ANO XVII

ANO XVII - Dezessete anos informando sobre o mundo do trabalho

sábado, 27 de julho de 2013

DICAS SOBRE ENTREVISTA DE EMPREGO - entrevista com Claudia Fermino


Caros leitores,

Realizamos esta semana uma entrevista com a Supervisora de Intermediação de Mão de Obra do Centro de Apoio ao Trabalho da Cidade de São Paulo, um dos maiores centros públicos de emprego do Brasil, e que dará aqui sua contribuição com informações e dicas de comportamento na busca por oportunidades de trabalho, principalmente no momento da entrevista de emprego.

O MUNDO DO TRABALHO: Claudia, vocês atendem milhares de pessoas mensalmente. Sabemos que muitos trabalhadores que buscam oportunidades de trabalho têm dificuldades para achar seu espaço. Porque isso acontece?

Claudia Fermino: Muitos desses trabalhadores preenchem todos os requisitos para a vaga, como experiência ou cursos realizados, mas cometem erros durante a entrevista, por exemplo, que comprometem seu desempenho no processo seletivo e muitas vezes sendo determinante para sua exclusão do processo.

O MUNDO DO TRABALHO: Então não basta ter capacidade e experiência para preencher a vaga?

Claudia Fermino: É preciso também apresentar qualidade e outras habilidades, principalmente comportamentais.

O MUNDO DO TRABALHO: E você pode dar dicas aos nossos leitores?

Claudia Fermino: Alguns cuidados são essenciais para não perder pontos na hora "H". Por nervosismo, ou mesmo despreparo, muitos candidatos acabam desperdiçando oportunidades à toa. Planejar o que vai fazer é fundamental! No momento da entrevista, cumprimente o entrevistador com um aperto de mão firme e memorize seu nome. É importante manter uma fisionomia alegre e não demonstrar impaciência.

O MUNDO DO TRABALHO: esse momento inicial é muito importante?

Claudia Fermino: Sim. É aquela coisa de causar uma boa impressão logo no primeiro contato.  Algumas pessoas perdem chances por parecerem desinteressados e não prestar atenção ao que está sendo pedido. Se houver alguma dúvida, deve ser perguntado ao entrevistador. Então, ao sentar-se, mantenha uma postura reta. Esparramar-se de qualquer jeito na cadeira pode deixar uma impressão de preguiça, o que não é desejável para um candidato. Não coloque objetos pessoais sobre a mesa do entrevistador tais como bolsas, mochilas, pastas etc. A mesa é um território dele e não deve ser invadido. Mantenha seus pertences no colo. Não se debruce sobre sua mesa, não mexa em suas coisas e nem tente ler papeis que estão à vista. Se o telefone tocar, não preste atenção à conversa. Entrevistadores não gostam de candidatos “enxeridos” (risos).
Agora, durante a entrevista propriamente dita, quando tiver a oportunidade de falar, lembre-se que o entrevistador quer ouvir o que você tem a dizer e esta é sua chance de impressioná-lo. Respostas monossilábicas como “sim”, “não” e “é” não vão ajudar a mostrar como você pode ser importante para a empresa. Tente argumentar e interagir com o entrevistador. Mostre seu potencial e os diferenciais que você tem em relação aos concorrentes. Converse olhando de frente e pense antes de falar, evitando responder precipitadamente.

O MUNDO DO TRABALHO: Este momento da entrevista inicial é crítico para quem está concorrendo a vaga. Como lidar com esse nervosismo?

Claudia Fermino: Se estiver muito tenso, pode falar como está se sentindo. Com isso, você quebrará o gelo e se sentirá mais calmo. Mencionar isso para o selecionador não irá prejudicar o candidato na entrevista. Ao falar sobre si mesmo não se supervalorize. Isso pode levar o entrevistador a tentar lhe provar que você não é tão bom assim, além de criar uma imagem que muitos consideram antipática. Entretanto, não se subestime nem seja negativo. É importante ser humilde, mas confiante. Mantenha a calma mesmo em situações difíceis. Uma resposta ríspida ou grosseira pode eliminar suas chances de sucesso na entrevista.

O MUNDO DO TRABALHO: O nervosismo durante a entrevista pode levar o candidato a querem falar muito. Isso prejudica?

Claudia Fermino: É importante responder com objetividade. Responder somente aquilo que foi perguntado, pois o nervosismo ou mesmo querer demonstrar “conhecimento” pode levar a dizer coisas deslocadas e que não interessa ao entrevistador. Isso pode prejudicar. Um erro freqüente é tentar inventar respostas quando o entrevistador faz alguma pergunta sobre o assunto que você desconhece. Se você não souber, é melhor dizer “Eu não sei”. Ao dar uma resposta errada você perde sua credibilidade. Também é bom evitar dar opiniões sobre política e religião, por exemplo. Esses assuntos são muito polêmicos e nunca se sabe como a outra pessoa pensa. Limite-se a responder o que está sendo perguntado, evitando prolongar o assunto contando casos pessoais. A menos que seja necessário e pertinente, evite usar um vocabulário muito técnico. Ainda, evite falar mal do seu último emprego, do seu ex-chefe, ou comentar assuntos confidenciais da empresa anterior, pois isso pode levar à interpretação de que você está cuspindo no prato que comeu, o que não deixa uma boa impressão.

O MUNDO DO TRABALHO: Claudia, muito obrigado pela entrevista e sei que há muito mais dicas para as pessoas que buscam uma oportunidade no mercado de trabalho, e espero poder contar com você em outras oportunidades.

Claudia Fermino nos concedeu uma entrevista com dicas sobre entrevista de emprego em 2012 no programa TVDesenvolver, onde disponibilizamos aqui o link para que você possa assistir.



Por Nelson Miguel Junior




terça-feira, 23 de julho de 2013

MUDANÇA NO PARADIGMA DO EMPREGO

Como já comentamos em postagens anteriores, o paradigma do emprego mudou (pelo menos aqui no Brasil). Assim, analisando o mercado de trabalho, podemos afirmar que vivemos uma época muito diferente a de 10, 15 ou 20 anos atrás. Nesses períodos aconteceram muitas mudanças nos modelos econômicos e produtivos, com consequências importantes para os dias de hoje.  Não pretendo aqui falar sobre os aspectos históricos disso tudo, mas sobre as consequências. Não me canso de falar aqui que o mercado de trabalho é maior ou melhor em função do momento econômico, ou seja, quanto mais a economia se aquece, maior é o número de empregos, de oportunidades e também a qualidade dos empregos. Hoje, com a economia em melhor situação do que há 20 anos, o desemprego deixou de ser um problema importante para o país e para a população. Podemos perceber isso pelo noticiário, onde os cadernos de economia, por exemplo, não tratam mais essa questão, a não ser por ocasião de temas específicos que surgem. Então, qual é o problema nos dias de hoje?
O Brasil é muito grande e diferente regionalmente. São aspectos culturais, econômicos, produtivos, climáticos, etc. Há um mundo diferente em cada canto e assim, uma região com forte pujança econômica e produtiva como o Sudeste, se contrapõe com alguns estados do Nordeste. E nessa característica surge uma situação na questão do emprego muito diferente em cada um desses lugares. Enquanto na região mais “evoluída” o problema do emprego é conseguir profissionais melhores capacitados, atualizados com a tecnologia e discutindo qualidade de vida, outros ainda vivem a possibilidade de “sair da caverna”, do emprego análogo à escravidão ou ainda conseguir um emprego com carteira assinada.
O grande desafio do país nos dias de hoje, é encontrar e executar políticas públicas eficientes, promover educação básica e profissional, atendendo a demanda atual e futura. O Brasil perde uma enormidade de oportunidades (causando sofrimento em sua população) quando deixa de proporcionar educação adequada em sua base, na formação de técnicos (principalmente) de nível médio e resgatando trabalhadores que outrora foram muito requisitados, mas não conseguiram acompanhar a evolução dos últimos anos e hoje estão alijados da cadeia produtiva. Às vezes me sinto pessimista em relação a isso, que iremos perder o bonde da história novamente e nunca sairmos do atraso em que sempre vivemos, atrás de outros países com menos recursos inclusive. Penso nos trabalhadores que de certa forma se iludem com o bom momento, mas que num futuro não muito distante, correm o risco de perder tudo no primeiro abalo da economia, de ruírem como um castelo de cartas.

O novo paradigma do emprego exige a busca constante por aprendizado, informação, capacitação profissional e sem esquecer-se da educação formal. A conquista de espaço profissional, das melhores oportunidades, das melhores condições de trabalho, dos melhores salários e benefícios passam necessariamente pela evolução dos profissionais e cabe a cada um cuidar disso individualmente e também cuidar coletivamente para que aqueles que comandam a economia indiquem os caminhos corretos para o país. Aos empregadores cabe também colaborar na evolução dos profissionais, já que em algum momento seu empreendimento pode sofrer consequências desastrosas pela falta de gente preparada para os tempos de hoje. A “luta de classes” é coisa que está ficando no passado, empregado e empregador hoje devem se aliar, são sócios! Quando um ganha o outro também deve ganhar e assim ambos trabalham para o sucesso! Não é a toa que menciono isso. A cada dia percebemos que os sindicatos, por exemplo, não conseguem mais mobilizar o tanto de trabalhadores de antes, mesmo com uma estrutura muito maior e mais poderosa. Isso acontece porque o tema do desemprego (sua grande bandeira) está esvaziado e ainda não acharam novos temas importantes e capazes de mobilizar uma população de trabalhadores. O paradigma mudou e quem não perceber isso está fadado a fracassar, sejam trabalhadores, empregadores ou poder público. 

Por Nelson Miguel Junior

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Ciclo de Debates sobre Assédio Moral e Discriminação nas Relações do Trabalho





Aconteceu nesta quinta-feira, (18/07) o I  Ciclo de Debates sobre Assédio Moral e Discriminação nas Relações do Trabalho, promovido pela Superintendência Regional do Trabalho (SP). 



PALESTRA SOBRE EIRELI

Com o objetivo de orientar e esclarecer sobre os principais conceitos da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI, o SESCON-SP Sub-Regional Norte da Capital (SP) e a Associação Comercial de São Paulo - Distrital Noroeste convidam para uma palestra sobre: 

"Conceitos Gerais da EIRELI"

O evento será realizado no próximo dia 24 de julho, quarta-feira, das 19h30 às 21h30, no auditório da ACSP - Distrital Noroeste, localizado à Rua Luis Braille, 08 - Pirituba/SP.

A apresentação será ministrada pelo diretor do SESCON-SP Márcio Teruel Tomazeli, empresário contábil, graduado em Ciências Contábeis, consultor de empresas, mais de 20 anos de experiência em Contabilidade e Gestão de Empresas.

INSCREVA-SE: (11) 3831-8336 / (11) 3831-8454
dnoroeste@acsp.com.br

segunda-feira, 15 de julho de 2013

CONARH ABRH 2013 e EXPO ABRH

Acontece em agosto dois dos mais importantes eventos sobre gestão de recursos humanos do Brasil: O 39º Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas e a Expo ABRH. O evento é a maior vitrine de oprtunidades, inovações e tecnologias da América Latina. O congresso terá como tema “Reinventar a Gestão: Uma Construção Coletiva”.  A Expo ABRH pode ser visitada gratuitamente.
O evento acontece nos dias 19, 20 e 21 de agosto das 8h às 20h, dia 22 das 8h às 17h30.

Informações na página do CONARH em www.conarh.com.br


quarta-feira, 3 de julho de 2013

CONVITE – Seminário Debate sobre Assédio Moral e Discriminação nas Relações do Trabalho

CONVITE – Seminário
Debate sobre Assédio Moral e
Discriminação nas Relações do Trabalho

No próximo dia 18 de julho acontece em São Paulo o I Ciclo de debates sobre Assédio Moral e Discriminação nas Relações do Trabalho, organizado pela SRTE – Superintendência Regional do Trabalho no Estado de São Paulo.

Essa é uma importantíssima discussão para as relações do trabalho e deve ter a atenção de todos os profissionais da área, sindicatos patronais e de trabalhadores e público em geral

O evento terá a participação de:

Margarida Barreto - Médica, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Ângelo Soares – Sociólogo do Trabalho
Sonia Mascaro do Nascimento – Doutora em Direito do Trabalho – USP
Luciana Veloso R, P. Baruki – Auditora Fiscal do Trabalho – SRTE/SP
Jaudenir da Silva Costa – Coordenador da Comissão de Igualdades de Oportunidades de Gênero, Raça e Etnia, de Pessoas com Deficiência e de Combate à Discriminação – SRTE/SP.

As inscrições são gratuitas.

O evento acontece no dia 18 de julho, na SINDPD ( Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo), às 8h30.

Local: Av. Angélica 35, Santa Cecília – São Paulo-SP (próx. Metro Marechal Deodoro)
Inscrições pelo telefone: 11 3150-8069 e 3150-8054 ou


SINAL AMARELO NO SETOR INDUSTRIAL - Micro, Pequenas e Médias Empresas mostram preocupação com a economia.

Em maio, os números do CAGED ( Cadastro de Geral de Empregados e desempregados ) apontou uma desaceleração no nível de criação de empregos e ainda houve setores que apresentaram desemprego (diminuição do número de postos de trabalho). Divulga-se agora, que nesse mesmo período houve queda de 2% na produção industrial. No início do ano a indústria esboçou um aumento de produção, mas que não se sustentou devido aos rumos que a economia toma. O recuo na atividade industrial era esperado, mas 2% foi mais do que os analistas aguardavam e de ocorreu forma geral no setor, o que tornou a situação muito preocupante. Isso afetará o resultado do PIB brasileiro e ainda trará outras consequências.

Temos no momento alguns fatores que isoladamente poderiam ser superados, mas juntos provocam uma tendência pouco edificante: estoques grandes, consumo diminuindo, dificuldades na exportação (principalmente pela taxa cambial e falta de infraestrutura), entrada de produtos importados, pessimismo dos investidores e inflação alta. Segundo o IBGE os setores de Máquinas e Equipamentos e Alimentos, importantes “termômetros” do setor industrial, apresentaram queda de 5% e 4,4% respectivamente.

 Na Micro e Pequena Empresa

 Pesquisa realizada pelo SIMPI – Sindicato da Micro e Pequena Empresa - aponta um pessimismo generalizado e pouca confiança no governo. A avaliação dos governantes caiu em todos os níveis, mas principalmente no governo federal que controla e dá os rumos da economia. A presidente Dilma que apresentava em março apenas 13% de ruim/péssimo, em maio subiu para 19% e agora passou para 44% que consideram o governo ruim/péssimo. A mesma porcentagem, ou seja, 44% dos entrevistados afirmam que a situação econômica é ruim/péssima. O setor é o maior empregador do país e também é o primeiro a sentir as consequências da alta da inflação e diminuição do consumo. A inadimplência vem aumentando no setor e os custos de produção aumentando sobremaneira. Ainda segundo a pesquisa, 41% dessas empresas possuem dívidas, fazendo declinar suas atividades e eliminar postos de trabalho. Toda essa situação pode desencadear uma série de problemas muito sérios como o desemprego.

Apesar de não ser economista, entendo que há tempos, o modelo pouco austero de “investimento” das riquezas produzidas pelo país, principalmente a com a elevada carga tributária que pagamos sem ter esses recursos aplicados em áreas fundamentais, só tem um ponto de chegada: inflação alta, dificuldades no setor produtivo e impacto nos empregos. Fica nossa torcida para que os rumos da economia sejam corrigidos a tempo de manter a riqueza do país e os empregos dos trabalhadores.

 Por Nelson Miguel Junior

sexta-feira, 28 de junho de 2013

DESEMPREGO e as METODOLOGIAS DE PESQUISA ( IBGE, DIEESE, SEADE )

Muito se discutiu sobre as metodologias adotadas para medir o desemprego no Brasil (inclusive neste blog). As principais medições são realizadas pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos e ainda a Fundação SEADE – Sistema Estadual de Análise de Dados, porém as metodologias utilizadas são diferentes (IBGE X DIEESE\SEADE) e conseqüentemente resultados diferentes em suas análises. Quando comparados os resultados, os números do desemprego, por exemplo, apresentados pelo IBGE representam a metade dos números das outras entidades. Hoje, em tempos menos bicudos quanto ao tema desemprego, isso aparece pouco nas discussões, mas já provocou muito barulho e acusações que a metodologia do IBGE (pertencente ao governo federal) mascara os reais índices de desemprego.
Grosso modo, a metodologia do IBGE considera como critério apenas o Desemprego Aberto, ou seja, pessoas que naquele período medido estavam a procura de emprego e disponíveis são consideradas desempregadas. Considera ainda que uma pessoa que exerceu naquele período, qualquer atividade remunerada, mesmo que por algumas horas, não é um desempregado, inclusive qualquer tipo de “bico”, incluindo os “profissionais” dos cruzamentos (vendedor de balas, limpador de pára-brisas, cuspidor de fogo, etc.). Já as metodologias do DIEESE e SEADE consideram o Desemprego Total, ou seja, está incluído na metodologia o Desemprego Oculto (Trabalho Precário e pessoas em Situação de Desalento).
No final do texto colocarei uma nota sobre o significado de cada termo.
Ambas as metodologias pesquisam nas seis principais Regiões Metropolitanas e baseiam-se na PEA – População Economicamente Ativa. Vale aqui um comentário: se a pesquisa fosse realizada em outras regiões fora das RMs e a base fosse a PIA – População em Idade Ativa, os resultados seriam ainda mais relevantes e mais próximos da real situação, já que algumas regiões menos desenvolvidas são muito mais sensíveis ao desemprego e a PIA ampliaria enormemente a base da amostra.

Conceitos:
Desemprego Aberto: Pessoas que procuraram emprego no último período de 30 dias e não exerceram atividade remunerada de nenhum tipo nos últimos sete dias.
Desemprego Oculto: 1. Por trabalho precário – pessoa que exerceu algum tipo de atividade informal, de forma não contínua e irregular, mas que no período de 12 meses anteriores buscaram trabalho. 2. Por desalento – pessoas que deixaram de buscar trabalho nos últimos 30 dias, mas que procuraram nos últimos 12 meses, e que desistiram da busca, por desestímulo ou outro motivo fortuito.
PIA – População em Idade Ativa – é a população acima de 10 anos, aptas a exercer alguma atividade  econômica.
PEA – População Economicamente Ativa – é a população ( parcela da PIA) que está ocupada ou desocupada.

Para saber detalhes de cada metodologia e conhecer mais sobre o tema, o leitor pode acessar os sites das três entidades citadas:
Por Nelson Miguel Junior

domingo, 23 de junho de 2013

O Mercado de Trabalho está bem?



Vivemos um momento bem complicado e muita gente ainda não se deu conta disso. As pessoas desavisadas ou que não estão atentas aos sinais, demoram a perceber os rumos e conseqüências da situação econômica. A criação de empregos vem patinando há vários meses e a inflação corroendo os salários, mas há demora nessa percepção.   
                                                                      
Duas notícias nesta semana acenderam o sinal de alerta: Queda acentuada na criação de novos empregos (48,4% em relação ao mesmo período de 2012 e 63% em relação ao mês de abril de 2013) e Inflação alta ultrapassando as metas estabelecidas pelo governo. 

                                                                
Algo que também me preocupa é o resultado da pesquisa do Datafolha que mostra que o brasileiro não tem medo de perder o emprego. Essa situação mascara a realidade, pois como (ainda?) não há desemprego e a maioria está empregada e estabilizada, não percebe os riscos do desemprego, já que hoje, mesmo se o trabalhador for demitido, logo conseguirá a recolocação. E quando isso não for mais tão fácil assim? Outra situação demonstrada é que apenas 8% dos trabalhadores tiveram seus salários reajustados acima da inflação, com ganhos reais de salários. A maioria teve perdas salariais em menor ou maior grau. Com essa “estabilidade” que hoje começa a ficar precária, pode ser uma grande armadilha para o trabalhador, que foi incentivado a gastar e comprar mais, desde que a prestação coubesse em seu salário.     
                                                                                                                  
O País está com parte da população indo às ruas, pedindo por seus direitos, reclamando das péssimas condições dos serviços públicos, apesar dos altos impostos pagos e outras pautas como corrupção. Emprego ainda não entrou nessa pauta de reivindicações exatamente porque os trabalhadores brasileiros ainda não sentiram os reflexos que estão atingindo seus salários e seus empregos. Mas se os rumos da economia continuarem como estão, isso também chegará às ruas.

Por Nelson Miguel Junior

sábado, 22 de junho de 2013

CRIAÇÃO DE EMPREGOS CAI 48,4% EM MAIO

A velocidade com que se criam empregos no Brasil vem caindo. Os números do CAGED divulgados nesta sexta-feira, referente a maio, apresentaram uma queda de 48,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Ainda se criam empregos no Brasil, mas em ritmo muito mais lento. Este resultado é o pior para a série histórica no mês de maio, registrada pelo Ministério do Trabalho e Emprego desde o ano de 2003. A expectativa dos especialistas era que fossem criados no período, em torno de 155 mil vagas, mas foram criados apenas 72 mil novos postos de trabalho. Todavia, o nível de desemprego continuou praticamente o mesmo, em torno de 5,8. Alguns analistas de mercado e empresários temem que a taxa de desemprego comece a aumentar e essa expectativa é muito preocupante. Apesar de ter sido registrado um aumento na renda do trabalhador, o nível elevado da inflação corrói esse rendimento. Para aqueles que ganham salário mínimo a situação é pior ainda, pois o ganho real é ainda menor.

A boa notícia fica para o setor Industrial, principalmente na Região Metropolitana de São Paulo que apresentou um crescimento na oferta de postos de trabalho. E dentro desse setor, destaca-se a indústria de transformação de plásticos que quase dobrou suas vagas, mesmo com o setor de plásticos e borrachas estarem estagnados. Segundo o sindicato deste setor, isso se deveu a desoneração da folha de pagamento para alguns setores, que facilitou a contratação, mas destaca que não houve incremento na produção e vendas, mostrando que esse aumento de vagas pode não se sustentar em médio prazo. 
Por Nelson Miguel Junior

quinta-feira, 20 de junho de 2013

ENTREVISTA COM O SUPERINTENDENTE REGIONAL DO TRABALHO no Estado de São Paulo

Realizamos nesta semana uma entrevista exclusiva com o novo Superintendente Regional do Trabalho no Estado de São Paulo, Sr. Luiz Antonio de Medeiros Neto, que falou sobre os desafios e projetos da SRTE.

O MUNDO DO TRABALHO – Sr. Medeiros, obrigado por nos conceder essa entrevista e desejamos uma excelente gestão. Para iniciarmos nossa conversa, vamos falar um pouco de sua trajetória.

Luiz Antonio de Medeiros- Em toda a minha vida busquei e briguei por direitos para os trabalhadores em movimentos sindicais, no legislativo e no poder executivo. Presidi a Força Sindical, atuei como Deputado Federal, assumi o comando da Secretaria de Relações do Trabalho, atuei como secretário adjunto na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, em São Paulo, e agora, recentemente empossado pela presidente Dilma para assumir o comando da Superintendência Regional do Trabalho/SP.

O MUNDO DO TRABALHO - Quando foi que o senhor assumiu ao cargo e como foi a receptividade da equipe da SRTE?  

Luiz Antonio de Medeiros - Fui nomeado dia 20 de maio pela Presidente Dilma para assumir. No dia 21 assumi minhas responsabilidades na Superintendência, onde fui muito bem recebido por todos.

O MUNDO DO TRABALHO - Como o senhor encara esse novo desafio?


Luiz Antonio de Medeiros - Encaro como mais um importante desafio de continuar brigando pelos direitos dos trabalhadores, junto com a minha equipe de fiscais, administrativo, buscando que todas as empresas do estado cumpram as leis trabalhistas, garantindo todos os direitos da CLT. As que não cumprirem deverão ser penalizadas. Mas, mantendo sempre o diálogo com os sindicatos patronais e dos trabalhadores para ajudar neste importante desafio.  

O MUNDO DO TRABALHO – Já podemos falar sobre quais são os projetos na sua gestão?


Luiz Antonio de Medeiros Reativação do Conselho Sindical; Aumentar os esforços nos serviços prestados pela Superintendência e nossas 26 gerências espalhadas pelo estado de SP; Aumentar a fiscalização; Ampliar os canais de diálogo com as empresas, com os trabalhadores e com os sindicatos. Realização de seminários e eventos temáticos do mundo do trabalho: trabalho infantil, lei de cotas para deficientes, assédio no trabalho, trabalho doméstico, com objetivos de conscientização e de prevenção.

O MUNDO DO TRABALHO - Como será a relação da SRTE-SP junto ao sindicato dos auditores fiscais? 

Luiz Antonio de Medeiros - Ótima, integrada, ouvindo as demandas e trabalhando em conjunto.


O MUNDO DO TRABALHO - Como o senhor pretende lidar com a questão do reduzido número de auditores fiscais no Estado de São Paulo para cobrir todas as demandas?

Luiz Antonio de Medeiros - Do ponto de vista político, fazendo gestões junto ao Ministério do Trabalho para a realização de mais concursos públicos.  Administrativamente, prestigiando a fiscalização, a segurança e saúde do trabalhador por projetos, ou seja, priorizando os temas mais abrangentes que envolvem os mais diversos seguimentos das atividades econômicas do estado de São Paulo.
  
O MUNDO DO TRABALHO - Quais são as metas traçadas para este ano?


Luiz Antonio de Medeiros - Combater a precarização das relações de trabalho e diminuir a informalidade, direcionar todos os esforços no combate ao trabalho escravo, trabalho infantil, degradante e inseguro.

O MUNDO DO TRABALHO - Como o senhor avalia a questão da eliminação dos riscos no ambiente de trabalho?

Luiz Antonio de Medeiros - Questão primordial para que seja dada toda a atenção. A meta é reduzir os acidentes exigindo das empresas a adoção de medidas protetoras e de prevenção. 

 O MUNDO DO TRABALHO – Recentemente, o Governo do Estado de São Paulo aprovou uma lei para combater o trabalho escravo no Estado. Quanto à essa questão, quais as ações para erradicá-lo?

Luiz Antonio de Medeiros - Fiscalização rigorosa, articulada e parceria com os segmentos econômicos envolvidos na busca da erradicação do trabalho escravo.


O MUNDO DO TRABALHO - A SRTE-SP tem algum trabalho de conscientização para a sociedade?

Luiz Antonio de Medeiros - O trabalho de conscientização é feito através da participação da SRTE/SP em diversos eventos e em parceiras com outros órgãos. No âmbito da fiscalização, por exemplo, pessoas com deficiência, convocação das empresas para cumprimento da Lei de Cotas antes da autuação. Porém, ainda há muito que ser feito. Sem dúvida, a conscientização é melhor do que a autuação.


O MUNDO DO TRABALHO Quais são os serviços para o trabalhador realizados pela Superintendência do Trabalho?

Luiz Antonio de Medeiros - Concessão de seguro desemprego, emissão de carteira de trabalho para estrangeiro, registro profissional, homologação de rescisão contratual e orientação ao público.


O MUNDO DO TRABALHO – Muito obrigado pela entrevista, e esperamos poder divulgar mais as ações da SRTE SP

Entrevista concedida a Nelson Miguel Junior

segunda-feira, 17 de junho de 2013

ESTABILIDADE NO EMPREGO

      Em determinado momento de nossa vida profissional temos que montar o curriculo para buscarmos uma nova colocação. Neste momento você percebe que teve vários empregos em um curto espaço de tempo. Surge  então, uma preocupação: quanto isso pode prejudicá-lo  numa entrevista de emprego. 
Sim. Um dos pontos observados pelos profissionais de Recursos Humanos e Selecionadores é a estabilidade nos empregos anteriores.  Mudanças constantes de emprego não devem ser analisadas isoladamente ou fora do contexto profissional do candidato. 
Essas mudanças não são necessariamente eliminatórias em um processo seletivo, já que tais mudanças podem ocorrer por diversos motivos. Mudanças constantes podem ocorrer por questões de mercado, incluindo sazonalidades e instabilidade econômica, por evolução profissional ou ainda por questões pessoais, ou seja, uma não adaptação do profissional. Neste caso, isso pode ocorrer também por várias razões como ter um “temperamento difícil”, perfil inflexível, não ter encontrado ainda sua “vocação”, ou mesmo um perfil profissional que não se enquadra dentro das normas ou rigidez de uma corporação, possuindo um perfil mais independente, voltado a ser seu próprio patrão. 
O selecionador é treinado para perceber essas diferenças e fazer sua escolha, visando qual candidato será o melhor para a empresa. Porém, mais importante do que isso, é o candidato perceber onde se enquadra, para poder mostrar suas qualidades no processo seletivo ou mesmo fazer uma auto-análise, saber onde se enquadra dentro dessa situação, corrigindo possíveis falhas e ainda planejar e traçar uma estratégia para os processos seletivos que escolher participar.  

Por Nelson Miguel Junior

terça-feira, 11 de junho de 2013

Escolhi a profissão Errada

Li no blog "Propositto Design", de autoria de Rodrigo Teixeira, um artigo muito interessante. O texto foi indicado por um amigo, mas o título chamou-me muito a atenção e pareceu importante: "Escolhi uma profissão de merda. E agora?" O Blog é voltado aos profissionais e ao mercado de Design, mas muita coisa do que foi apresentado pelo Rodrigo, encaixa-se perfeitamente a muitas profissões...quase todas, eu diria. O texto é um pouco longo, mas vale a pena ler pois tem muita informação sobre o comportamento dos profissionais, "prostituição" no mercado e desvalorização do profissional. Vi isso em muitas categorias.

Vamos ao artigo:

"No meio da semana fomos surpreendidos (você foi?) por essa matéria da Forbes mostrando as profissões menos rentáveis dos EUA. E lá está o Design Gráfico, em plena terra do Tio Sam, com um dos 8 piores níveis salariais do país. Sabemos que temos a tendência de copiar tudo da América do Norte. E quem vive e trabalha na área aqui, sabe em terra brasilis, é provável que nem mesmo em oitavo lugar estejamos.E agora, designer, o que fazer?
Resolvi escrever este texto para tentar trazer a discussão para outros focos, e ligar pontos que ficam desconexos. De um modo ou de outro, a mudança dessa panorama passa por discussões sérias, onde cada lado vai ter que apresentar argumentos sólidos para convencer o outro. Porque, indo cada um para um lado, como está, não iremos a parte alguma. Eis o que penso:

1 – Se você comprar esse lixo, ele é todo seu

Vejamos. A pesquisa diz que estamos na base da cadeia alimentar. Somos devorados por todos. Estamos entre os primeiros a ser descartados quando a água bate nos digníssimos traseiros de nossos empregadores.
Existe um lado não explorado na matéria, que tem a ver com outra matéria que eu li, semanas atrás. Essa aqui. Ela dá conta de que milhares de pessoas aportando no mercado de trabalho atual tem procurado as áreas da chamada “Economia Criativa”. Áreas que teoricamente são “excitantes”, “vibrantes”, que têm menos regras de conduta, com horários mais flexíveis, em que você pode ser mais você. Setores como games, software, audiovisual, moda, editoração e mídia, e é claro, DESIGN.
Isso transformou o setor numa certa meca, um local de sonhos, onde as empresas mais parecem clubes, cheias de gente interessante, inteligente, com valores pessoais tão grandes… E dura, sem grana.
É preciso que se saiba, que estamos entre as áreas mais demandadas da economia atual. O design exerce um papel cada vez maior da escolha de compra do consumidor. Em alguns casos, é o fator central. Milhões e milhões de dólares são feitos sobre o trabalho de valorosos designers.
Mas o sonho, dizem, é trabalhar por prazer. Bom, eu tenho algo a dizer:

2 – Trabalhe por grana

Amigos meus de longa data, profissionais competentes, com portfólios bem estruturados me dizem que o mercado não está pra brincadeira. Que um diretor de arte num estúdio de médio porte ganha por volta de R$ 3.000,00 , bruto. E para merecer esse salário, ele vai ter que dominar o pacote master Adobe, manjar de HTML, CSS, PHP, arranhar um ASP, se virar num 3D Max e saber fazer vinhetas animadas pra vídeo.
Minha reação quanto a isso. Para mim, não. Eu não dirijo arte por RS 3.000,00. Antes disso, faço um curso de torneiro mecânico, uma profissão que não exige muito da minha criatividade, mas que paga melhor do que isso, e nas horas vagas eu pinto quadros, faço histórias em quadrinhos, aprendo a tocar um instrumento e mato meu desejo por realização criativa.
É preciso aprender a dizer não. E isso é mais difícil do que se espera.
Afinal, como deixar passar aquele job de logo para uma Surf Shop que caiu no seu colo, mas que o dono agora não tem grana pra nvestir? Como recusar aquela ilustra engraçadinha que vai sair numa revista mais ou menos bem-lida? Como deixar de pegar o catálogo só porque o dono da empresa quer que você também tire fotos da linha de produtos inteira dele, mesmo você explicando que só tem uma Cybershot simples? E como correr o risco de perder uma concorrência só porque você vai perder duas noites num “rascunho” simples que todos os outros designers vão fazer, para o cliente escolher qual gosta mais?
É fácil dizer. Mas na hora, o medo da dispensa leva muitos a colocar os rabos entre as perninhas, mandar um “ok”, e o pior de tudo, ainda achar algum prazer na experiência do estupro.
Seu cliente precisa saber que você trabalha por dinheiro, assim como ele. Que você está comprometido com o sucesso daquele projeto para que ele ganhe dinheiro, e te procure novamente para que você faça sua mágica. É simples assim. Você precisa cobrar o suficiente para que, se um dia tiver seu dia completamente lotado de trabalhos, esteja bem de vida. O quão bem de vida? Isso é contigo. Eu tenho meus sonhos, e as duas únicas ferramentas que tenho para realizá-los são meu trabalho, e a chance de acertar sozinho na mega-sena.

3 – Projete a imagem de si que você quer que os outros vejam

Saiba que seu cliente tem uma visão de você. E que você o ajudou a construir essa visão.
Na cabeça dele, um advogado, um engenheiro ou um médico muito bem-sucedidos andam de BMW, tem casas na praia e viajam para a Europa com a família nas férias. Um designer muito bem sucedido tem um iPhone, dirige um Pegeout 206 e usa roupas “muito loucas”.
Culpa sua.
São os valores que você mostrou para seu chefe, para seus amigos, sua rede. Você fala disso, veste isso, dirige isso, e parece não ter as preocupações que todos têm em relação ao futuro. “A vida até parece uma festa”, diriam os Titãs. Você tenta passar para o mundo que nasceu predestinado, com um dom, e que por isso não dá trabalho fazer o que faz. É tranquilo, com um pé nas costas. Bom, ninguém valoriza quem trabalha na moleza. Você sente muito prazer em sua profissão, guarde-o para si. Até ator pornô diz que o trabalho dele é bem duro e técnico.
Todo profissional quer ser respeitado. O modo como cada um batalha para conseguir esse respeito e proteger seu meio de vida é que difere.
Alguns designers que tenho visto (e alguns são muito bons), tentando quebrar essa visão, tem usado um approach absurdamente técnico no exercício do design. Explicam grids, pixels, minúcias tipográficas, tendências com uma desenvoltura que eu poucas vezes vi. É uma saída. O cliente e o mercado passam a ver design como uma profissão, não como estilo de vida. Mas não sou completamente a favor.
Na minha opinião, deveriam estar se esmerando na arte de mostrar para o cliente o quanto o investimento dele RETORNA ao seu bolso. O quanto ele PRECISA investir em design, antes que o concorrente o faça, ou faça melhor, e o deixe chupando o dedo. O quanto o design vale a pena, e a quantidade de gente que não entende patavina disso tudo. O lado técnico estará lá, mas embutido dentro da entrega. Caso contrário, o risco é o cliente achar que tudo isso é muito complicado para ele e deixar para seu sobrinho, que não lhe dá essas dores de cabeça.
Não sei quem foi que disse, que, o mundo seria diferente se todos soubessem o que se passa dentro de um centro cirúrgico ou numa fábrica de linguiça. No fundo, nem tudo o cliente tem que saber. E dissecar os tintins por tintins da área para todos é no máximo um bom exercício acadêmico, que surte um grande efeito na pagação de pau entre outros designers.

4 – Regulamentação?

Estamos convivendo com uma ameaça(?) de regulamentação desde que eu me formei, e olha que eu fiz paste-up. Eu já fui a favor, já fui contra e muito pelo o contrário.
Hoje, eu acho que é um caminho natural, como profissão, de se ter alguma regulamentação. O difícil é achar que isso ajuda a mudar qualquer coisa desse panorama. Ok, vamos ter uma lei que diz que não se poderá pagar menos que R$ 700 para um estagiário. E daí? Que precisará de diploma para exercer (será?) mas e daí?
Se o mercado não valoriza uma profissão por si só, uma lei vai fazer isso?
Alguém acha que a Regulamentação vai obrigar um patrão pagar R$ 10.000 para um diretor de arte? Que vai impedir que os bróder fiquem trampando até as 3 da matina para entregar layout a troco de pizza (mesmo que na lei seja proibido, mesmo sem regulamentação nenhuma)? Que um cliente pague a um designer o suficiente para que ele possa viver dignamente e dedique a quantidade de horas necessária para que ele lhe entregue um trabalho realmente de primeira? Sempre gostam de nos comparar com as leis de médicos, advogados e engenheiros (eu mesmo fiz isso parágrafos acima), profissões ultra-regulamentadas, que tem entidades de classe representativas. Mas precisamos entender certas verdades do mercado. Aceite: o mundo sempre vai precisar mais de médicos, engenheiros e advogados. Se fossemos atacados por alienígenas hoje, iríamos precisar especialmente dos dois primeiros. É do jogo. Mas isso não quer dizer que precisemos ganhar menos do que a secretária de um médico. Porque no frigir dos ovos, médicos, advogados e engenheiros vão ao supermercado, e resolvem comprar um produto em detrimento do outro porque a embalagem ou a marca lhe passou mais confiança. Compram carros porque são mais bonitos. Vestem roupas que combinam com estilos de vida que um designer ajudou a criar. Portanto, enquanto os aliens não chegam, você é sim, parte importante da sociedade em que vivemos, e merece ser pago pelo que faz.

5 – O que ninguém falou

Junto da lista da Forbes, há uma outra matéria (essa). Que diz que as profissões ligadas a arte e ciências estão entre as menos bem pagas nos EUA.
Se você ler, vai ver que eles colocam a faixa dos salários. A frase que me chamou a atenção é essa: “Quando conseguem um emprego, o salário médio é de apenas US$ 28 mil por ano, em comparação com ganhos iniciais de um engenheiro mecânico, de US$ 58 mil anuais”. Faça as contas. US$ 28 mil por ano dá, em valores de hoje, algo em torno de R$ 4.600 mensais, para um iniciante. O que mostra que aqui, em terras tupiniquins vamos ter que melhorar MUITO para ficar ruim igual lá.
Ou seja: se você não quer abraçar a carreira de torneiro mecânico, e melhor começar a fazer algo para mudar.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Convite aos Profissionais de RH

Caros leitores,
Quero recomendar aqui uma página no Facebook, de nossa amiga Danielle leme, destinada aos profissionais de RH: "Profissionais de Recursos Humanos do Brasil". Se é um profissional da área, visite e curta em: https://www.facebook.com/groups/profissionaisderhbrasil/ ; O link ficará disponível aqui no blog na coluna "llinks interessantes"
Abraços

terça-feira, 4 de junho de 2013

EVENTO: Café com pROSA - Empreendedorismo Rosa

O Blog EMPREENDEDORISMO ROSA está promovendo o evento Café com Prosa.
O blog Empreendedorismo Rosa é voltado para mulheres empreendedoras e para este universo.
O evento: Dia 20 de junho. Este encontro tem como objetivo oferecer um ambiente para a aproximação de mulheres empreendedoras (ou aquelas que pensam em empreender) e estimular a troca de experiências. "E por falar em Networking" será o tema do bate-papo com Lênia Luz. Logo em seguida, será a sua vez de se apresentar e falar sobre sua empresa.Venha tomar um café conosco e confira, na prática, como o networking pode agregar na sua vida profissional e pessoal.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

ABF FRANCHISING 2013 - Feira de franquias

ABF FRANCHISING 2013


Entre os dias 12 e 15 de junho de 2013 acontece em São Paulo, no Expo Center Norte a edição 2013 de um dos mais importantes eventos sobre franquias no Brasil. A Feira busca oferecer ao público oportunidades de investimentos em diversos segmentos do mercado brasileiro e divulgar e informar sobre o sistema de franchising.

O evento é organizado pela ABF – Associação Brasileira de Franchising e BTS Informa.

Outras informações visite o site da ABF: http://www.portaldofranchising.com.br

Em tempo: A Aurélio Luz Franchising &Varejo está fazendo uma promoção para este evento: Visite a página da Aurélio Luz no Facebook, compartilhe o post sobre o evento com a frase “quero ir a Franchising 2013 porque ...” e concorra a dois ingressos. A frase mais criativa receberá os ingressos.  https://www.facebook.com/mundofranquias

segunda-feira, 27 de maio de 2013

QUEDA NA ABERTURA DE NOVOS EMPREENDIMENTOS

Estudo recente demonstra queda na abertura de novos empreendimentos no primeiro trimestre de 2013. Essa situação pode ser motivada por dois fenômenos: a desaceleração da atividade econômica e a estabilidade do nível de empregos com aumento do nível salarial. A insegurança relativa para abrir novos negócios e a estabilidade dos empregos dentro de um mesmo contexto, provoca uma tendência para que pequenos possíveis empreendedores (principalmente) deixem de arriscar seus recursos em novos negócios.

O recuo na região Sudeste (a maior em número de novos empreendimentos) foi de 7,6% e a média do país foi de 4,1% em relação ao mesmo período de 2012.

O estudo foi realizado pela empresa SERASA-Experian.

Há pouco mais de um ano (maio de 2012), publiquei um artigo comentando que essa era a tendência, já naquela época. Acompanhe mo link abaixo. Por Nelson Miguel Junior.
http://blogdonelsonsp.blogspot.com.br/2012/05/evolucao-do-mercado-de-trabalho-no.html

Por Nelson Miguel Junior

domingo, 19 de maio de 2013

EMPREENDEDORISMO – Investimento em Franquias












Em um artigo sobre empreendedorismo que postei aqui em novembro de 2010 ( ver em: http://blogdonelsonsp.blogspot.com.br/2010/11/ser-um-empreendedor.html ), comentei sobre as características de um empreendedor, sobre vocação e oportunidade. Muitas vezes essa “oportunidade” acontece quando a pessoa perde seu emprego e decide investir sua indenização e demais economias em um negócio próprio. Esse tipo de investidor precisa se cercar de cuidados adicionais. O investidor, o empreendedor nato, já está, a princípio, familiarizado com o “negócio próprio” e já sabe os cuidados que deve ter para abrir o seu empreendimento. Porém, o investidor novato, muitas vezes, se entusiasma em ser o próprio patrão e esquece que empreender não é fácil nem simples. Tendo o pé no chão e cercando-se de todos os cuidados básicos e com informações necessárias, pode investir com mais qualidade e segurança.
No setor de franquias é um bom modo de começar. Há franquias de todos os tamanhos que podem se adequar ao poder de investimento do empreendedor. Além disso, é uma maneira de realizar o empreendimento que vem crescendo rápida e constantemente no Brasil. É hoje um modelo bem estruturado, com boas ofertas e que vale a pena ter a atenção do empreendedor. As empresas franqueadoras hoje estão mais profissionalizadas e oferecem maior segurança e apoio ao franqueados (todavia, pesquise bem antes de investir). O franqueado deve ter em mente também, que deve ter um capital de giro suficiente para lhe dar o fôlego necessário até que o seu negócio se estabilize (em média 4 anos para se fixar plenamente).
Uma situação que ajuda no crescimento do setor de franquias é o crescimento do número de “Shopping Centers” pelo país, principalmente fora dos grandes centros e áreas metropolitanas. Entre 50% e 70% das lojas em shoppings são franquias. A tendência é que mais shoppings abram pelo interior e consequentemente mais franquias. Para quem deseja empreender, sugiro atenção nesse modelo e principalmente nos shoppings que estão surgindo no interior, que apresentam eventualmente menores custos de operação e boas possibilidades de crescimento.
Eu não sou especialista no assunto, mas quem quiser obter informações sobre este modelo de negócio podem (e devem) fazer contato com um especialista. A consultoria Aurélio&Luz oferece todo o apoio para quem deseja obter uma franquia e também para aquela empresa que deseja  franquear sua marca. (Vou deixar um link de contato)
visite: 
http://www.aurelioluz.com.br/site/

Por: Nelson Miguel Junior

sábado, 18 de maio de 2013

ALTERAÇÃO NA CLT PROTEGE A GESTANTE MESMO QUE ESTEJA EM AVISO PRÉVIO

CLT É ALTERADA: LEI Nº 12.812, DE 16 DE MAIO DE 2013 - DOU de 17/05/2013

Alteração acrescenta o artigo 391A -  "A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias."


segunda-feira, 13 de maio de 2013

EMPREGOS ANÁLOGOS À ESCRAVIDÃO PODEM ESTAR NO FIM NO ESTADO DE SP


Um Decreto estará entrando em vigor esta semana no Estado de São Paulo que pune de forma exemplar as empresas que se utilizam de empregos análogos à escravidão em seu processo produtivo. Atualmente as regras não punem com rigor e há muita dificuldade para haver condenação. A partir da assinatura do Decreto pelo Governador Geraldo Alckmin, as empresas que se utilizam deste meio serão punidas economicamente, tendo cassada sua Inscrição Estadual, não podendo realizar a emissão de Notas Fiscais, inviabilizando o negócio.
Mais de 44 mil trabalhadores foram resgatados da condição de escravidão ou trabalho degradante desde 1995. Pretende-se agora conseguir as condenações não somente na área criminal como na trabalhista.
O processo de cassação da Inscrição Estadual é iniciado assim que o Fisco receber o comunicado de mais de um juiz (a decisão será colegiada) seja criminal, civil ou trabalhista, mesmo que ainda haja possibilidade de recurso.
Este Decreto do Estado de São Paulo é uma das mais importantes ações para coibir as empresas que realizam essa prática. Na cidade de São Paulo, dentre outras, não é incomum encontrar trabalhadores nessas condições no setor de confecções. O trabalho degradante também é encontrado em diversas regiões do Brasil, principalmente na produção de carvão, no setor rural e na construção.


imagem de nossa participação na Conferência Estadual do Trabalho Decente 

Por: Nelson Miguel Junior

domingo, 12 de maio de 2013

O que faz o nível de emprego crescer ou decrescer é em primeiro lugar o nível do crescimento econômico


Como sempre digo, o que faz o nível de emprego crescer ou decrescer é em primeiro lugar o nível do crescimento econômico. Já há algum tempo o nível de emprego na indústria vem patinado e muitas vezes caindo. Isso é uma contradição em um país que diz estar em um período de crescimento e “pleno emprego” (o que considero uma falácia, tanto conceitualmente como também em critérios estatísticos). Esses indicadores são, em minha modesta opinião, um “termômetro” para mostrar as condições dos caminhos que estamos trilhando. Outro ponto extremamente perigoso para nossa economia é o grande aumento da dívida pública nos últimos anos. Essa conta será cobrada dos brasileiros em breve.
A consultoria EIU (Economist Intelligence Unit) acaba de divulgar um estudo onde o desempenho da Indústria no Brasil em 2012 foi o pior entre as 25 nações emergentes, incluindo economias da América Latina. Esse dado demonstra claramente que a situação econômica do Brasil, embora pareça estar passeando em céu de brigadeiro, na verdade está sendo calçada em terreno arenoso. Vide a inflação que está em nível extremamente perigoso. Um risco para os empregos e para o bolso dos trabalhadores brasileiros.
Os trabalhadores estão tranquilos hoje, já que seus empregos parecem estar garantidos. Mas até quando terão essa garantia?

Por: Nelson Miguel Junior

sábado, 11 de maio de 2013

FEIRA DO TRABALHO 2013 - Em São Paulo


Acontece na cidade de São Paulo, entre os dias 13 e 24 de maio a terceira edição da Feira do Trabalho. A edição 2013 da Feira do Trabalho que começa na segunda-feira, conta com 20 parceiros, empregadores e dezenas de serviços ao cidadão. São 5000 vagas de emprego que serão ofertadas exclusivamente durante o evento, além das vagas disponibilizadas pelo CAT (Centro de Apoio ao Trabalho). É uma excelente oportunidade para os paulistanos que estão em busca de uma oportunidade de trabalho. Este evento já está se tornando uma tradição da cidade, ajudando milhares de pessoas a conseguirem seu espaço no mercado de trabalho. Durante o evento, o cidadão poderá assistir palestras e receber orientações para aprimoramento de seu perfil profissional.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

VOCÊ SABE COMO PROCURAR EMPREGO?


Em tempos difíceis ou tempos mais tranquilos, sempre tem gente procurando emprego. Seja por que está desempregado ou por que deseja uma nova recolocação, uma mudança de emprego. Mas qual é o melhor caminho para a busca de um emprego, ou melhor, qual é o caminho? Como começar a busca por uma oportunidade de trabalho?

Em primeiro lugar você deve planejar como fará essa busca. A falta de planejamento antes de começar pode lhe trazer perda de tempo precioso e ainda consumir parte de seus recursos financeiros que pode lhe fazer falta em caso de uma demora em se recolocar. Planejar é se conhecer profissionalmente, saber com clareza o que quer, ter um currículo adequado e bem feito e procurar no lugar certo. Procure causar boa impressão no primeiro contato, pois uma segunda chance é quase impossível. Procure destacar suas qualidades e as vantagens que a empresa pode ter em contratá-lo, mostre porque a empresa deve contratá-lo e o que você pode fazer por ela.

Vamos comentar aqui os principais ou os mais utilizados meios para procurar emprego.

1.       Anúncios de Jornal – Hoje esse canal é um dos menos procurados. Menos de 10% das oportunidades estão nos classificados de jornal. Muitas vezes os anúncios são utilizados como meio de pesquisa para agências de emprego para pesquisa salarial e deste modo acabam não sendo o melhor caminho. Todavia muitas empresas se utilizam dos classificados dos jornais para a busca de candidatos.
2.       Portais de Emprego na Internet – É o caminho mais simples já que grande parte da população tem acesso hoje à Internet. A desvantagem aqui é que essa facilidade joga para os selecionadores uma quantidade gigantesca de currículos, causando um problema para selecionar. Outro ponto é como esse currículo é colocado no site, já que os filtros de busca podem não encontrar o currículo certo se as informações não estiverem de acordo com a forma que o mecanismo cruza as informações. Muita gente reclama que nunca tem retorno, mas em torno de 20% dos candidatos recebem algum tipo de resposta.
3.      Sistema Público de Emprego – Este é um bom canal para busca de oportunidades, mas normalmente há uma cultura onde as vagas oferecidas aqui são de nível médio. As empresas não disponibilizam em quantidade vagas de nível superior, assim como são poucos os candidatos de nível superior que buscam o sistema público. (neste blog há um link para os candidatos se cadastrarem no sistema público, assim como empresas cadastrarem suas vagas). A vantagem é a boa quantidade de ofertas de vagas e ser totalmente gratuito.
4.      Agências de Emprego, Consultorias e Headhunters – Muita gente procura essas empresas ou profissionais para a busca de emprego. É um canal interessante, mas que precisa ter cuidado. Agências de emprego não costumam cobrar do candidato, assim como as consultorias que atuam como se fossem um RH terceirizado da empresa. Essas empresas podem sim cobrar uma taxa do candidato, mas apenas após a recolocação. Desconfie se a cobrança for antecipada. Já os headhunters, os “caçadores de cabeça” atuam basicamente procurando talentos e indicando às empresas. Candidatos também podem e devem se oferecer a esses profissionais, que também orientam e preparam o candidato. Normalmente atuam em um mercado muito qualificado, em cargos executivos, de alto escalão ou ainda de técnicos com alta especialização.
5.      Networking – Nada mais é do que construir uma rede de conhecidos e amigos que podem em algum momento ajudá-lo ou indicá-lo para uma vaga. Sabemos que mais de 70% das oportunidades de trabalho são preenchidas por indicação de amigos e conhecidos, mas apenas 10% das pessoas utilizam esse meio. Sempre comento em minhas palestras, que muitas vezes quando a pessoa fica desempregada ela perde um pouco de sua autoestima, fica envergonhada com aquela situação e não comenta com ninguém. Ora, se ninguém sabe que você está procurando emprego, como poderão ajudá-lo? Estabeleça esse contato, deixe sempre que elas conheçam um pouco de suas qualidades profissionais e assim, se houver necessidade, essas pessoas podem ajudar na solução de seu problema.

Agora você já tem o primeiro passo. O resto é com você.

Por: Nelson Miguel Junior