ANO XVII

ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho

quarta-feira, 3 de julho de 2013

SINAL AMARELO NO SETOR INDUSTRIAL - Micro, Pequenas e Médias Empresas mostram preocupação com a economia.

Em maio, os números do CAGED ( Cadastro de Geral de Empregados e desempregados ) apontou uma desaceleração no nível de criação de empregos e ainda houve setores que apresentaram desemprego (diminuição do número de postos de trabalho). Divulga-se agora, que nesse mesmo período houve queda de 2% na produção industrial. No início do ano a indústria esboçou um aumento de produção, mas que não se sustentou devido aos rumos que a economia toma. O recuo na atividade industrial era esperado, mas 2% foi mais do que os analistas aguardavam e de ocorreu forma geral no setor, o que tornou a situação muito preocupante. Isso afetará o resultado do PIB brasileiro e ainda trará outras consequências.

Temos no momento alguns fatores que isoladamente poderiam ser superados, mas juntos provocam uma tendência pouco edificante: estoques grandes, consumo diminuindo, dificuldades na exportação (principalmente pela taxa cambial e falta de infraestrutura), entrada de produtos importados, pessimismo dos investidores e inflação alta. Segundo o IBGE os setores de Máquinas e Equipamentos e Alimentos, importantes “termômetros” do setor industrial, apresentaram queda de 5% e 4,4% respectivamente.

 Na Micro e Pequena Empresa

 Pesquisa realizada pelo SIMPI – Sindicato da Micro e Pequena Empresa - aponta um pessimismo generalizado e pouca confiança no governo. A avaliação dos governantes caiu em todos os níveis, mas principalmente no governo federal que controla e dá os rumos da economia. A presidente Dilma que apresentava em março apenas 13% de ruim/péssimo, em maio subiu para 19% e agora passou para 44% que consideram o governo ruim/péssimo. A mesma porcentagem, ou seja, 44% dos entrevistados afirmam que a situação econômica é ruim/péssima. O setor é o maior empregador do país e também é o primeiro a sentir as consequências da alta da inflação e diminuição do consumo. A inadimplência vem aumentando no setor e os custos de produção aumentando sobremaneira. Ainda segundo a pesquisa, 41% dessas empresas possuem dívidas, fazendo declinar suas atividades e eliminar postos de trabalho. Toda essa situação pode desencadear uma série de problemas muito sérios como o desemprego.

Apesar de não ser economista, entendo que há tempos, o modelo pouco austero de “investimento” das riquezas produzidas pelo país, principalmente a com a elevada carga tributária que pagamos sem ter esses recursos aplicados em áreas fundamentais, só tem um ponto de chegada: inflação alta, dificuldades no setor produtivo e impacto nos empregos. Fica nossa torcida para que os rumos da economia sejam corrigidos a tempo de manter a riqueza do país e os empregos dos trabalhadores.

 Por Nelson Miguel Junior

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