Há um bom tempo falo aqui no blog
sobre a nossa economia que vem patinando e que isso, mais cedo ou mais tarde
ocasionaria um impacto negativo no nível de emprego. Isso é muito claro e eu
nem precisava dizer, mas o que não ficou claro para muita gente é que a
economia está patinando. Ouve-se também, há algum tempo, que estamos sofrendo
um processo de desindustrialização. Não sei se isso é fato tecnicamente
falando, mas a indústria vem perdendo o fôlego ano a ano e deixando de ser
competitiva dentro e fora do país. Não vamos discutir esse tema aqui em seu
amplo aspecto, mas sim no que se refere ao emprego.
Com a expectativa de um segundo
semestre (2013) melhor a indústria manteve a mão de obra contratada, porém essa
melhora não aconteceu. Isso resultou, segundo uma pesquisa com 370 empresas
industriais, que 79% delas não realizarão contratações em 2014. A pesquisa foi
dividida em indústria de pequeno, médio e grande porte, e o resultado para a
expectativa de contratações foi respectivamente de 78,9%, 78,3% e 81,6%. Ano a
ano, a pesquisa tem demonstrado uma expectativa cada vez menor de contratações
na indústria. Em 2010 era de 51% e em 2014 é de 21%. Há uma lei no mercado de
trabalho onde economia aquecida é igual a número maior de oportunidades e economia
menos aquecida é igual a menos empregos ou mesmo desemprego. Assim, além de não
promover novas contratações, houve um impacto forte na contratação e efetivação
de trabalhadores temporários. Até a alguns anos, o trabalhador temporário tinha
grandes chances de efetivação, mas agora o horizonte não é tão bom. Em 2013, apenas
10% dos trabalhadores temporários foram efetivados.
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