Algumas pessoas têm
questionado sobre a importância de ser “qualificado/capacitado” já que mesmo
assim há grande dificuldade de se colocar no mercado de trabalho. Então, coloco
outra questão: Se está difícil para quem é qualificado pode ficar bem pior para
aquele sem qualificação.
Na verdade, são muitos
os fatores do desemprego, mas o principal deles é a estagnação da economia, que
tem conseqüências devastadoras para um país, principalmente para os empregadores
e empregados, lembrando ainda que são esses agentes que retroalimentam a economia.
Portanto, quando empresas param de produzir e postos de trabalho são eliminados,
toda a cadeia produtiva se deteriora.
Podemos ainda mencionar
outros importantes fatores para essa questão da qualificação/capacitação. Um
deles tem relação com a economia local ou regional e outro com o tipo de
formação do indivíduo, incluindo aqui a qualificação profissional e a
capacitação técnica. Uma das situações guarda relação com a “economia local ou
regional” onde a formação do trabalhador pode estar em dissonância com esse
mercado de trabalho, ou seja, as ofertas e oportunidades de trabalho daquela
região são diversas da formação do trabalhador e assim, por mais qualificado
que seja não estará apto a ocupar essas vagas. Muitos jovens quando estão se
preparando, seja cursando o ensino técnico ou superior, ou ainda cursos
profissionalizantes, não avaliam o mercado de trabalho e escolhem cursos sem
levar em consideração tal fato. Muitos escolhem ainda cursos “da moda” ou que “estão
em alta” e acabam correndo um grande risco no futuro, pois muitas dessas
profissões têm um mercado de trabalho restrito ou ainda acabam formando tanta
gente que o mercado nunca terá capacidade de absorver esses profissionais. São
muitos os exemplos. Vamos citar um: uma cidade de 100 mil habitantes tem uma
escola técnica de ótimo nível que forma 200 técnicos em Edificações por ano. A
cidade tem 5 construtoras de tamanho médio e 30 de porte pequeno. Aqui a
matemática não mente – se cada empresa pequena contratasse 1 técnico e as
médias 2 técnicos, a cidade teria 160 técnicos desempregados ( e aqui nem vamos
continuar sobre os outros 200 que se formarão no próximo ano).
Então, podemos concluir
que numa economia paralisada e decadente TODOS sofrem com o desemprego, seja
aqueles com maior qualificação seja aquele com qualificação menor. Algumas
vezes a pessoa com melhor qualificação pode sim ser preterida para uma vaga,
pois muitas vezes essa vaga é moldada para outro perfil de candidato, não
obstante a vontade de trabalhar. Podemos concluir ainda que a escolha da formação/qualificação/capacitação
pelo candidato pode ter influência direta em suas chances de obter trabalho.
Devemos também ter em mente que aquele que contrata precisa do melhor candidato
para aquela função, com o perfil certo para contribuir da melhor maneira
possível para aquela empresa. Uma contratação deve atender o objetivo e as
expectativas de ambos.
Mas uma coisa é certa:
as chances de obter trabalho são bem maiores para aqueles que têm boa formação,
melhor qualificação, capacitação e preparo.
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