O CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - divulgou esta semana o nível de emprego para o mês de maio. Foram criados 32.253 postos de trabalho. É o segundo mês consecutivo que isso acontece. Se assim continuar, poderemos dizer em breve que já há uma tendência de redução do desemprego. No acumulado do ano (janeiro/maio) o saldo é positivo com 48.543 vagas abertas. No mesmo período do ano passado haviam sido fechados 448.011 postos de trabalho. Ainda há muito o que recuperar.
Todavia, algumas regiões do país, ainda perdem postos de trabalho e tem o desemprego aumentado, como por exemplo, a região do Vale do Paraíba (SP), embora o Sudeste tenha apresentado o melhor crescimento. As regiões Norte e Sul também perderam postos de trabalho. O setor do Comércio e Construção perderam vagas enquanto a agricultura e Serviços ajudaram a melhorar a situação.
Como podemos observar, embora tenhamos dois meses seguidos com aumento do número de vagas, ainda é cedo para "decretarmos" a tendência de queda do desemprego, já que muitos setores produtivos e regiões ainda sofrem com a instabilidade econômica e com o desemprego. Não podemos ser pessimistas mas devemos ser cautelosos. A possível retomada do crescimento econômico é sim um alento para os desempregados, mas o caminho é longo e demorado, haja vista que o governo já reduziu sua projeção de crescimento do PIB. A turbulência política atual e o caos econômico provocado pelas políticas anteriores nos deixaram um problema de difícil solução e que não se resolve em curto prazo.
Mesmo que a economia evolua de forma consistente, ainda demorará muito para que os 14 milhões de postos de trabalho perdidos sejam repostos e devemos lembrar ainda que durante esse tempo a competição entre aqueles que buscam nova oportunidade será muito acirrada.
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