A equipe do próximo
presidente que assume em janeiro de 2019 informou que o Ministério do Trabalho e
Emprego será extinto. Isso provocou uma série de manifestações contra e a favor
do o fim do MTE. Todavia, tais
manifestações se dão com pouco conhecimento do tema ou mesmo por razões
ideológicas partidárias, sem qualquer análise mais técnica ou de necessidade de
reorganização da máquina pública.
Nessas manifestações
puramente partidárias, argumenta-se que o fim do Ministério do Trabalho, pode
atentar contra os trabalhadores, com perda de direitos e diminuição de
políticas públicas em benefício dos trabalhadores. Alguns ainda misturam a isso
questões relacionadas ao Direito Trabalhista.
Mas vamos ao que
interessa: o fim do Ministério do Trabalho não significa o fim de direitos, de
políticas públicas e ações de aprimoramento das relações do trabalho, etc. A
extinção desse ministério é um ato administrativo e suas atividades deverão ser
realocadas em outras partes da administração pública, talvez com maior
controle. Como sabemos, há muitos anos o Ministério do Trabalho tornou-se uma
torneira aberta de dinheiro público atendendo a interesses nada confessáveis de
muita gente. São milhões e milhões de reais desviados de todos os setores desse
órgão como, por exemplo, cursos de qualificação para milhões de alunos
fantasmas, criação de milhares de sindicatos fajutos sem nenhuma representatividade,
dentre outros montes de falcatruas. Podemos citar ainda, que mesmo as áreas que
funcionam, são vazias de recursos e acabam por não atingir quem deveria. Um
verdadeiro ralo de dinheiro dos pagadores de impostos. Não faltam escândalos de
corrupção de toda a ordem nesse ministério e que ocorrem há muitos anos. Uma
breve pesquisa na Internet já seria suficiente para encher várias páginas de notícias
recentes e antigas sobre corrupção e fraudes dentro do Ministério do Trabalho.
Sim. O Ministério do
Trabalho é importante e deveria ser mais ainda do que é, mas como está não pode
mais ficar. É um exemplo marcante daquele estereótipo de péssimo serviço
público, paquidérmico, não transparente e corrupto e sempre comandado por grupos
“trabalhistas” que nunca fizeram nada pelo trabalhador, ao contrário, suga seus
recursos para interesses próprios. Vamos torcer para que as atividades ora
ligadas a esse ministério sejam tratadas com mais respeito, seriedade e profissionalismo,
mesmo que estejam atreladas a outros órgãos da administração pública.
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