ANO XVII

ANO XVI - Dezesseis anos informando sobre o mundo do trabalho

sábado, 22 de junho de 2013

CRIAÇÃO DE EMPREGOS CAI 48,4% EM MAIO

A velocidade com que se criam empregos no Brasil vem caindo. Os números do CAGED divulgados nesta sexta-feira, referente a maio, apresentaram uma queda de 48,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Ainda se criam empregos no Brasil, mas em ritmo muito mais lento. Este resultado é o pior para a série histórica no mês de maio, registrada pelo Ministério do Trabalho e Emprego desde o ano de 2003. A expectativa dos especialistas era que fossem criados no período, em torno de 155 mil vagas, mas foram criados apenas 72 mil novos postos de trabalho. Todavia, o nível de desemprego continuou praticamente o mesmo, em torno de 5,8. Alguns analistas de mercado e empresários temem que a taxa de desemprego comece a aumentar e essa expectativa é muito preocupante. Apesar de ter sido registrado um aumento na renda do trabalhador, o nível elevado da inflação corrói esse rendimento. Para aqueles que ganham salário mínimo a situação é pior ainda, pois o ganho real é ainda menor.

A boa notícia fica para o setor Industrial, principalmente na Região Metropolitana de São Paulo que apresentou um crescimento na oferta de postos de trabalho. E dentro desse setor, destaca-se a indústria de transformação de plásticos que quase dobrou suas vagas, mesmo com o setor de plásticos e borrachas estarem estagnados. Segundo o sindicato deste setor, isso se deveu a desoneração da folha de pagamento para alguns setores, que facilitou a contratação, mas destaca que não houve incremento na produção e vendas, mostrando que esse aumento de vagas pode não se sustentar em médio prazo. 
Por Nelson Miguel Junior

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