ANO XVI

ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho

sábado, 25 de junho de 2016

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL GARANTE MEU EMPREGO?

Algumas pessoas têm questionado sobre a importância de ser “qualificado/capacitado” já que mesmo assim há grande dificuldade de se colocar no mercado de trabalho. Então, coloco outra questão: Se está difícil para quem é qualificado pode ficar bem pior para aquele sem qualificação.

Na verdade, são muitos os fatores do desemprego, mas o principal deles é a estagnação da economia, que tem conseqüências devastadoras para um país, principalmente para os empregadores e empregados, lembrando ainda que são esses agentes que retroalimentam a economia. Portanto, quando empresas param de produzir e postos de trabalho são eliminados, toda a cadeia produtiva se deteriora.

Podemos ainda mencionar outros importantes fatores para essa questão da qualificação/capacitação. Um deles tem relação com a economia local ou regional e outro com o tipo de formação do indivíduo, incluindo aqui a qualificação profissional e a capacitação técnica. Uma das situações guarda relação com a “economia local ou regional” onde a formação do trabalhador pode estar em dissonância com esse mercado de trabalho, ou seja, as ofertas e oportunidades de trabalho daquela região são diversas da formação do trabalhador e assim, por mais qualificado que seja não estará apto a ocupar essas vagas. Muitos jovens quando estão se preparando, seja cursando o ensino técnico ou superior, ou ainda cursos profissionalizantes, não avaliam o mercado de trabalho e escolhem cursos sem levar em consideração tal fato. Muitos escolhem ainda cursos “da moda” ou que “estão em alta” e acabam correndo um grande risco no futuro, pois muitas dessas profissões têm um mercado de trabalho restrito ou ainda acabam formando tanta gente que o mercado nunca terá capacidade de absorver esses profissionais. São muitos os exemplos. Vamos citar um: uma cidade de 100 mil habitantes tem uma escola técnica de ótimo nível que forma 200 técnicos em Edificações por ano. A cidade tem 5 construtoras de tamanho médio e 30 de porte pequeno. Aqui a matemática não mente – se cada empresa pequena contratasse 1 técnico e as médias 2 técnicos, a cidade teria 160 técnicos desempregados ( e aqui nem vamos continuar sobre os outros 200 que se formarão no próximo ano).

Então, podemos concluir que numa economia paralisada e decadente TODOS sofrem com o desemprego, seja aqueles com maior qualificação seja aquele com qualificação menor. Algumas vezes a pessoa com melhor qualificação pode sim ser preterida para uma vaga, pois muitas vezes essa vaga é moldada para outro perfil de candidato, não obstante a vontade de trabalhar. Podemos concluir ainda que a escolha da formação/qualificação/capacitação pelo candidato pode ter influência direta em suas chances de obter trabalho. Devemos também ter em mente que aquele que contrata precisa do melhor candidato para aquela função, com o perfil certo para contribuir da melhor maneira possível para aquela empresa. Uma contratação deve atender o objetivo e as expectativas de ambos.


Mas uma coisa é certa: as chances de obter trabalho são bem maiores para aqueles que têm boa formação, melhor qualificação, capacitação e preparo.