Sazonalmente, os meses de setembro e outubro, são meses de
maior contratação para mercado de trabalho, impulsionados pelas festas de final
de ano. Mas essa série histórica positiva, apurada desde 1999, foi quebrada.
Pela primeira vez desde que se faz essa apuração, o saldo foi negativo. Foram
mais de 30 mil vagas fechadas no mês de outubro. Isso reforça nossa preocupação
com os rumos da economia e do desenvolvimento do país, já comentada em outros
artigos aqui no blog, que fatalmente já está refletindo no mercado de trabalho
com o fechamento de vagas.
O Ministério do Trabalho e Emprego tinha uma previsão de
saldo positivo de mais de 50 mil vagas, mas a realidade se apresentou de modo
totalmente diverso, com saldo negativo de 30 mil vagas como mencionamos acima.
Seguindo a “tese” do Planalto, o ministro alegou que tal resultado foi reflexo
da “crise externa”. Todavia, acreditamos que a crise é resultado de má condução
da economia pelo governo e não de nenhuma crise externa, pois a maioria dos
países que estavam em crise, principalmente nossos vizinhos da América do Sul,
apresentou crescimento econômico.
Outro ponto que discordamos radicalmente da opinião do
ministro é que estamos em uma situação de “pleno emprego”. Nem na melhor fase
da criação de empregos pudemos afirmar tecnicamente que estávamos em “pleno
emprego”. Tais declarações não se coadunam com a realidade do mercado de
trabalho, onde há muita gente desempregada, seja por falta de qualificação,
seja por qualificação que não atende a demanda do mercado, seja simplesmente
por não haver vagas suficientes.