Há
algum tempo, principalmente desde o final de 2013, apresentamos análises
conjunturais da economia brasileira, principalmente no desequilíbrio das contas
públicas, que “estourariam” em determinado momento e as conseqüências iriam
recair sobre os trabalhadores e empregadores. O momento chegou e estamos no
início de um processo de estagnação de alguns setores produtivos e
desemprego. Muitos não conseguiram
enxergar (ou não quiseram) que os gastos do governo não eram sustentáveis. O novo
ministro da Educação acaba de anunciar que as inscrições ao FIES (Fundo de Financiamento
da Educação) não tem utilidade já que não há recursos para continuar e assim, milhares
de estudantes não poderão continuar seus estudos. O governo ainda tenta
emplacar um ajuste fiscal (necessário diante do descontrole), que não corta
despesas do governo, mas corta muitos direitos dos trabalhadores e benefícios
sociais. Mesmo aqueles que conseguem manter seus empregos têm sua renda dilapidada
pela alta inflação. O governo quer ainda utilizar os recursos do FGTS para
aportes ao BNDES, talvez para cobrir os “investimentos secretos” em outros
países, muitos a fundo perdido, ou seja, sem retorno do capital ou dos juros.
Lembro
da época dos governos militares onde aconteceu o “milagre econômico” que promoveu
um grande crescimento do país, mas com posteriores conseqüências devastadoras e
de difícil controle. Foram anos de inflação altíssima e desemprego. Tal situação
só foi controlada com o Plano Real que acabou com a inflação e colocou a
economia em rumo sustentável, assim como a Lei de Responsabilidade Fiscal que
não permite que governos gastem mais do que arrecadam. Todavia, agora ignorada
pelo poder público federal com apoio de parte do Congresso.
Assim,
caros leitores, entramos num tempo de vacas magras e devemos nos preparar para
esses tempos.
A
falta de preparo (não só da capacitação técnica e da qualificação) será
determinante para a exclusão de trabalhadores do mercado de trabalho. Nos anos
80 e 90, décadas de grande desemprego, profissionais de nível superior foram
obrigados a buscar ocupações de nível médio, os de nível médio ocupações de
ensino fundamental, e aos de nível fundamental sobravam as vagas que não
exigiam nenhuma qualificação e mesmo o sub-emprego.
Portanto
e principalmente nos tempos que vivemos, o preparo é tão importante. Se faz
fundamental para a obtenção e manutenção dos empregos o comportamento
profissional, o tempo de estudo, a capacitação e a qualificação profissional e
até mesmo a experiência.
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