ANO XVI

ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

O FIM DO MINISTÉRIO DO TRABALHO

A equipe do próximo presidente que assume em janeiro de 2019 informou que o Ministério do Trabalho e Emprego será extinto. Isso provocou uma série de manifestações contra e a favor do o fim do MTE.  Todavia, tais manifestações se dão com pouco conhecimento do tema ou mesmo por razões ideológicas partidárias, sem qualquer análise mais técnica ou de necessidade de reorganização da máquina pública.

Nessas manifestações puramente partidárias, argumenta-se que o fim do Ministério do Trabalho, pode atentar contra os trabalhadores, com perda de direitos e diminuição de políticas públicas em benefício dos trabalhadores. Alguns ainda misturam a isso questões relacionadas ao Direito Trabalhista.

Mas vamos ao que interessa: o fim do Ministério do Trabalho não significa o fim de direitos, de políticas públicas e ações de aprimoramento das relações do trabalho, etc. A extinção desse ministério é um ato administrativo e suas atividades deverão ser realocadas em outras partes da administração pública, talvez com maior controle. Como sabemos, há muitos anos o Ministério do Trabalho tornou-se uma torneira aberta de dinheiro público atendendo a interesses nada confessáveis de muita gente. São milhões e milhões de reais desviados de todos os setores desse órgão como, por exemplo, cursos de qualificação para milhões de alunos fantasmas, criação de milhares de sindicatos fajutos sem nenhuma representatividade, dentre outros montes de falcatruas. Podemos citar ainda, que mesmo as áreas que funcionam, são vazias de recursos e acabam por não atingir quem deveria. Um verdadeiro ralo de dinheiro dos pagadores de impostos. Não faltam escândalos de corrupção de toda a ordem nesse ministério e que ocorrem há muitos anos. Uma breve pesquisa na Internet já seria suficiente para encher várias páginas de notícias recentes e antigas sobre corrupção e fraudes dentro do Ministério do Trabalho.


Sim. O Ministério do Trabalho é importante e deveria ser mais ainda do que é, mas como está não pode mais ficar. É um exemplo marcante daquele estereótipo de péssimo serviço público, paquidérmico, não transparente e corrupto e sempre comandado por grupos “trabalhistas” que nunca fizeram nada pelo trabalhador, ao contrário, suga seus recursos para interesses próprios. Vamos torcer para que as atividades ora ligadas a esse ministério sejam tratadas com mais respeito, seriedade e profissionalismo, mesmo que estejam atreladas a outros órgãos da administração pública.