ANO XVI

ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho

terça-feira, 5 de maio de 2015

TEMPOS DIFÍCEIS PARA O EMPREGO ( ou como se diz na série Games Of Thrones: O Inverno está chegando)

 Há algum tempo, principalmente desde o final de 2013, apresentamos análises conjunturais da economia brasileira, principalmente no desequilíbrio das contas públicas, que “estourariam” em determinado momento e as conseqüências iriam recair sobre os trabalhadores e empregadores. O momento chegou e estamos no início de um processo de estagnação de alguns setores produtivos e desemprego.  Muitos não conseguiram enxergar (ou não quiseram) que os gastos do governo não eram sustentáveis. O novo ministro da Educação acaba de anunciar que as inscrições ao FIES (Fundo de Financiamento da Educação) não tem utilidade já que não há recursos para continuar e assim, milhares de estudantes não poderão continuar seus estudos. O governo ainda tenta emplacar um ajuste fiscal (necessário diante do descontrole), que não corta despesas do governo, mas corta muitos direitos dos trabalhadores e benefícios sociais. Mesmo aqueles que conseguem manter seus empregos têm sua renda dilapidada pela alta inflação. O governo quer ainda utilizar os recursos do FGTS para aportes ao BNDES, talvez para cobrir os “investimentos secretos” em outros países, muitos a fundo perdido, ou seja, sem retorno do capital ou dos juros.

Lembro da época dos governos militares onde aconteceu o “milagre econômico” que promoveu um grande crescimento do país, mas com posteriores conseqüências devastadoras e de difícil controle. Foram anos de inflação altíssima e desemprego. Tal situação só foi controlada com o Plano Real que acabou com a inflação e colocou a economia em rumo sustentável, assim como a Lei de Responsabilidade Fiscal que não permite que governos gastem mais do que arrecadam. Todavia, agora ignorada pelo poder público federal com apoio de parte do Congresso.

Assim, caros leitores, entramos num tempo de vacas magras e devemos nos preparar para esses tempos.
A falta de preparo (não só da capacitação técnica e da qualificação) será determinante para a exclusão de trabalhadores do mercado de trabalho. Nos anos 80 e 90, décadas de grande desemprego, profissionais de nível superior foram obrigados a buscar ocupações de nível médio, os de nível médio ocupações de ensino fundamental, e aos de nível fundamental sobravam as vagas que não exigiam nenhuma qualificação e mesmo o sub-emprego.


Portanto e principalmente nos tempos que vivemos, o preparo é tão importante. Se faz fundamental para a obtenção e manutenção dos empregos o comportamento profissional, o tempo de estudo, a capacitação e a qualificação profissional e até mesmo a experiência.  

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