Na semana em que se comemorava o Dia Internacional da Mulher (8 de março) pensei em escrever alguns artigos relativos à condição da mulher no mercado de trabalho. Coincidentemente conversei com minha amiga Ivone do Centro de Convivência da Mulher Cidinha Kopcak, que coordena essa importante entidade que atende e apóia mulheres vítimas de violência doméstica na zona leste de São Paulo, na região de São Mateus e pedi a ela que escrevesse algo sobre a situação das mulheres atendidas pela entidade. Publico aqui com muito prazer o texto da Ivone.
“Menciono aqui uma experiência com mulheres da região Leste da cidade de São Paulo, que tem o seu cotidiano permeado pela violência doméstica e pobreza; em geral apresentam baixa escolaridade, situação de desemprego, ou estão na economia informal, com baixos salários e sem a garantia dos direitos trabalhistas. Ao buscarem ajuda para o seu problema, mais especificamente da violência doméstica, passam por atendimento social, atenção psicológica e orientação jurídica.
Uma vez que o objetivo do trabalho com as mulheres é o seu fortalecimento para conseguirem romper com a violência, trabalhamos com elas a questão da autonomia pessoal e econômica. Desta forma, recebem orientação para vaga de trabalho, participação nas oficinas de geração de renda e incentivo para retomarem os estudos e se profissionalizarem. Nas oficinas de trabalho e geração de renda, muitas das mulheres acabam descobrindo sua habilidade e passam a produzir em pouco tempo; oferecendo as peças confeccionadas para vizinhos e amigos, descobrindo que podem gerar sua própria renda; quando elas não tem condições de adquirir o material, conseguem subsídio através do CRAS (Centro de Referência e Assistência Social) da região, como primeiro impulso.
Ressaltamos que neste trabalho lhe é oferecido apenas a aprendizagem e a capacitação. Ainda não conseguimos organizar essas mulheres em cooperativas ou projetos de empreendedorismo. No momento oferecemos curso de bijuteria e corte e costura, no primeiro, duas alunas já confeccionam as próprias peças, mostrando no comércio e feira do bairro, no curso de costura algumas delas começaram a trabalhar na área. Ressalto ainda, que essas oficinas têm o caráter do convívio, socialização e auto valorização, melhorando sua auto-estima.
Temos outra situação onde muitas mulheres têm obtido a vaga de emprego em posto de trabalho do município (CAT) e retornando para contar a novidade, uma delas comentou que agora conseguiu emprego pela CLT, sentindo-se mais completa como cidadã.
Para finalizar, frente às dificuldades em seu dia a dia, as mulheres não se intimidam e movidas pelo desejo e necessidade econômica vão em busca do trabalho e de empreendimentos simples que lhes possam gerar renda e autonomia, e porque não dizer, Felicidade.”
IVONE DE ASSIS DIAS
Olá, Ivone
ResponderExcluirParabéns!
Sabemos sobre a importância deste serviço para as mulheres numa região tão carente.
bjs
Gostaríamos de parabenizar a Ivone e a todas as profissionais pelo trabalho tão importante e necessário que exerce na Casa Cidinha Kopcak, para as mulheres na região de São Mateus.
ResponderExcluirE podemos afirmar com propriedade, pois nós Promotoras Legais Populares do Hospital Geral de São Mateus trabalhamos com a Casa em uma parceira que da certo.