Na última quinta feira
foi anunciado o resultado d nível de emprego para o mês de março. Houve perda
de quase 64 mil postos de trabalho. Em fevereiro houve saldo positivo pela
primeira vez em muito tempo, fato que deu esperanças de estar começando uma tendência
de término do ciclo de desemprego, uma retomada da economia. Mas agora, veio o
balde de água fria, com um fechamento significativo de vagas.
A situação ainda é de
difícil interpretação, pois acompanhando os números do mesmo período do ano
passado, percebemos que a situação é melhor, mas ao compararmos o mês-a-mês a
coisa se torna mais duvidosa, pois a sazonalidade em fevereiro não explica uma
diferença tão grande no número de oportunidades. Veja abaixo:
O caos político em que
o país se encontra, com as reformas previdenciária e trabalhista proposta pelo
governo (cheio de pontos obscuros) e prestes a ser aprovada por um parlamento totalmente contaminado pela
corrupção, com a maioria de seus membros acusados e investigados por toda a
sorte de crimes, não ajuda nem um pouco que a economia se estabilize. A cada
vez que a economia parece querer aquecer, os próprios membros dos poderes
executivo e legislativo mostram o quão nocivos são para o país. Quem paga a conta por
esse caos é a população em geral, trabalhadores e empregadores.
Deste modo, a previsão de retomada da economia fica prejudicada. Os sinais são dúbios assim como os números da economia. Há muito dinheiro represado para ser investido no Brasil e consequentemente gerar muitos empregos, mas qual investidor está disposto a correr o risco com a atual conjuntura política? As reformas são necessárias, mas serão essas as propostas pelo governo as melhores? Ninguém quer perder privilégios. Os sindicatos não estão lutando pelos trabalhadores, mas sim para não perderem a contribuição sindical que todo trabalhador é obrigado a pagar. Maus empresários também só estão interessados no relaxamento de direitos dos trabalhadores e em alternativas muito duvidosas.
Não espero muito para os próximos meses. Já estive otimista, mas agora confesso que nem tanto.
Não espero muito para os próximos meses. Já estive otimista, mas agora confesso que nem tanto.
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