A velocidade com que se criam
empregos no Brasil vem caindo. Os números do CAGED divulgados nesta sexta-feira, referente a
maio, apresentaram uma queda de 48,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Ainda se criam empregos no Brasil, mas em ritmo muito mais lento. Este
resultado é o pior para a série histórica no mês de maio, registrada pelo
Ministério do Trabalho e Emprego desde o ano de 2003. A expectativa dos especialistas
era que fossem criados no período, em torno de 155 mil vagas, mas foram criados
apenas 72 mil novos postos de trabalho. Todavia, o nível de desemprego
continuou praticamente o mesmo, em torno de 5,8. Alguns analistas de mercado e
empresários temem que a taxa de desemprego comece a aumentar e essa expectativa
é muito preocupante. Apesar de ter sido registrado um aumento na renda do
trabalhador, o nível elevado da inflação corrói esse rendimento. Para aqueles
que ganham salário mínimo a situação é pior ainda, pois o ganho real é ainda
menor.
A boa notícia fica para o setor
Industrial, principalmente na Região Metropolitana de São Paulo que apresentou
um crescimento na oferta de postos de trabalho. E dentro desse setor,
destaca-se a indústria de transformação de plásticos que quase dobrou suas
vagas, mesmo com o setor de plásticos e borrachas estarem estagnados. Segundo o
sindicato deste setor, isso se deveu a desoneração da folha de pagamento para
alguns setores, que facilitou a contratação, mas destaca que não houve
incremento na produção e vendas, mostrando que esse aumento de vagas pode não
se sustentar em médio prazo.
Por Nelson Miguel Junior
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