O NUBE – Núcleo Brasileiro
de Estágios realizou mais uma vez uma pesquisa sobre a relação da qualidade do
idioma português e a aprovação nos processos seletivos. O resultado não foi
nada animador. Isso só vem a corroborar com o que já alertamos em vários
artigos publicados, incluindo nos grupos de emprego que participamos no
Facebook. É comum ainda sermos criticados quando fazemos esse tipo de alerta,
pois muitos ignoram completamente a importância do idioma não só para o
processo seletivo como em nosso dia a dia.
Uma pessoa que não conhece
o idioma terá dificuldades em escrever bem, terá dificuldades de interpretação
e entendimento, além de não garantir que aquilo que está tentando dizer seja
entendido pela pessoa a quem se fala, uma regra básica de comunicação.
A pesquisa identificou
que, em média, o Português reprova “de cara” 4 em cada 10 candidatos. A
pesquisa também segmentou por cursos e por gênero. Os cursos onde se encontram
os “piores” no idioma são Design (73% de reprovação), Computação (53% de
reprovação), publicidade (46,6% de reprovação), Administração (38,2% de
reprovação) e Jornalismo (34,3% de reprovação). Fico mais estarrecido com essa
informação nos cursos de Publicidade e Jornalismo, que pertencem à área de
Comunicação e têm o Português como fundamental. Do outro lado, na liderança dos
aprovados, estão as áreas de Turismo (96,7% de aprovação), Economia (82,9% de
aprovação), Direito (82,6% de aprovação), Psicologia (76,7% de aprovação) e
Engenharia (73,5% de aprovação).
Na segmentação por
Idade, os mais jovens, de 14 a 18 anos tiveram o pior desempenho com mais de
60% de reprovação. As demais faixas também não foram nada bem, mas não tão ruim
como os mais jovens, ficando na faixa entre 37,4% e 40,6 % de reprovação.
A pesquisa foi baseada
em questões muito simples de Português. Se o teste tivesse incluído regras
gramaticais ou interpretação de texto o desastre certamente seria maior. Ainda
maior seria se o teste incluísse matemática, por exemplo.
A pesquisa avaliou
outras segmentações de público, mas de modo geral, o desempenho foi muito ruim
e poucas pessoas estão preocupadas em melhorar essa condição. Muitas vezes ficam perguntando a causa de não
conseguir o emprego e parte da explicação está demonstrada na pesquisa.
A pesquisa aconteceu durante o ano de 2015 com 8208 pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seu comentário