Enquanto alguns
economistas já apontam uma melhora na economia e num futuro
próximo, melhora no número de empregos, a OIT – Organização Internacional do
Trabalho aponta na direção contrária. A OIT aponta que serão mais de 200
milhões de desempregados em todo o mundo e que a cada três trabalhadores
demitidos neste ano, um será brasileiro. O estudo realizado pela entidade prevê
ainda que a recessão no Brasil este ano será pior que em 2016. E não para por
ai: o desemprego ainda estará aumentando em 2018.
É verdade que a
economia ainda está patinando, mas os agentes econômicos trabalham com a
hipótese de crescimento neste ano da ordem de 0,5%, contrariando as previsões da OIT.
O desemprego está em 11,8%, ou seja, 12 milhões de desempregados (medido no 3º trimestre de 2016) pela metodologia oficial (PNAD – Contínua). Pelos dados oficiais o desemprego têm se mantido estável mas em função da metodologia que não considera aqueles que não estão procurando emprego. O número de pessoas nessa situação tem aumentado. Assim, o desemprego
ampliado, ou seja, aquele que mede também aquelas pessoas que estão no “bico”
ou subemprego, a taxa chega a 21%. . Outro dado ruim é que aqueles que ingressam
no mercado de trabalho ou conseguem recolocação, estão recebendo 21% a menos e
muitas vezes sem carteira assinada.
O país ainda está em
grave turbulência política e isso prejudica sobremaneira a retomada da economia
e os investimentos, mas a tendência é de retomada, de crescimento, embora
lento. A grande dúvida é quando esse crescimento será refletido nos empregos.
Em nossa opinião, tudo dependerá da estabilidade política, que dará a credibilidade
necessária ao país para que os investimentos voltem a acontecer e assim, os
empregos.
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