Uma frase que utilizo sempre em
minhas palestras sobre mercado de trabalho, principalmente para jovens é “nunca
deixe de estudar e aprender”. Não falo isso à toa. É óbvio que uma pessoa com
maior escolaridade, maior bagagem de conhecimento, conseguirá em sua vida
profissional, as melhores posições. Isso vale para aqueles que buscam
oportunidades de trabalho como para aqueles que desejam empreender e ter seu
próprio negócio.
Todavia, pesquisas recentes
apresentam um dado que na minha avaliação é muito preocupante: está aumentando
o número de jovens que não estudam e não trabalham. O dado se torna mais grave
quando o maior aumento de jovens que abandonam a escola está na fase do ensino
fundamental. A educação formal realizada nas escolas de hoje, não consegue
estimular as crianças e adolescentes, produzindo apenas analfabetos funcionais.
Talvez tenha exagerado nessa última frase, mas estamos chegando a um nível
muito ruim de educação, o que já se reflete no mercado de trabalho, com o descompasso
entre as ofertas de trabalho e os candidatos às vagas. Muito se fala na falta
de qualificação e capacitação profissional, mas eu também sempre menciono a falta
de educação básica antes da qualificação profissional. Como capacitar jovens
que mal sabem escrever, interpretar um texto ou realizar uma simples “conta de
mais”? Participo de um grupo na rede social Facebook onde empregadores divulgam
suas vagas e as pessoas se oferecem a essas vagas. Fico impressionado com o
nível baixo da escrita. Às vezes fica difícil entender o que estão querendo
dizer! Vejo que as pessoas nem ao menos se esforçam para aparecer bem ali no
grupo. Sem contar as coisas grotescas que colocam em seus perfis pessoais nas
redes sociais! (falaremos disso em outro
artigo)
Voltando ao tempo de estudo, que
está cada vez mais baixo, a consequência para o país é desastrosa, mas, mais
desastrosa ainda é para esse indivíduo, esse cidadão que corre o risco de ficar
marginalizado no mercado de trabalho, perdendo as boas oportunidades e ficando
com os piores empregos. Serão também os primeiros a perder seus empregos (mesmo
ruins) e terão poucas chances de se recolocarem no mercado de trabalho diante
de um quadro econômico instável.
Portanto, mesmo que a educação
formal não tenha o nível de qualidade desejado, cada um deve buscar seu
aprendizado, o conhecimento e zelar por sua evolução como cidadão e como
profissional.
Por Nelson Miguel Junior
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