a chamada “rotina de recusa” (hoje com outra nomenclatura), onde ao requerer o seguro, o trabalhador já realiza uma busca por uma nova oportunidade de trabalho e caso surja uma nas mesmas condições (ou em melhores) do emprego anterior, esse trabalhador, em caso de recusa sem justificativa dessa oportunidade, pode ter seu benefício bloqueado.  Isso foi uma medida muito importante, mas apesar do sistema conseguir fazer esse monitoramento, em muitos postos do sistema público de emprego do país, evitam orientar e mesmo bloquear o seguro do trabalhador que não deseja trabalhar e apenas receber suas parcelas (como se isso fosse uma vantagem para ele). O sistema também permite o cruzamento de algumas informações que também evita alguns tipos de fraude.

Assim, mais importante do que restringir ainda mais o direito dos trabalhadores com medidas obtusas, seria aprimorar os meios de fiscalização contra fraudes e permitir maior inserção e menos rotatividade de trabalhadores no mercado formal de trabalho, por meio de educação e valorização do emprego.