O Brasil criou 6.718.276
vagas de emprego no primeiro semestre de 2020, mas perdeu 7.916.639 postos de
trabalho. Ou seja, o mercado de trabalho formal perdeu 1.196.363 vagas de
emprego de janeiro a junho. Exatamente quando o país começava a retomada da
economia a pandemia chegou ao país ceifando vidas e empregos. Estamos falando
dos empregos formais, aqueles com carteira assinada, mas a situação é também
muito grave no setor informal, onde não há carteira assinada, onde muitos fazem
sua renda com bicos, algum tipo de venda de produtos ou prestação de serviços autônomos.
Grande parte do mercado informal era ocupado por pessoas desempregadas que
desempenhavam alguma atividade informal temporária durante o período de
desemprego como forma de obter renda e o sustento de suas famílias. Mas a
situação atingiu em cheio essa parcela do mercado de trabalho.
Um alento é que no mês
de junho o desemprego desacelerou sensivelmente. Enquanto nos meses anteriores o desaparecimento
de vagas foi gritante (março= -259.217; abril= -918.286 e maio= -350.303), em
junho foi de “apenas” -10.984.
Os setores de
Construção e Agronegócio foram os que apresentaram saldo positivo no número de
empregos. Foram mais de 17 mil vagas na Construção e quase 37 mil no
Agronegócio.
Vamos aguardar o
resultado da PNAD-C do IBGE que mostra um espectro mais amplo do mercado de
trabalho, incluindo também o trabalho informal, para termos uma idéia se a
desaceleração do desemprego em junho é ou não uma tendência positiva para a
economia e o mercado de trabalho.
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