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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

A IMPORTÂNCIA DO IDIOMA PORTUGUÊS NOS PROCESSOS SELETIVOS

O NUBE – Núcleo Brasileiro de Estágios realizou mais uma vez uma pesquisa sobre a relação da qualidade do idioma português e a aprovação nos processos seletivos. O resultado não foi nada animador. Isso só vem a corroborar com o que já alertamos em vários artigos publicados, incluindo nos grupos de emprego que participamos no Facebook. É comum ainda sermos criticados quando fazemos esse tipo de alerta, pois muitos ignoram completamente a importância do idioma não só para o processo seletivo como em nosso dia a dia.

Uma pessoa que não conhece o idioma terá dificuldades em escrever bem, terá dificuldades de interpretação e entendimento, além de não garantir que aquilo que está tentando dizer seja entendido pela pessoa a quem se fala, uma regra básica de comunicação.

A pesquisa identificou que, em média, o Português reprova “de cara” 4 em cada 10 candidatos. A pesquisa também segmentou por cursos e por gênero. Os cursos onde se encontram os “piores” no idioma são Design (73% de reprovação), Computação (53% de reprovação), publicidade (46,6% de reprovação), Administração (38,2% de reprovação) e Jornalismo (34,3% de reprovação). Fico mais estarrecido com essa informação nos cursos de Publicidade e Jornalismo, que pertencem à área de Comunicação e têm o Português como fundamental. Do outro lado, na liderança dos aprovados, estão as áreas de Turismo (96,7% de aprovação), Economia (82,9% de aprovação), Direito (82,6% de aprovação), Psicologia (76,7% de aprovação) e Engenharia (73,5% de aprovação).

Na segmentação por Idade, os mais jovens, de 14 a 18 anos tiveram o pior desempenho com mais de 60% de reprovação. As demais faixas também não foram nada bem, mas não tão ruim como os mais jovens, ficando na faixa entre 37,4% e 40,6 % de reprovação.

A pesquisa foi baseada em questões muito simples de Português. Se o teste tivesse incluído regras gramaticais ou interpretação de texto o desastre certamente seria maior. Ainda maior seria se o teste incluísse matemática, por exemplo.

A pesquisa avaliou outras segmentações de público, mas de modo geral, o desempenho foi muito ruim e poucas pessoas estão preocupadas em melhorar essa condição. Muitas vezes ficam perguntando a causa de não conseguir o emprego e parte da explicação está demonstrada na pesquisa.

A pesquisa aconteceu durante o ano de 2015 com 8208 pessoas.

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